O escotismo que queremos... Qual?
Era uma vez... Um Velho Lobo e um Velho Escoteiro.
E daí Velho lobo, me diga, o
que adianta essa malquerença, essa aversão do vestir o que quiser? Você luta,
insiste, alguém se importa Velho Lobo? Alguém por acaso pensou onde eu e você queremos
chegar? Sei que temos algumas querelas, discordâncias de acertar o passo,
percorrer a trilha, medir a altura a distancia e as estrelas. Passamos por poucas
e boas na esticada escoteira na terra. Como dois Idosos Escoteiros educados, sabemos
conversar e manter o dialogo no Estilo Inglês. Badeniano é claro. E nosso
respeito é o melhor.
E assim nós dois um Velho Lobo
e um Velho Chefe Escoteiro seguimos nosso destino tentando colaborar até o
nosso The End... Nosso “Final”. Jocosamente alguém disse que o Estilo Inglês
rompe a retidão e simetria das linhas e distribuição dos maciços
arbóreo/arbustivos e por aí vai. Não entendi bulhufas. Mas essa também não é
nossa praia...
Felizmente meu amigo Velho Lobo
vivemos uma época em que estar sempre alerta era mostrar nossa visão, prestando
atenção para não ser surpreendido. E então crescemos, procurando ver um futuro
escoteiro melhor a nossa volta. E aprendemos tanto não foi Velho Lobo? Quantos
dos novos que ainda tem o dente Siso estão vendo mais além? Quantos pensam que
a brasilidade brasileira acredita que esse caminho é o melhor?
Velho Lobo, você como eu
sabemos que nos meios educacionais entre os filósofos, os pedagogos, os
educadores universitários, aqueles que são chamados a opinar nos meios de
comunicação... Nada sabem de nós. Para eles somos eternos desconhecidos. Escoteiros?
Ainda existem? Os tempos modernos são assim Velho Lobo?
Quando você e eu como bons
samaritanos, escrevemos sobre nossa visualidade do escotismo fraterno, do
exemplo, da aceitação do garbo pela apresentação individual, os novos com Dente
Siso ainda com fraldas esvoaçantes se acham conhecedores e autores da nova pedagogia
escoteira. Adiantou nosso aprendizado e no que acreditamos deste menino?
Viramos um “carrapatacho” sem um nome a zelar? Desculpe pelo “carrapatacho”
você um Velho Lobo e eu um Velho Escoteiro sabemos onde ele se meteu, nestes
“desairos” abomináveis da escrita que poucos entendem.
Meu bom amigo Velho Lobo quando
leio os conformes dos nossos irmãos escoteiros, se deleitando a responder nossa
opinião, alguns pisando sem nos considerar irmãos, respondendo sem cortesia como
se fossem os melhores, desmerecendo o que achamos por apresentação e garbo, nos
convencendo que não entendemos a modernidade, repetem aos ventos que não
precisamos de uniforme e sim ter disciplina e obedecer a nossa lei. É, parece
que uns tem e não podem outros podem e não tem!
- Velho lobo, quando leio o
patético de algum Chefe, tipo aquele que ainda não sabe o peso da mochila na
trilha da montanha, não sabe os calos adquiridos forjando pioneirías, brincando
na noite, esquentando fogueiras e vivendo o sonho da aventura... Penso se eles
aprenderam alguma coisa. Rosnam (desculpe a palavra) que eles são exemplo, que
o uniforme ou vestimenta tanto faz, que cada um veste como quer. Afinal
repetem: A EB não autorizou? Caio na minha verdade e penso naquela metáfora do
cego que conduzia outro cego e ambos escoteiramente caíram no buraco. Querem
ver flores, bananeiras, e goiabas em gostosas feituras a venda a nas lojas da
imaginação? Está é a modernidade? Vestir o que quiser e como quiser?
Meu amigo Velho Lobo será que não
estão vendo que o “povo” não o “polvo” não concorda, não aceita e nem sabe onde
estamos situados? Atrás dos muros da escola ou da ribanceira do riacho, não
olham seu umbigo, não perguntam e aceitam uma liderança que não pesquisa nem
responde a uma indagação com respeito, sem ofensas, sem acessos de poder, sem
ameaças e sim com gostosas trocas de ideias vividas em torno de uma fogueira
qualquer?
Velho lobo dá gosto ver você
vestimentado. Apesar de não ser minha praia admiro você. Voce sabe, sou
caqueano enraizado. E olhe palmas para você quando fala, quando escreve e não
muda de opinião. Um perfeito Cavalheiro Badeniano. Sabe Velho Lobo, meus
parabéns, sempre com resposta sadias... Sem ofender... Eu um Velho Chefe Escoteiro
vivendo como um Sapo Boi vou dando minhas piruadas, e nas noites de lua cheia canto
na minha lagoa... Procurando à namorada escoteira... Que não quer saber de mim.
Velho Lobo, tu e eu somos Dinossauros capengando e sempre acreditando... Será
que um dia tudo pode mudar? Velho Lobo meu amigo de-cá um abraço, um aperto de
mão, a luta é nossa Velho Lobo. Desistir é uma palavra que não existe em nosso
dicionário.
Sabe Velho Lobo, somos uma
extirpe em extinção. Os peritos os bombásticos chefes, os audaciosos da nova
geração, colocam o verbo ir como se fossem o dono da estrada. Eles estão certo
Velho Lobo? Costumamos discordar, mas sempre olhamos o caminho onde pisar. Aprendemos
o Caminho a Evitar. Eles Velho Lobo não sabem saltar o obstáculo. Nós sabemos
onde está o caminho a seguir, com o vento a favor e sempre alerta para ouvir o
sibilar da cascavel ou do cantar do sabiá e sorridentes sabendo onde seguir.
Enfim Velho Lobo, ainda somos do
mesmo sangue... Tu e eu. E mesmo discordando alguma vezes a amizade persiste. Ainda
costumamos relembrar nosso tempo com orgulho e admiração. Acreditamos que no Pico
da Esperança sempre veremos mais além. Ver nosso amado escotismo considerado,
falado, respeitado e os mais bem aquinhoados no saber e no poder terão por nós
uma enorme consideração. E dirão: - Escotismo é uma escola de educação que
temos a obrigação de admirar aplaudir e aprovar!
Nota
– Somos sim um Velho Lobo e um Velho Chefe Escoteiro. Setenta anos de
escotismo. Bandeiras soltas, ventos a seguir, caindo levantando, enfrentando
pedaços do caminho a evitar, saltando o obstáculo, aprendendo a fazer fazendo.
Levando ripa na chulipa e tentando formar cidadãos. Por trilhas cheias de
pedras aprendemos a pular os despenhadeiros da humildade e aceitar com
dignidade o que o Velho Chefe Mundial nos deixou com seu enorme sorriso de
Impisa, um lobo que nunca dorme. E ele Velho Lobo sempre vai ser a voz da nossa
razão!