segunda-feira, 19 de março de 2018

Uma conversa ao pé do fogo. Faz mal bater um papo com alguém?



Uma conversa ao pé do fogo.
Faz mal bater um papo com alguém?

Acho que não. Alguns dizem que depende com quem se vai bater o papo. Conheço uns poucos amigos do passado que me visitavam, fizeram escotismo de sede e de campo comigo e até mesmo alguns eu tive a honra de ter como alunos. Hoje? Conquistaram seu lugar ao sol. Passam longe. Papo? Nem pensar. Não querem ficar longe ou perder as benesses do poder. E se o chefão tomasse conhecimento?

- Eu entendo. Sempre temos uma pontinha querendo poder, ser conhecido, falado e coisa e tal. E no escotismo? Nossa! Fico espantado como tantos que seguem a manada sem perguntar se o caminho está correto. Cada um agarra seu poder como pode. Alguns como chefes de obedientes lobos/escoteiros/seniores. Outros na chefia na diretoria, e uns poucos no poder central. Este é o sonho. Mandar, ser obedecido e melhor ainda ser amado como foram e são os Grandes Chefes os Velhos Lobos os Impisa e tantos que se acham dignos (?) de admiração.

- Sinceramente? Estou cansado de falar sobre este tema. Tornou-se lugar comum, poucos dão o grito de “vamos mudar”. Um naco se ressente e o caminho do pai ganso como dizia BP vai sendo feito sem ninguém perguntar onde vai dar. Pensei em escrever hoje sobre algum fato interessante para colaborar com meus amigos escoteiros que tentam me convencer que no fundo das minhas frases sempre tem algum para aproveitar.

- “Entonse” me desculpem aqueles mais “achegados”. Ando meio “aperreado” com este naco do poder atual. Verdadeiros “sacripantas” farsantes fantasiados de escoteiros que se ascenderam no poder. Lideres sem formação que querem ser “paparicados” e na sua benesse vão construindo estradas a custa dos bajuladores e chaleiras que neles acreditam em busca de uma promoção ou ovação pessoal.

- E quando eles se acham “Salomão”? Aquele que tem a solução para tudo, sabe como aconselhar e punir. Verdade ou não são fatos que nunca vi em minha vida escoteira estou vendo agora. Um “Pafuncio” um Fariseu morador no Palácio dos Deuses da Corte Escoteira se tornou o dono da verdade absoluta. (soube que certa região está nadando em dinheiro e vai adquirir nova sede, novo campo escola, e se gaba de ser a maioral. - Cuidado! O poder mora ao lado!).

- Há tempos nas redes sociais fui seduzido por mensagens e post de chefes que se sentiram prejudicados. Foram admoestados, acusados, advertidos e finalmente processados. Advogados agora tem no escotismo seu naco do poder. Um dos chefes prejudicados eu conheço. Tenho enorme admiração. Francisco Rinaldi peca pelo cavalheirismo, pela cortesia e é um emérito conhecedor do escotismo de Baden-Powell. Vicente Vasconcellos não conheço pessoalmente. Sei que é um lutador, um Chefe participante e emérito conhecedor das hostes escoteiras.

- Ambos foram denunciados, indiciados e considerados culpados. Foram réus em processos ignóbeis, mal feitos sem direitos à defesa pelo menos em um país como nosso onde todos tem direito da ampla defesa, o principio do contraditório e isto no Direito processual é um principio jurídico fundamental do processo judicial moderno. Os advogados do Lula lutam em todas as frentes possíveis sobre este direito. Considerando que o escotismo sempre respeitou a fraternidade e nunca abusou desse poder fico pensando se estes aprendizes de ditadores deviam considerar.

- Mas e quem ombreia com eles no seu infortúnio? Muitos que já se afastaram ou estão em estado de indignação comentaram sobre estas peripécias doentes dos donos do poder. E lá no átrio onde se reúnem a nata escoteira do estado, Vicente tentou falar e não foi autorizado. Um alto dignitário Escoteiro se mostrou como autêntico dono da verdade e ali onde se deflora um escotismo que devia ser a casa da filosofia de Baden-Powell, alguém foi calado, em nome do artigo tal da norma tal e “aperreado” do seu direito fundamental.

- Já disse, não sou um recruta escoteiro. Conheço essa pulha, essa choldra de ontem e de hoje que se julgam os donos do poder e com isso fizeram com que o escotismo se dividisse principalmente com aqueles que ainda acreditam na filosofia de Baden-Powell. Os insatisfeitos não tiveram outro caminho que não criar outra associação onde se sentissem bem fazendo um escotismo autêntico que acreditam. Passei por isso no passado. Diferente. Entrei em uma sala onde se reunia a nata do poder e disse o que devia dizer. Se foi certo ou não pouco importa. E resolveu? Não. Ninguém quer deixar o poder adquirido.  

- Sei que Francisco Rinaldi e Vicente Vasconcellos não são os únicos. Temos muitos outros subjugados até mesmo na mais humilde tapera de um Grupo Escoteiro onde o exemplo da Direção Nacional se despe de sua roupagem de virgem escoteira para atingir regiões e as unidades locais. O escotismo é tão grande, a força do movimento de BP é enorme que corre nas cordas bamboleantes de um comando Crow bem feito, onde sempre temos novos “chegantes” para continuar onde outros um dia pararam ou desistiram.

- Sabemos que quanto maior o poder, mais perigo é o abuso. Sabemos que é uma experiência eterna de que todos com poder são tentados a abusar. Os detentores do poder quando assumem ficam tão ansiosos por estabelecer o mito da sua infiabilidade que se esforçam ao máximo para ignorar a verdade. Não sei se BP disse isso, mas conhecer os outros é inteligência, conhecer-se a sí próprio é a verdadeira sabedoria. Controlar os outros é força, controlar-se a sí próprio é o verdadeiro poder.

Nota – Nunca vou deixar de ser escoteiro. Não tenho registro e nem me deixarei vencer pela derrota. Fiz uma promessa há muitos e muitos anos. Honro tudo que disse e não vou modificar nada. Nunca renovei minha promessa. Ela foi e é uma só. Somos uma Associação que no passado deu nomes de valor ao Escotismo Nacional. Hoje nem é sombra daqueles que dignificaram o Movimento Escoteiro de Baden-Powell. Não sei mais quanto irei ver esta empanturrada se dizendo lideres escoteiros. Eu ponho a mão na consciência e vou escrevendo, escrevendo até o dia que o Senhor Todo Poderoso lá do céu me chamar! E quem sabe me punir! Rarará!