sábado, 19 de janeiro de 2019

Eu sou assim mesmo! Apenas um Velho e antigo Escoteiro.


Eu sou assim mesmo!
Apenas um Velho e antigo Escoteiro.

                         Vez ou outra, um Chefe ou amigo recém-admitido em minhas paginas comenta em OF porque escrevo meus contos, histórias e crônicas, de maneira utópica, fantasista e muitas vezes irreal. Será? Não escrevo com o coração? Não sou um visionário, mas acredito na filosofia Badeniana, em sua essência na Lei e na Promessa Escoteira. Minhas escritas são diferentes, interponho meu coração e minha mente na frente do que penso escrever. Dizer que não piso na trilha de BP me deixa pensativo. Afinal sou assim e não culpo ninguém. Quem sabe o culpado sou eu.

                         Quando escrevo me apego ao que acho factual, concreto, que existe e não posso acobertar. Tenho sonhos sim, mas quem não sonha? No mundo da fantasia trabalham as Formigas e outras carregam a cigarra morta. Planto a árvore que me deu sombra, me trouxe o perfume de suas folhas, e finalmente planto um escotismo que acreditei, acredito e vou acreditar sempre. Desfaço os insensatos com suas maneiras habilíssimas de manter o poder. Não vou colocar ninguém no pelotão de fuzilamento.

                        Quando escrevo pode ser um conto da carochinha, um conto de vivências, um conto Badeniano ou mesmo um conto para elevar o astral das saudosas mil e uma noite de Betsabá.  Não escrevo mais nada... Escrevo escotismo, pois só isso posso hoje fazer. Quem dera pudesse pegar no batente e enfrentar a casta da nossa corte escoteira. Não dá mais. Assim eu escrevo para meus amigos virtuais, reais, escrevo também para aqueles que não me honraram com sua amizade. Se critico alguns é porque deram a volta no salte-o-obstáculo e não souberam voltar para a trilha do Escotismo de Baden-Powell.

                        Portanto meu amigo que me faz tantas perguntas eu as respondo aqui, pois sei que os tempos são outros, mas os meus motivos e minha maneira de ser escoteiro nunca se perderam no tempo. Não descosturo o escotismo moderno, apenas não me adapto. Não lutarei contra os moinhos de vento que me desculpe o Cavaleiro Errante Dom Quixote. Queria estar na linha de frente para mostrar que os caminhos são outros. Tantas coisas que não aceito, mas engulo. Não dá para mudar isso eu sei.

                        Se usam o lenço diferente se soltam a camisa, se usam chapéus que não acho condizente com meu passado, se mudam o sentido de um artigo da lei e da Promessa, se brigam ou digladiam entre si eu ainda acredito que uma volta nas origens possa acontecer pensando que o passado pode conviver com um escotismo moderno, e mesmo avançado para os padrões tradicionais.
     
                       As lutas, as discussões inúteis, o bate-boca aqui de muitos em respostas as minhas indagações eu retruco com um sorriso sem formar uma dissidência que não condiz com a voz da razão. Melhor é um aperto de mão, um abraço e um sempre alerta aprendido nas origens do fundador.

                       Meu amigo Chefe, seja você um simples voluntário ou mesmo um alto comissionado nas lides da hierarquia escoteira, espero que entenda meus escritos. Sinceramente? Não me julgo um escritor, um poeta mas simplesmente um Contador de Histórias, escrevendo semanticamente da única maneira que sei escrever.
Meu fraterno abraço, e sabia que amo muito sua amizade.
“Sempre Alerta”.