Eu sou assim
mesmo!
Apenas um Velho e antigo Escoteiro.
Vez ou outra, um Chefe
ou amigo recém-admitido em minhas paginas comenta em OF porque escrevo meus
contos, histórias e crônicas, de maneira utópica, fantasista e muitas vezes
irreal. Será? Não escrevo com o coração? Não sou um visionário, mas acredito na
filosofia Badeniana, em sua essência na Lei e na Promessa Escoteira. Minhas
escritas são diferentes, interponho meu coração e minha mente na frente do que
penso escrever. Dizer que não piso na trilha de BP me deixa pensativo. Afinal
sou assim e não culpo ninguém. Quem sabe o culpado sou eu.
Quando escrevo me
apego ao que acho factual, concreto, que existe e não posso acobertar. Tenho
sonhos sim, mas quem não sonha? No mundo da fantasia trabalham as Formigas e
outras carregam a cigarra morta. Planto a árvore que me deu sombra, me trouxe o
perfume de suas folhas, e finalmente planto um escotismo que acreditei,
acredito e vou acreditar sempre. Desfaço os insensatos com suas maneiras habilíssimas
de manter o poder. Não vou colocar ninguém no pelotão de fuzilamento.
Quando escrevo pode ser
um conto da carochinha, um conto de vivências, um conto Badeniano ou mesmo um
conto para elevar o astral das saudosas mil e uma noite de Betsabá. Não escrevo mais nada... Escrevo escotismo,
pois só isso posso hoje fazer. Quem dera pudesse pegar no batente e enfrentar a
casta da nossa corte escoteira. Não dá mais. Assim eu escrevo para meus amigos
virtuais, reais, escrevo também para aqueles que não me honraram com sua amizade.
Se critico alguns é porque deram a volta no salte-o-obstáculo e não souberam
voltar para a trilha do Escotismo de Baden-Powell.
Portanto meu amigo que
me faz tantas perguntas eu as respondo aqui, pois sei que os tempos são outros,
mas os meus motivos e minha maneira de ser escoteiro nunca se perderam no
tempo. Não descosturo o escotismo moderno, apenas não me adapto. Não lutarei
contra os moinhos de vento que me desculpe o Cavaleiro Errante Dom Quixote. Queria
estar na linha de frente para mostrar que os caminhos são outros. Tantas coisas
que não aceito, mas engulo. Não dá para mudar isso eu sei.
Se usam o lenço
diferente se soltam a camisa, se usam chapéus que não acho condizente com meu
passado, se mudam o sentido de um artigo da lei e da Promessa, se brigam ou digladiam
entre si eu ainda acredito que uma volta nas origens possa acontecer pensando
que o passado pode conviver com um escotismo moderno, e mesmo avançado para os
padrões tradicionais.
As lutas, as discussões inúteis,
o bate-boca aqui de muitos em respostas as minhas indagações eu retruco com um
sorriso sem formar uma dissidência que não condiz com a voz da razão. Melhor é um
aperto de mão, um abraço e um sempre alerta aprendido nas origens do fundador.
Meu amigo Chefe, seja
você um simples voluntário ou mesmo um alto comissionado nas lides da
hierarquia escoteira, espero que entenda meus escritos. Sinceramente? Não me
julgo um escritor, um poeta mas simplesmente um Contador de Histórias,
escrevendo semanticamente da única maneira que sei escrever.
Meu fraterno abraço, e
sabia que amo muito sua amizade.
“Sempre Alerta”.