Desse modo, quando Jesus disse que certas castas de
demônios não saem se não por meio da oração e do jejum, os discipulos
simplismente pensarem em sí mesmo, em como seus corações tinhaam aprendido o
rito de dizer – “Sai em nome de Jesus”.
Conversa ao pé do fogo VIII.
“Castas” – existem mesmo no
escotismo? & Pais escoteiros para que servem?
(dois artigos simultâneos)
“Na sociedade liberal, vivemos em uma cultura onde muitos acreditam que
qualquer um pode ascender em termos sociais e econômicos por meio de riquezas
acumulas. Contudo na Índia, trabalho e riqueza são parâmetros insuficientes
para que possamos compreender a ordenação que configura a posição ocupada por
cada indivíduo. Nesse país, o chamado regime de castas se utiliza ade critérios
d natureza religiosa e hereditária para formar seus grupos sociais.”
“Castas”, em sociologia, são sistemas tradicionais, hereditários ou
sociais de estratificação, ao abrigo da lei ou da prática comum, com base em
classificações tais como a raça,
a cultura,
a ocupação profissional, etc.
Sei que muitos estão achando graça, mas olhe preste atenção e vais ver
que tem um bem perto de você que se acha previlegiado. Sem perceber ele já
pertence a “casta” ou assim pensa. Pode ser pelo cargo, pelo seu tempo de
movimento ou mesmo pelo seu gráu de conhecimento escoteiro. Portanto pertencem
a uma “casta” importante. Os famosos “chefões”, “grandes chefes” “Velhos Lobos”
e muitos outros títulos que existem por aí. Os novos ficam admirados, desejando
ser igual e lutam por isso. (nem todos) Já os outros acham isso patético não
dando a menor atenção a estes que se acha acima da fraternidade que tão bem nos
caracteriza.
Voce não acredita? Ou voce é humilde o bastante para não ver ou é
inteligente o bastante para deixar passar ao largo e não rir. Outro dia
comentei com alguns amigos que um dia se continuar assim, teremos um deles
dizendo – Sabem com quem está falando? Risos. Bem, sob o ponto de vista
linguistico é uma frase feita. Talvez o agravante do singnificado encontra-se
justamente nas circunstancias em que ela é proferida. O tom de voz, o status de
querer ser. Risos. Estão rindo eim? Mas olhe ainda existe em nosso movimento
esta casta.
A
casta dos dirigentes, a casta dos Insignia de Madeira, de Comissários, de
Diretores e para completar a casta da equipe dos formadores. Quantos lutam para
mais um “taquinho”. Conheci um que fez tudo para conquistar um deles. Quando
recebeu ficou doente por cinco meses. Risos. Alô! Sem generalizar. Só alguns
que ainda não se tocaram que o escotismo é uma grande fraternidade e que vivem
a “jactar-se” de tudo o que somos, mas não fazem o que sempre fomos. Amigos e
irmãos dos demais escoteiros. Fiquem tranquilos. Eles são menos de 0,5% do
nosso efetivo adulto. Portanto uma insignificância. Mas como são chatos!
Veja bem o que comentou Fernando Pessoa, um célebre poeta – Às vezes
ouço passar o vento, e só de ouvir o vento passar vale a pena ter nascido.
Risos. Isso não diz nada, é apenas um poema. Melhor continuar o raciocinio
dele. – Precisar dominar os outros é precisar dos outros. O chefe é um
dependente. Acho que compliquei mesmo. Melhor é voltar à casta. Só não vê quem
não quer. A uma sede de poder surda sendo praticada em diversos orgãos
escoteiros. Do mais simples ao mais importante. Não sei bem quem seria o mais
importante. Os lá de cima ou os aqui de baixo. Risos. Continuo complicando.
Mas seria tão bom que não houvesse a casta. Seria dificil é claro. Um
dia disse para mim mesmo: Amigo, se houvesse ganhos financeiros no escotismo
seria uma luta desigual. Se sem salário a sede do poder é grande e com o
salário? Graças ao bom Deus estes são em número irrisorio. Mas como irritam.
Não se tocaram ainda. Andam dando pulinhos, olham para você como voce fosse um
“coitado”. Se por acaso encontram outro acima dele, correm para bajular. Risos.
Não estão acreditando? Tentem participar onde a casta se reunem. Todos sabem
onde. Risos.
Pois é. A casta existe. Pelo menos para mim. Eu vivi tudo isso no
passado e vejo até hoje no presente. Interessante é que pouco se manifestam.
Falam pouco. Claro, são superiores, eles pertencem à casta dos nobres. Dos
aquinhoados com o poder. Eu peço a Deus por eles. Acredito que isso é antigo.
Quem sabe BP conheceu alguns antes de fazer sua viagem. Quando no passado
estive em vários seminários nacionais e sul americanos e até em um jamboree,
fiquei boquiaberto. A casta fazia parte de muitos paises. Não era só daqui não.
E o pior de alguns jovens tambem!
Cheguei a ver e tive que conter o riso de um jovem americano com uma
turba atrás querendo trocar distintivos e ele não dando à mínima. E os adultos
chefes então? Minha nossa! Tinha cada um que precisava fazer o sinal da cruz e
passar de lado. Graças a Deus que tinham milhares que eram de uma humildade
enorme. Por eles valeu a pena as centenas de dólares que gastei.
Mas chega por hoje. Um dia tenho certeza todos irão se abraçar e dizer:
- Meu amigo, a empatia é muito útil para nos escoteiros. Não seria bom se voce
fosse leal, cortês, amigo e humilde? Não seria bom se falase bom dia, e dizer
eu gosto de você? Não iria demonstrar que és educado e tem respeito pelos
demais? O fato por voce saber mais, ter um lenço mais bonito não significa que
não possa ser cordial e ajudar de maneira gentil aos seus irmãos escoteiros.
Mas faça isso de uma maneira simples para que todos possam ver em voce um
exemplo bom a ser seguido.
E abaixo a “casta” escoteira. Risos e risos.
Pais escoteiros para que servem?
Antes de me
dar uma má resposta leia o artigo. Não se discute a importância dos pais. Acontece
que nem todos conseguiram arregimentar para suas fileiras um bom número deles.
Vejo grupos escoteiros tendo grandes dificuldades em crescerem em ter uma
diretoria boa, em conseguir equipes para colaborar nos acampamentos, nos
acantonamentos e até em algumas atividades que alguns grupos organizam visando
arrecadação de fundos. Os pais queiram ou não são uma fonte inesgotável para o
crescimento e formação do grupo Escoteiro. Conheço grupos que eles querem se
aproximar, mas tem receio de melindrar o Chefe que de uma maneira ou outra sem
perceber se coloca na posição de insubstituível e de dono das “ações” do grupo.
Ou seja, ele acha que não precisa. Costuma dizer que tem tudo sobre controle.
Ele não tem culpa. Enquanto tiver forças vai fazendo o que aprendeu e na sua
concepção “seu grupo” anda com suas próprias pernas.
Hoje em
dia a maioria dos grupos escoteiros se recente em não possuir em suas fileiras
escotistas advindos do próprio grupo. Difícil manter os jovens por muito tempo
e quando crescem tem sempre uma admiração por onde viveram, mas agora tem
outros afazeres, e quase todos dizem não ter tempo. Lembrei-me de um curso que
um dirigente disse – Cuidado com os que têm tempo, eles poderão lhe trazer
aborrecimentos, mas acredite nos sem tempo. Eles sim são os que irão trazer
benefícios ao Grupo Escoteiro. O número de escotistas advindo dos pais sobrepõe
aos que cresceram dentro do grupo. Claro, não estamos afirmando que o escotismo
é uma escola de chefes, nada disto. Mas francamente muitos deles poderiam
ajudar e não o fazem.
Eu sempre
digo por experiência própria que o primeiro dia é o mais importante para
arregimentar os pais. Nunca abri mão da presença deles. E quando digo deles,
sãos os dois. Pai e mãe. Claro temos situações que isto pode não acontecer e
vamos levar em consideração. Nunca facilitei a entrada do jovem. Facilitei sim
a entrada dos pais. Nunca aceitei um não como resposta. Tempo ninguém tem.
Alguns de vocês chefes que estão atuando têm tem tempo sobrando? Isto eles
devem saber. Vocês estão ali para colaborar com os filhos deles e isto deve
ficar bem claro para eles. Sempre digo que é o escotismo que precisa de nós e
não o contrário. Iremos encontrar diversas situações e desculpas dos pais para
não colaborar. E infelizmente tem aqueles que sem querer substituem em tudo que
os pais poderiam colaborar.
Se o pai
ou a mãe de forma alguma não pode ajudar, não pode tirar um dia por mês para
auxiliar o grupo me diga, vale a pena ter um jovem em suas fileiras? O que ele
vai pensar dos outros pais ajudando e o dele não? E você? Acha que pode dar a
ele uma boa formação Escoteira se os pais não se interessam? Não sejamos
extremistas. Existem sempre uma saída. Uma vez organizei uma comissão de pais,
não mais que cinco só para visitar aqueles que não participavam. Trocamos
ideias, alguns deles fizeram treinamento e participaram em cursos. Telefonavam,
iam a suas casas, convidavam para atividades sociais e olhe dificilmente os
pais deixavam de colaborar. Afinal recebiam a visita de alguém como eles. Sem
uniforme. E isto amedronta queira ou não. O importante é mostrar a importância
do método Escoteiro para os pais na formação do filho ou da filha. Se ele sabe
o valor do escotismo e que isto vai trazer dividendos na formação do jovem, não
acho que deixará de colaborar.
Na maioria
das vezes o interesse é do jovem. Quando o contrário acontece o mesmo jovem não
dá muito valor. Os pais também em sua maioria aproxima do grupo levado pelo
filho. Lembro-me de uma canção que dizia – “Minha mãe vou lhe pedir, e não
quero aborrecer, para ser um homem forte um Escoteiro eu quero ser”. Ele
aprendia e cantava atrás dos seus pais dia e noite. Vencia pelo cansaço. Agora
era hora da comissão de pais agir. O Chefe não deve ser o sabe tudo, o linha de
frente. Eles sempre serão dependentes. Se os pais estão motivados, se eles participam
se existem atividades para eles tais como Acampamento de Pais, jogos, excursões
sem o caráter de obrigação a motivação é certa. (Conheci um Grupo Escoteiro que
eles quando se reuniam tinham patrulhas com grito e tudo, claro uma ou duas
vezes ao ano). Ser pai em um grupo não é fácil se não tem motivação. Ao
contrário é muito mais fácil o Escotista se motivar. O uniforme, uma promessa,
liderar os jovens já é meio caminho andado.
É
Inconcebível chefes atuando como pais, chefes pagando para os filhos que não
são seus, e os pais aceitando tudo confortavelmente. Nem tanto mar nem tanto
terra. Não somos um “negócio” uma empresa, onde tudo é preto no branco. Nada
disto. Mas devemos nos ater que nossa função é fazer escotismo com os jovens. Para
controlar as finanças, para ter uma área administrativa funcionando, é tarefa
de pais. É gostoso quando chega o dia da Assembleia e ver que ali estão quase
todos. Mas é decepcionante quando se vê quem só tem uns “gatos pingados”. Sei o
valor do Chefe-faz-tudo. Sei que eles estão por aí aos montes fazendo
escotismo. Mas não é o caminho certo. Falo com experiência. Sei que eles os
pais motivados também são uma fonte inesgotável para suprir a falta de chefes.
Experimentem. Deixem-nos andar com suas próprias pernas, mas deixe que eles
participem da vida do grupo sem ser um eterno observador. De longe!