sexta-feira, 2 de março de 2018

Coisas de um Velho Chefe Escoteiro. Pois é... Ou, pois não!



Coisas de um Velho Chefe Escoteiro.
Pois é... Ou, pois não!

- Dizem que a expressão, “pois não e, pois é” é muito usada no nosso Brasil. Um emérito professor disse que é uma maneira que utilizamos para concordar com algum comentário ou preencher um vazio na comunicação. Ou seja, você fala “pois é” quando não tem mais nada importante a dizer. Pois não...”.

                 Pois é... Oito dias de molho. De tomate para a macarronada do acampamento? Não, de molho na barraca, “deitadamente” esticado sem poder sair. Não dá para acostumar, pois é... “Necas de nadinha”. O Doctor “Pulmonático” já tinha me prevenido: - Velhote escoteiro vou te dar uns “respirantes” caros é claro, mas pode pedir na Farmácia de Alto Custo do governo até quando eles não resolverem mais... Nesta hora é hora de rezar e pedir a Deus pela sua alma! - Pois é...

                 Antes o recolher a barraca do escoteiro era esporádica. Agora não mais. Mensalmente lá vou eu esticar as canelas... Na barraca! Por enquanto... Melhor que esticar as canelas em outro lugar... Interessante que lá no aconchego do meu colchão de capim me sinto bem. A cabeça funciona. Cabeça? “Discurpe” queria dizer a mente. “Minino”! Lembro-me de tantas coisas! Coisas que já tinha esquecido e nem lembrava mais.

                 Vez ou outra levantava, metia o dedo no teclado e escrevia. Ainda bem que tinha disposição. O maior escritor e articulista de todos os tempos deixou na Folha um artigo seu doze horas antes de se mandar para sua nova morada no céu. No céu? Sei lá, se estiver bem acampado é melhor que aquele tal de Umbral. Mas vou procurá-lo quando partir e dizer: - Moço! Sou o Vado Escoteiro, seu fã! Até imagino a sua expressão. Rarará!

                  Bem aqui estou de volta. Pois é... Quanto tempo? Lembro quando o Donana da Farmácia me fez esta pergunta. Eu menino ele estrebuchando debaixo das traves do campo do Seu Nonato. Estava com meu cantil. Afinal precisava mostrar que tinha um. Com cuidado peguei meu lenço do bolso, fiz uma compressa molhei passei na sua testa e ele sorrindo me disse: - Muito obrigado!

                  Corri até a estação da Vitória Minas, procurei o Chefe Jessé no segundo andar e disse: Posso colocar minha especialidade de primeiros socorros? Contei tudinho e ele sorrindo me disse: É prá já! E ali mesmo com um alfinete me “pregou” o distintivo. Cara, o Chefe Jessé era demais. Acho que é por isso que dou enorme valor aos monitores e escoteiros que sabem se virar.

                  Tudo bem que BP viu que sem os chefes a “coisa” não podia andar. Mas eu quando menino na Patrulha Lobo não dava “pé de bode” parado à espera da chefia para se movimentar. Pois é... Sabe o que me enche a paciência? É esta “paturrada” de Chefe se mostrando. É Insígnia, medalha, “deploma de mérito” e o escambal. E os meninos e meninas? “Prá eles nada e pru Chefe tudo”?

                  Pois é... Ver um menino recebendo seu “Cruzeiro do Sul” Sua lis de Ouro, o Escoteiro da Pátria, ou até mesmo um cordão qualquer ou quem sabe mais uma estrelinha de metal brilhando no seu peito é demais. Tem foto? Não? Só o Chefe “deplomado”? “Coisa de louco meu”! Esse negócio de ver a “chefaiada” se gabando da sua promoção (?) do seu curso de sua medalha é demais! “Discurpe” meu amigo Chefe. “Carma”, muita “carma”. Logo, logo vou prá barraca e lá fico até partir. Prá onde? Risos, meu amigo prá onde Deus quiser! Uma bela tarde e muitos sorrisos!   

nota - Pois é! Hoje consegui levantar, dei uma volta duas, como um verdadeiro herói escoteiro consegui andar trezentos metros! Putz! Tô “tinindo” para a São Silvestre. Escrevi “arguma” coisa. Pois é... Cheios de escritas mal contadas, mas lá estavam apinhadas esperando sua vez de vir aqui encher a paciência de alguém, em leituras de ninguém... Pois é!  À noite volto. Dá gargalhada? Obrigado, sei que ela é um desenho inócuo de alguém que diz... Pois é... Pois não... Porque não ficou lá?