Conversa ao pé do fogo.
A origem da lenda do coelhinho da Páscoa.
O
coelhinho da Páscoa
Vem a nós avisar
Que Jesus está vivo
E continua a reinar.
Que essa passagem
Chamada Ressurreição,
Seja de fato comemorada
Com Cristo no coração!
Vem a nós avisar
Que Jesus está vivo
E continua a reinar.
Que essa passagem
Chamada Ressurreição,
Seja de fato comemorada
Com Cristo no coração!
Prólogo:
- Vim a conhecer o coelhinho de chocolate da pascoa quase na idade adulta. Quando
menino e quando jovem na minha cidade a pascoa ou a ressurreição de Cristo era
uma comemoração da Igreja Católica que eu participava com alegria respeito e
fé. Tudo mudou. Hoje os jovens meninos só se lembram do ovo de chocolate, mas
sei de muitas famílias que os pais ainda contam e lembram-se da verdadeira
pascoa cristã.
A
Pascoa.
A maior celebração cristã (junto com o Natal, claro) tem
sua origem na festa judaica do Pessach – que significa “passagem” em hebraico,
uma referência à saída dos judeus do Egito e sua libertação da escravidão, com
a chegada à terra prometida sob a liderança de Moisés. Durante a festa judaica,
o ovo – um dos únicos alimentos que não perde a forma depois de cozido – é
utilizado como símbolo do povo de Israel. Em determinado momento, o chefe de
família se levanta e diz: “O povo de Israel é como esse ovo, que, quanto mais
cozido na dor e no sofrimento, mais preserva sua unidade e sua identidade”.
(Evidentemente, naquela época o ovo ainda não era de chocolate.) A comemoração
foi adaptada pelo cristianismo para relembrar a ressurreição de Cristo, que
também representa a renovação da vida. “Já o coelho foi uma forma de
popularizar a festa”, diz Maria Ângela de Almeida, teóloga da PUC-SP.
Desde
o antigo Egito, o animal era símbolo da fertilidade devido à sua incrível
capacidade de procriação. “O Pessach teve origem em ritos tribais, cujo
objetivo era celebrar a paz entre os povos. O cordeiro era repartido entre os
chefes das tribos, num jantar comunitário que reforçava suas alianças. Nesse
contexto, o coelho veio substituir o cordeiro”.
A Páscoa, ou o
Domingo da Ressurreição, como também é chamada, é um feriado que celebra a
ressurreição do Senhor Jesus que ocorreu três dias após Sua crucificação. Seu
tempo exato coincide com o primeiro domingo após a primeira lua cheia depois do
equinócio vernal de cada ano. A fim de comemorar a ressurreição de Jesus e
lembrar a salvação e a esperança que Jesus trouxe para a humanidade, todos os
anos, entre março e abril, os cristãos no mundo inteiro fazem celebrações no
dia da Páscoa. Assim, quando nós cristãos comemoramos a ressurreição de Jesus,
nós sabemos por que ele retornou dos mortos e apareceu ao homem apesar de já
ter terminado Sua obra de redenção.
As palavras de Deus dizem: “A primeira
coisa que o Senhor Jesus fez depois da ressurreição foi permitir que todos O
vissem, para confirmar que Ele existia e confirmar o fato da Sua ressurreição”.
Além disso, isso restaurou Seu relacionamento com as pessoas tal como era
antes, quando Ele operava na carne, e Ele era o Cristo que elas podiam ver e
tocar. Dessa forma, um dos resultados é que as pessoas não tinham dúvidas de
que o Senhor Jesus havia ressuscitado da morte depois de ter sido pregado na
cruz, e não havia dúvida alguma na obra do Senhor Jesus para redimir a
humanidade. E outro resultado é que o fato de o Senhor Jesus aparecer para as
pessoas após a ressurreição e permitir que elas O vissem e O tocassem fixaram
solidamente a humanidade na Era da Graça.
Hoje no imaginário das crianças, a entrega
dos ovos de chocolate é feita por um coelho de olhos vermelhos e pelos
branquinhos. A história fica ainda mais verdadeira para os pequenos quando
encontram pegadas do animal e pedacinhos de cenoura espalhados pela casa. Todos
esses artifícios só reforçam a lenda do coelhinho da Páscoa, disseminada na
Europa e trazida para a América há mais de 300 anos.
Os ovos de Páscoa tem origem na China
e na França por meio de contos criados no velho continente. Uma das narrativas mais
conhecidas do mundo conta que uma mulher pobre escondeu ovos coloridos num
ninho para entregá-los aos filhos na manhã da festividade religiosa. Contudo,
quando as crianças descobriram o lugar, um grande coelho passou rapidamente e
espalhou os presentinhos, dando aos pequenos a ilusão de que o bicho carregava
e distribuía os ovos.
Um pé na religião
Muito mais que um alegre carregador de ovos, para a religião cristã o
coelho se tornou símbolo da ressurreição. “No hemisfério Norte, ele hiberna
dentro de sua toca durante o inverno e desaparece das vistas. No fim da
estação, portanto no período da Páscoa, o coelho é o primeiro animal a sair do
abrigo”, explica Marlon Ronald Fluck, professor do mestrado em Teologia da
Faculdade Teológica Batista do Paraná, de Curitiba. Já nos países do hemisfério
Sul, como o Brasil, por não haver a hibernação, a explicação esbarra na rápida
reprodução, tornando-se um símbolo de fertilidade, fielmente ligado com a
tradição religiosa. “O protestantismo acentuou mais a tradição do coelho da
Páscoa, enquanto a tradição católica usou o símbolo do ovo. Com o tempo, as
duas tradições passaram a se vincular”, analisa Marlon.
Uma feliz pascoa com Cristo no coração,