quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. Era uma vez... Um Velho Escoteiro.



Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Era uma vez... Um Velho Escoteiro.

Prólogo: - - É uma pena que um homem tenha que viver sessenta anos para adquirir alguma experiência de vida e a leve para o túmulo, cabendo aos que o seguem começar tudo de novo, cometendo os mesmos erros e enfrentando os mesmos problemas... Baden-Powell.

                        Um pequeno contratempo liderou meus pensamentos nos últimos tempos. (Rimou kkkk). Tenho notado uma certa frieza com a saída de antigos escoteiros do quadro da EB. (Escoteiros do Brasil). Não são tantos assim afinal ficar “velho” no escotismo não é tarefa fácil. Conversa vai conversa vem o motivo é sempre o mesmo. – “Pegaram no meu pé Chefe”! Não deu para continuar, tive que sair. Ou então outro que diz, - Aproximei-me ofereci meus préstimos e não me deram respostas.

                        Outro me disse: Chefe, os tempos do Delta acabaram. (o Delta faz parte de uma literatura escoteira de um Comissário de Condado na Inglaterra, idoso que tinha ótimos conselhos para dar). Como “Cara Pálida” acabaram? Acabou Chefe. “Agora o Escotismo moderno tem as Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos”. É tudo moderno. Um Delta não tem vez e nem um lugar ao sol. O Aconselhador, o especialista, o acampador, o mateiro e o Velho Escoteiro virou “pipoca”. Danadamente fui lá ler o tal “DNGA”. Nas entrelinhas lá estava:

- As principais fontes externas são:
a. Antigos dirigentes ou escotistas – estes, “se” selecionados, necessitarão de um período formativo de atualização, uma vez que a experiência demonstra que ao regressarem ao Movimento tendem a reini­ciar sua atividade tal como a desenvolvia no momento de seu afastamento, o que pode ser um freio para os processos de mudança e desenvolvimento ou ser causa de conflitos interpessoais;

                         Verdade? Será que nós os vetustos, os matusaléns, os macróbios (eita palavra danada) não podem mais armar barraca na EB (Escoteiros do Brasil)? Dizem os profissionais entendedores do novo escotismo que isto é simples. Todos podem, basta se reciclar! Caramba! Eureka! Descobriram a nova terra do Cabral! Lá vou eu me reciclar atrás de um risonho Líder Ebeatico, para me orientar de como escoteirar nos tempos modernos.

                        Gente, meus amigos (se ainda os tenho) isto é real? – Chefe! É sim, se quiser entrar em um grupo para ser reconhecido como Escoteiro da EB tem de reciclar e enfrentar os diretores, chefes e o Feitor, com sua língua ferina a dizer sim ou não para sua admissão. Agora tem normas Chefe. Dizem que elas são para melhor. Aceitar qualquer um? Nem pensar.

                        Ban! Calo-me. Sem revoltas. Aceito. Não vou mesmo procurar a EB. Um amigo do peito, escoteiro de coração completa: - Chefe uma pena, vais morrer sem receber o Tapir! Tapir? Ah! Lembrei. A medalha dos inconfidentes, dada aos parentes e aqueles que se ajoelharam ao pé da Cornualha desde que a fragata brasileira “apoitada” na Inglaterra trouxe o Escotismo para o Brasil. Um viva ao Suboficial Amélio Azevedo Marques e o Jovem Aurélio Azevedo Marques considerado o primeiro escoteiro do Brasil.t Brasil!

                        Quantas mudanças os “çabios” da EB fizeram. – Chefe! “E foi para melhor” Chegamos aos cem mil e temos uma penca de deputados na tal frente parlamentar escoteira! Putz e quantos processados na Lava jato? Sei lá. Acuso sem provas. É melhor ficar por aqui. E ainda dizem que se BP ainda estivesse vivo daria seu chamegão dizendo: - Viva a modernidade e a Escoteiros do Brasil!

A ESCOLA DA VIDA – Do Livro de BP O CAMINHO PARA O SUCESSO.
_ A vida é bela quando não é complicada. (Robert Browwing);
- Este mundo é duro para conquistar: Cada rosa tem seus espinhos, mas cada rosa tem sua beleza. (Frank L. Stanton)
- Ninguém passa a sua vida sem deixar suas pistas, assim como quem passa pela roça.
- Somos bobos quando somos jovens! Porque pensamos sermos mais sábios dos que passaram pela escola da vida, esquecendo que deveríamos aprender deles algo todos os dias.  (Janes na Fisbrug Gazette).