Conversa ao pé do fogo.
Ser Monitor.
Prólogo:
- Por último, o Monitor é Responsável por cada um dos seus
escoteiros de patrulha, pois é ele que deve ser o primeiro a fazer com que os
seus patrulheiros adquiram o verdadeiro Espírito Escotista, o espírito que se
encontra presente na Lei do Escoteiro. Adaptado do livro "Pistas
para o Monitor de Patrulha”.
- O Monitor
não é apenas aquele que se diverte com os seus patrulheiros, mas sim aquele a
quem compete fundamentalmente velar pela formação moral, intelectual, física,
técnica e religiosa, é responsável pelos que abandonaram o escotismo, é
responsável por aqueles que nunca sentiram o escotismo. É notável o papel que
desempenha a Patrulha no Escotismo. Mas também é certo que ela será o que for o
seu Monitor. O valor pessoal do Monitor, não o duvidemos, irá sempre influir
tanto na vida social da Patrulha como na vida pessoal de cada individuo que a
forma. Quando um dia perguntaram a Baden-Powell que grau escolheria nos quadros
do escotismo se não fosse Chefe Mundial, ele respondeu: “Se me permitissem
escolher um posto no Movimento, escolheria o de “Monitor”“. Com isto queria
significar o Grande Chefe, que julgava que o papel mais interessante dentro do
escotismo é o de Monitor.
Quando um dia perguntaram a Baden-Powell que grau escolheria nos quadros
do escotismo se não fosse Chefe Mundial, ele respondeu: "Se me permitissem
escolher um posto no Movimento, escolheria o de Monitor de Patrulha". Com
isto queria significar o Grande Chefe, que julgava que o papel mais
interessante dentro do escotismo é o de Monitor de Patrulha.
Disse um dia Proebel "é necessário que a vida do rapaz seja uma
festa contínua; ele deve formar-se por meio do jogo, da alegria e da amizade.
Baden-Powell para corresponder a esse desejo criou para os rapazes e moças algo
de formidável onde eles possam desenvolver-se numa atmosfera de alegria e de
bom humor". Eis o Escotismo que ele criou sobrepondo dois quadros cheios
de atrativos: O quadro do ideal cavalheiresco e o quadro da vida de explorador,
dos quais fez nascer à bela aventura da Vida Escoteira.
O Monitor encontra aqui a sua grande missão, fazer dos seus rapazes
atores desta aventura, sendo ele o mesmo realizador e um dos atores. Quanto
mais viva for à realização, mais animado, agradável e feliz sairá o filme. Treinando
os seus escoteiros, entusiasmando-os, amando-os e assim eles seguirão o seu monitor
até ao final, evitando o aborrecimento nas atividades da patrulha, procurando
criar cada vez mais qualquer coisa de novo, sem parar, vivendo sempre com o
ideal de seguir sempre em frente até ao mais longe possível. Em tudo onde o monitor
participe, deve ele acabar com os momentos vazios, cheios de palavras e de
circunstância sem qualquer finalidade, porque antes de mais uma palavra clara e
direta vale mais do que muitas palavras ocas.
A
missão do monitor passa nada mais do que ser o Treinador, aquele que rega o que
está árido, o Irmão Mais Velho, aquele que cura o que está ferido, o Modelador,
aquele que dobra o que é duro e que aquece o que está frio, e finalmente o
Exemplo, aquele que guia os passos dos desencaminhados. Para o Monitor obter
bons resultados com o seu trabalho precisa ter: - sacrifício, dedicação,
exemplo, franqueza, coragem, energia, pois a grande condição indispensável para
se exercer uma ação de formação junto dos seus escoteiros é o seu exemplo como Monitor.
O Monitor
não deve esquecer que deve partilhar esta missão de formação, com os seus
Chefes, com o Assistente, com o seu Submonitor, pois deles exige-se a
colaboração nesse sentido. Importante é que o Monitor nunca esqueça que a sua
presença não deverá nunca apagar o individualismo de cada um dos seus
patrulheiros. Por outro lado é bastante positivo que cada rapaz saiba que o seu
Monitor está sempre pronto para ajudá-lo e que pode contar sempre com ele. O Monitor
não é mais do que o modelador hábil que do barro mais resistente, dos
caracteres mais difíceis, consegue fabricar autênticas obras de arte, Escoteiros
conscientes, Homens para a Vida.
O
Monitor antes de realizar esforços por formar os seus elementos, tem que os
conhecer bem, assim que os mesmos entrem para a sua patrulha, assim será uma
demonstração de que o Monitor se interessa pelos seus elementos, conhecendo os
seus interesses, os seus gostos, os seus divertimentos, os seus estudos, a sua
vida familiar e a sua vida no seio do seu Grupo. O
Monitor deve ser responsável e isso implica saber responder pelos seus atos em
qualquer momento. Partimos
pelo pressuposto que todo o Verdadeiro Monitor é responsável, mas a sua
responsabilidade situa-se até que ponto? Quem é que é responsável pelo Monitor?
Primeiramente,
o Monitor é responsável pela sua própria pessoa. Como sabemos do Monitor dependem
outras sete pessoas, que o seguem, que o examinam, que colocam várias provas e
obstáculos ao seu carácter e que conhecem melhor o Monitor que o próprio Monitor
e finalmente são sete pessoas que imitam o seu Monitor, quer nas virtudes quer
nos defeitos. Tudo o que acontecer dentro das competências do Monitor aos seus
Escoteiros dependerá quase sempre do Monitor e do seu Submonitor da vontade de
ambos. É necessário que o Monitor e o sub. saibam primeiramente o que desejam
para si e depois de o saberem concretamente é que saberão o que querem para os
outros.
Resumindo,
conclui-se que o Monitor não é leal se exigir dos outros seus elementos algo
que não exige de si, se lhes impuserem normas ou regras e é ele o primeiro a
desobedecê-las. O Monitor deve sempre pensar num grau de exigência maior em
relação a si do que dos seus elementos. O Monitor é Responsável pela sua
patrulha, pois ele responde por ela onde quer se seja, quer em reuniões, quer
em atividades, quer em jogos. Por isso o Monitor é responsável pelo espírito da
sua patrulha/equipa, e, portanto deve ser o Monitor que o deve incutir nos seus
irmãos escoteiros. O Monitor é também responsável pelo seu Grupo, pois a ele
cabe um papel fundamental na discussão da vida do grupo a que pertence.
O Monitor
não deve nunca deixar esse papel de lado, pois essa incumbência que é dada ao ele
deve ser utilizada da melhor forma. Se a Chefia necessita do apoio dos seus Monitores
no sentido de lhes ouvir as suas opiniões, informar sobre algumas indicações,
falar sobre o espírito entre as patrulhas e a tropa e decidir os passos da
caminhada da Tropa, o Monitor tem uma grande quota de responsabilidade sobre as
orientações tomadas e realizadas pelo seu Grupo.
Um artigo dirigido para os monitores de Patrulha. Porque
não reuni-los, entregar uma copia deste artigo e fazer uma boa discussão em
grupo?