terça-feira, 5 de maio de 2020

Eu? Sou um contador de histórias... Escoteiras!




Eu? Eu sou um contador de histórias... Escoteiras é claro!


E aqui terei o máximo prazer em receber você. Bem vindo.  Escrevo tudo que penso e o que aprendi como escoteiro por quase 70 anos. Concorde discorde, deixe seus comentários. Meu fraterno abraço e breve outro conto outro artigo escoteiro. Sempre Alerta!

A História de Lady Olave Baden-Powell.




A História de Lady Olave Baden-Powell.

... – Muito comentada, a história do Casamento de Lady Olave St. Clair Soames se fosse hoje não teria nada de especial. Mesmo assim pseudos historiadores Escoteiros de hoje, fazem comentários maldosos sob ela e a virilidade de B.P. Concluo que nada tem a ver com a validade do escotismo para os jovens no mundo. São Fake News que desonram aqueles que se intitulam Escoteiros. Bem conhecida retorno a contar história de Lady Olave, seu casamento, sua participação escoteira e principalmente com as Bandeirantes. Afinal o Movimento Escoteiro tem muita história para contar dos seus fundadores e de suas místicas e tradições.

- Muito se especulou sobre ela e seu casamento com B.P. No entanto ela se tornou um marco no Movimento Bandeirante Mundial e porque não também ao Escotismo. Espírito altruísta até os seus últimos dias viveu participando ativamente não só na Inglaterra como em todo o mundo. Quando BP faleceu ela não esmoreceu e continuou viajando inclusive no Brasil levando os ideais do seu marido Baden-Powell. A ela meu Anrê, Bravôo acompanhado de uma palma escoteira saída do coração. Lady Olave teve uma vida precoce Em 22 de fevereiro de 1889, Olave St. Claire Soames (mais tarde conhecida como lady Baden-Powell) nasceu em Chesterfield, Inglaterra. Ela era a terceira e mais nova filha de Harold Soames e Katharine Soames. Seus pais a educaram junto com várias governantas em casa. Olave vivia em 17 casas diferentes quando tinha 23 anos. Olave gostava de esportes ao ar livre como tênis, natação, futebol, patinação e canoagem. Ela também tocava violino.

Ao atingir a maturidade, Olave achou que a vida da sociedade de sua época era bastante monótona e, por isso, resolveu dedicar-se aos meninos inválidos, que ela recolhia em Bornemouth, onde cuidava deles. Em 1912, quando tinha 23 anos, seu pai que a cada ano viajava ao exterior, convidou-a a acompanhá-lo em uma viagem às Índias Ocidentais. Embarcaram no "Arcadian" sem imaginar que seu futuro ia mudar totalmente durante aquela viagem. Neste barco viajava, acompanhado de vários oficiais, Robert Baden-Powell, fundador do Escotismo, que nesta época já ostentava o título de Lord, e gozava de grande popularidade e reputação em muitos países do mundo. - No transatlântico RMSP Arcadian. Até o final do cruzeiro, eles se envolveram secretamente. Eles compartilharam a mesma data de aniversário. Quando eles se conheceram, ele tinha 55 anos e ela tinha 23 anos, uma diferença de 32 anos de idade! Eles se casaram em segredo em 30 de outubro de 1912. Tiveram três filhos, Arthur Robert Peter (30 de outubro de 1913 - 9 de dezembro de 1962), Heather (Grace) Baden-Powell (1 de junho de 1915 - 3 de maio de 1986) e Betty (St. Clair) Baden-Powell (16 de abril de 1917).

- O envolvimento em Girl Guides (Bandeirantes) Scouts teve como principio a oferta para ajudar com guias de meninas foi recusada em 1914. Após a reorganização das guias femininas em 1915, ela ofereceu novamente para ajudar, dessa vez com sucesso e começou a organizar a orientação em Sussex. Em outubro de 1916, foi realizada a primeira conferência de comissários do condado e a senhora B.P. foi eleita comissária-chefe. Enquanto ela estava nesse papel, ela conseguiu muitas outras mulheres em outras partes da Grã-Bretanha para assumir papéis na orientação. Em 1918, Olave recebeu o título de “guia principal”, cargo que ela mais gostou. Na conferência de Swanwick para comissários em outubro de 1918, ela foi presenteada com uma versão dourada do peixe prateado, às vezes referido como um peixe dourado. Em 1930 ela foi feita guia principal do mundo.

Em 1932 teve o Reconhecimento e Padrão e premiada com a dama da grande cruz da mais excelente ordem do Império Britânico (GBE) pelo rei George V, em reconhecimento ao seu trabalho voluntário. A Finlândia concedeu-lhe a ordem da Rosa Branca e o Peru a ordem do Sol. Olave Baden-Powell foi presenteada com um padrão pessoal pelos comissários do condado de guias do Reino Unido. 

- Desejando difundir o Movimento Bandeirante no Brasil, em 1919 Lady Baden-Powell escreveu uma carta às mulheres brasileiras, na qual lhes pedia que se interessassem pela causa que estava congregando meninas e jovens de todo o mundo. Foi portador desta carta o Sr. Barclay, amigo dos Baden-Powell, que vinha ao Rio de Janeiro a negócios. O Sr. Barclay, entrou em contato com Sir Henry Lynch, a quem entregou a mensagem de Lady Baden-Powell. Sir Henry Lynch e seu irmão Sr. Edmund Lionel Lynch, interessados pelo assunto pediram a sua mãe, Sra. Adele Lynch, que promovesse uma reunião convidando diversas autoridades e senhoras que se interessassem fundar o Bandeirantismo em nosso país. Esta reunião realizou-se no dia 30 de maio de 1919.

Já atingindo a idade avançada, em outubro de 1939, Olave mudou-se para Nyeri, no Quênia, com o marido, onde ele morreu em 8 de janeiro de 1941. Ela visitou Cento e onze países quando tinha 80 anos. Em 1961, ela teve um ataque cardíaco na Austrália. Em 1970, quando ela tinha 80 anos, ela foi diagnosticada com diabetes e seu médico a proibiu de viajar. Lady Baden-Powell morreu em 25 de junho de 1977, de diabetes. Em sua memória Scouts e guias marcam 22 de fevereiro como B.-P. Dia ou Dia Mundial do Pensamento, os aniversários conjuntos de Robert e Olave Baden-Powell, para lembrar e celebrar o trabalho do chefe dos escoteiros e guia principal do mundo.

Foram estas as últimas palavras de Lady Olave:

“Caras Guias, Scouts, Cubs e Haditas e todos os seus líderes e amigos”.
Já parti deste mundo quando vocês receberem esta mensagem, onde deixei de expressar a minha gratidão por toda a bondade e carinho que vocês têm me mostrado, e para dizer como agradavelmente regozijo-me no caminho que realizaram no trabalho com o Escotismo que meu amado marido criou há muitos anos, para o crescimento de meninos e meninas de todos os países. Eu acredito fortemente em Deus Todo-Poderoso e a vida no mundo por vir. Ele e eu quando estamos juntos, aplaudimos a todos os que se entraram como membros desta família global, e vamos continuar a nos preocupar com o seu progresso e bem-estar. Espero que vocês utilizem plenamente fazendo o sistema funcionar e a alegria que o nosso movimento proporciona, mantendo a diversão e amizades feitas nas reuniões e nos campos, cumprindo a promessa e defender a lei que você se comprometeu a viver quando se juntou ao Movimento.

Desta forma, vocês não apenas progredirão fisicamente, mentalmente e espiritualmente, mas afetarão todos ao seu redor, fazendo o que é honesto, correto e sábio. Mostrando benevolência em seus pensamentos e ações e lutando contra todos os males e ajudando a tornar o mundo um lugar muito mais feliz e melhor para se viver. Eu confio que vocês serão bem sucedido em todas as suas tarefas, e que Deus esteja com você nos próximos anos.
Olave Baden-Powell. 
“12 de novembro de 1973”.

sábado, 2 de maio de 2020

Conversa ao pé do fogo. Mudando de conversa onde foi que ficou...




Conversa ao pé do fogo.
Mudando de conversa onde foi que ficou...

... – Nesta época de pandemia porque não lembrar-me dos bons tempos de reuniões, de atividades aventureiras, de acantonamentos e acampamentos? Calma, é só por um tempo, logo tudo irá voltar!

¶ Mudando de conversa onde foi que ficou
Aquela velha amizade...¶.

- Não tem dia que vamos para uma reunião com a mente longe de tudo? A cabeça pesa. Afinal não somos humanos? Uma discussão no lar, um fato mal entendido, uma dificuldade que existia e brotou logo neste dia. E olhe, não adianta dizer que somos alegres e sorrimos nas dificuldades. Nesta hora não dá. Humanos! Deveríamos ser super-homens ou super-mulheres. Afinal não dizem maravilhas do Chefe Escoteiro? E sabe o pior? Alguém da família diz – “Você esqueceu-se da gente, só se preocupa com os escoteiros”. Duro não? Mas a obrigação é maior que a razão. Você vai, chega e um Escoteiro ou lobinho te cumprimenta, dá um sorriso. Puxa vida! E agora José?

¶ Aquele papo furado todo fim de noite
Num bar do Leblon ¶.

Não sei se você já passou por isto. Saida para uma atividade. Ônibus estacionado. Horário estourando. Muitos atrasados. Tralha para colocar no ônibus, mil coisas a fazer. Mães querendo falar com você – Chefe! Cuidado com meu filho! Chefe e as cobras? Chefe não esqueça os remédios dele! Chefe me ligue qualquer coisa! – O ônibus parte. Mães chorosas dizendo adeus. Parece o fim do mundo. Mas eles não vão aprender a ser alguém? Mal você se acomoda no ônibus e alguém começa a chorar. Tão cedo? O que foi? Fulano me bateu! Você chega ao local da atividade. Tirar a tralha, preparar tudo, corre daqui corre dali, a Patrulha tal não se entende. Lá vai você orientar. Hora do almoço. Alguns reclamando fome. Um Monitor correndo para dizer que um Escoteiro estava com a mochila cheia de biscoitos e comendo! Sua cabeça está a mil. O programa? Pluft! Foi para as “cucuias”. E agora José?

¶ Meu Deus do céu, que tempo bom!
Tanto Chopp gelado, confissões à bessa ¶.

Dificuldades! Ah! Elas não são para nós escoteiros um bálsamo? Não dizem isto? Não está no oitavo artigo da lei? Não são elas quem nos faz sentir ser alguém? Ter coisas para contar, Lembrar... Chegar ao campo. Ufa! Esquecemos alguma coisa na sede? Alguém se lembrou? A meteorologia garantiu tempo bom. Céu pedrento? Chuva ou vento? Nuvens baixas cor de cobre? É temporal que se descobre? Um temporal. Uma ou mais barracas são levadas com o vento. Não armaram direito. A água invade o campo. Escolheram mal. Mas não dizem que se aprende a fazer fazendo? Agora não é hora de reclamar. E aí? Conseguiram cobrir o lenheiro? Putz! Lenha molhada. A chuva passou. Se tiver vento e depois água deixe andar que não faz mágoa. Mas olhe, cuidado, se tens água e depois vento, põe-te em guarda, e toma tento! E agora José?

¶ Meu Deus, quem diria que isso ia se acabar,
E acabava em samba...¶.

Segunda feira “braba”. Ir trabalhar. Corpo doido. Acampamento gostoso. Gostoso? Com chuva e vento? Vontade de ficar na cama. Ligar dizendo que não vou. Mas fazer o que? É melhor cantar. Não dizem que quem canta seus males espanta? Responsabilidade! Ah! Tenho que dar exemplo. E a grana está curta. O dia não anda. Dizem que toda segunda feira é assim. Hoje vou tentar pensar pouco no escotismo. Você promete a si mesmo. Alguém pergunta – Como foi o acampamento? Você sorri azedo. Fala algumas palavras. O telefone toca – Chefe, meu filho está tossindo. Pegou chuva no acampamento? E ai você se pergunta – Quem precisa do escotismo, você ou ela? Mas você é e será sempre o responsável. Afinal não disseram que o Chefe é Doutor? Pluft! E agora José?  

¶ Que é a melhor maneira de se conversar,
Mas tudo mudou, eu sinto tanta pena de não ser a mesma ¶.

Escotismo. Ah! Escotismo. Outro dia me chamaram de não sei o que. Não liguei. Um amigo me disse o seguinte: Olha, faça seu jogo, com poucos e com certeza, só terás alegria e não tristezas. Será? Poucos? Disseram-me que somos poucos. Tem hora que dou risadas. Ainda lembro quando me convidaram. Venha nos ajudar, é só duas ou três horas por semana. Gozado isto. Duas ou três horas? E as reuniões com chefes no grupo? E a Corte de Honra? E os conselhos de tropa e de primos? E a reunião do distrito? E a reunião com os pais? E as horas passadas em atividades ao ar livre? E os telefonemas na semana? E os e-mails? Puxa vida! Duas ou três horas? E quanto estou ganhando com isto? Nem bônus hora recebo. Se não tomar cuidado meu emprego vai para o “beleleu”. Risos. E agora José?

¶ Perdi a vontade de tomar meu chopp, de escrever meu samba,
Me perdi de mim, não achei nada ¶.

Mas quer saber? Eu gosto do “danado” do escotismo. Adoro! Me sinto bem. Gosto do meu uniforme. Dos meus amigos. A turminha me enturma. Gosto de falar dele. De estar com alguém dele. De saber das novidades. Do Choro dos pais. Da alegria dos meninos. De um ônibus lotado e todos cantando o Rataplã. De ver na volta todos dormindo. Ar de cansado, dever cumprido. Aquele sono reparador. Ver todos partirem com seus pais ao retornar a sede. Passar a chave na porta e dizer: - Minha amiga até a próxima reunião! Isto não é bom? Dever cumprido mesmo? Ah! Escotismo! Tem igual? Existe outro? E agora José?

¶ O que vou fazer?
Mas eu queria tanto, precisava mesmo abraçar você.
De dizer às coisas que se acumularam,
Que estão se perdendo sem explicação,
E sem mais razão e sem mais porque,
Mudando de conversa onde foi que ficou
Aquela velha amizade¶...

 “Mudando de Conversa, é uma musica dos anos 60, de Mauricio Tapajós e Hermínio Belo de Carvalho. Magnificamente interpretada por Doris Monteiro”.