sexta-feira, 30 de março de 2018

Crônicas de um velho Chefe escoteiro. Pontualidade e palavrão.



Crônicas de um velho Chefe escoteiro.
Pontualidade e palavrão.

                     Certa vez dirigia um CAB Pioneiro e quatro horas após o inicio, um aluno chegou atrasado. Não o conhecia. Displicente me cumprimentou e nem explicou o motivo do atraso. Seria ele escoteiro? Ele teria direito de fazer o curso? As primeiras quatro horas não teriam validade? Todas as patrulhas estavam com sete eu deveria fazer uma com oito? Não pestanejei. O chamei no escritório do campo escola e sem meias palavras o convidei para o próximo daí a quatro meses.

                      Horário para mim tem um enorme significado. Duas coisas não fazem parte do meu mundo. Na minha interpretação não são dignos dos escoteiros, ou melhor, quem tem “espírito escoteiro” faltar com a Pontualidade e dizer Palavrão. Muitos parecem viver em um mundo onde isso é comum. Fala-se o que quer e não respeita o horário marcado. Estamos vivendo uma era difícil para os que não fazem e nem dizem assim. Jovens e até adultos parecem esquecer as boas maneiras e esquecem que nem todos são obrigados a ouvir o que ele diz ou escreve.

                      Quem sabe sou um Velho exigente, até mesmo ultrapassado por não ver que hoje isso faz parte da modernidade da criação e vivência. Pode ser. Entretanto se dou meu exemplo acredito que mereço o mesmo em troca. Dizem alguns e não todos que ser pontual ou é Caxias ou idiota. Não sou nenhum dos dois. Gosto de horário. Prefiro pensar que o tempo vale ouro e que quem marcou comigo confiava que chegaria no horário. Não acho lógico alguém me fazer de poste para ficar esperando e ele gostosamente chega a hora que quiser.  

                     De todos os recursos a que temos acesso, o tempo é um dos mais relevantes pela sua natureza volátil. Perdemos horas a espera de outros significa desperdiçar um precioso bem. Dizem que a forma que lidamos com o relógio diz sobre a nossa formação educação e temperamento. Será que tem alguém que gosta de ficar esperando? Sei não para mim é falta de civismo e respeito.

                      Como membros adultos no Movimento Escoteiro nosso exemplo é primordial. Sabemos que a falta de pontualidade ou o palavrão se for repetido sempre se tornará um “hábito de comportamento”. Acredito que os pais mesmo não levando isso em consideração precisam ter uma ideia que somos um movimento sério e estamos ali ensinando seus filhos baseados na Lei e Promessa escoteira. Reuniões e atividades tem que ter horário padrão de inicio e término, salvo eventualidades não esperada.

                      Sempre gostei de acampamentos onde o tempo livre era rotina. Tempo livre não é sinônimo de “boa vida”. Era a hora de aprender com a natureza, deixando os jovens fazer fazendo com uma simples intuição que tiveram agora, ou antes. Nenhum profissional seja ele liberal ou não será bem visto pela sua empresa ou clientes se não tiver uma postura que chamo “Escoteira”. Temos responsabilidades nesta área. Nossa Lei deve estar sempre em primeiro lugar.

                      Duas coisas distintas, mas que se entrelaçam. O Palavrão e a Pontualidade. Não gosto de palavrão. Onde ele é falado ou escrito prefiro estar longe e não ler. Aprendi quando escoteiro que horário era ponto de honra. Que palavrão não faz parte da boa educação escoteira. Será que temos uma lei escoteira de “mentirinha”? Pelas manhãs faço caminhadas em um Polo Esportivo, bem arborizado onde consigo fazer alguns exercícios em equipamentos próprios. Mas os jovens que estão ali não tem respeito. Nossa! Quanto palavrão. Às vezes vou embora mais cedo por não me sentir bem.  

                  Não é questão só de escotismo. É questão de caráter ética e respeito. Soube que nos encontros nacionais principalmente em Jamborees membros adultos e até mesmo jovens ficam até tarde da noite conversando, usando e abusando de palavrões. Desculpe. Se for verdade não dá para aceitar. São Escoteiros? Para mim estão fantasiados e no coração o Espírito Escoteiro passa longe. Não devemos ser sóbrios só em acampamentos ou reuniões de sede. Exemplos devem existir em todo lugar.

                 Há tempos li que alguém escreveu um dicionário do Palavrão Brasileiro. Teve noite de autógrafos. Um herói para muitos, para mim o enganador que não se dá ao respeito, principalmente com a antiga geração. Sei que tem gente que gosta. Que eles se divirtam longe de mim chegando atrasado e dizendo palavras de baixo calão. Muitos se divertem, dão risadas e incentivam até mesmo piadas onde esse tipo de conversa costuma fazer parte. Orgulho-me de ser um escoteiro “Caxias”. Nas atividades escoteiras que participei os jovens nunca aprenderam e sabiam que isto não fazia parte de escoteiros que levam a sério sua lei e sua promessa.

                  Sei que muitos de vocês concordam comigo. Sei que outros não. É um direito. E o meu também deve ser respeitado. Não vou pedir desculpas e dizer que escrevo isso por ser um Velho Chefe Escoteiro que está fora do seu meio e lugar. Alguns podem me achar esclerosado e ultrapassado no modernismo de hoje. Palavrão e pontualidade não podem ser considerados exemplos e aceitos naturalmente. Se alguns acham que isso faz parte da nova forma de educação extraescolar, nova metodologia de formação educacional então me declino. Espero que os frutos compensem.  

                  Quem sabe entendo errado o que seja ética, respeito, caráter e Espírito Escoteiro. Mas guardo com orgulho de conviver com muitos que levavam tudo isso a sério. Não é porque o outro diz assim ou faz assim que eu farei o mesmo. Para mim se sou escoteiro a Lei tem de ser levada a sério. Gosto de repetir uma lei que diziam ser a decima primeira de Baden-Powell: - “O Escoteiro é puro nos seus pensamentos, nas suas palavras e nas suas ações”. Nada mais a dizer...  

Nota – Este artigo não se dirige a nenhum dos meus amigos e também não é uma metáfora do escotismo de hoje. Sei da grandeza dos meus irmãos escoteiros. Sei que aonde reside o Espirito de Baden-Powell o respeito à ética e o caráter prevalecem na formação e no exemplo. Fraternos abraços!

quinta-feira, 29 de março de 2018

minhas publicações



Olá,
Estou colocando a disposição dos meus amigos escoteiros ou não, quase tudo que escrevi até hoje sobre escotismo. São contos, histórias, artigos, técnicas escoteiras, simbolismo, místicas, temas sobre Baden-Powell e também os meus sonetos de boa noite.  Muitas das publicações não são de minha autoria. Compactei os contos para facilitar a leitura e ter sempre a mão quando quiser ler. Tudo em PDF e sem ônus. Não existe nenhum livro ainda publicado. O sonho persiste. Ficar guardado sem oferecer aos amigos seria um contrassenso do meu lema Servir! Se estiver interessado peça primeiro a Lista dos Blocos pelo meu Imbox ou pelo e-mail para conhecer os títulos oferecidos. Os Blocos são numerados de 01 a 27. Ao receber e fazer o pedido se atenha as instruções na Lista. Fora dela não poderei enviar o pedido. Acredito que todos sabem da minha saúde que me impossibilita ficar além do tempo na internet. Lembre-se é um prazer atender você. Fraternos abraços e Sempre Alerta!
Chefe Osvaldo

Nota – Os que quiserem compartilhar em outros grupos ou páginas fiquem a vontade. Quem sabe tem outros que irão se interessar. Obrigado.

terça-feira, 27 de março de 2018

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. Apenas uma sátira... E nada mais! Quanto vale o seu voto?


Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
Apenas uma sátira... E nada mais!
Quanto vale o seu voto?

                        O sono chegou. Dei meu boa noite aos amigos e desliguei minha maquininha infernal. Escova de dente (mesmo Banguelo sobrou alguns para escovar) seis comprimidos e fui dormir. Sentado na cama fazendo minha prece o telefone tocou. Agora? Quase meia noite? Quem seria? – Chefe Osvaldo! – Sou eu! Quem fala é a Ministra Carmem Lúcia do STF! Putsgrila! Há essa hora? Educado respondi: Pois não Ministra posso ajudar?  

                       Ela com aquela vozinha suave e educada disse: - Chefe preciso de sua ajuda! – Eu excelência? - O senhor mesmo. Soube que escreve no Facebook, tem bons amigos leitores e estou preocupado com as Fake News. Veja bem, este ano teremos quase vinte e dois pretendentes a Presidente da Republica sem contar o Luciano candidato do Fernando Henrique!

                      Dei uma passada na mente e me lembrei da maioria: - Ciro Gomes, Cristovam Buarque, Dr. Rey, Eymael, Geraldo Alckmin, Guilherme Boulos, Henrique Meirelles, Jair Bolsonaro, João Doria, Levy Fidélix, Lula, Manuela D'Ávila, Marina Silva, Valéria Monteiro, Álvaro Dias, João Almoêdo, Paulo Rabello de Castro, Fernando Collor de Mello, João Vicente Goulart, Joaquim Barbosa, Rodrigo Maia e até mesmo o Presidente da Republica Michel Temer! Era gente demais e cada um pior que o outro!

                     - Mas o que eu posso fazer Excelência? - Publique, fale sobre eles, comente, diga o que sabe! – Mas eu não sei de nada Dona Excelência Ministra! – Chefe preciso de sua ajuda. Ajudando-me além de ajudar o Brasil eu ajudo o senhor a mudar os Estatutos da União dos Escoteiros do Brasil! Não é o que o senhor quer? – Pensei comigo: - Mudar os Estatutos? E daí? E se aparecesse um aventureiro para ser escoteiro Chefe? – Ela não deu brecha. – Chefe, Falo com o Gilmar, o Dias Toffoli, o Celso, o Marco Aurélio o Leswandowsk e a Rosa Weber. Eles são farinha do mesmo saco, mas vão dar apoio ao Senhor!

                        - Gente e agora? Já pensou a minha casa ficar cheia de ministros? E logo essa turma que só quer soltar o Lula e outros “larápios” Presos na Lava Jato? E o Lula pedindo pelo amor de Deus e implorando ao Ministro Gilmar a sua absolvição? – Ela completou: - Chefe eu mando prender a cambada do CAN e da DEN da UEB. Chamo o Sergio Moro e sei que a turma se “enrosca” na sede da UEB em Curitiba! – Fica fácil enviar todos para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Eles vão ver o sol nascer quadrado! O Senhor não vai gostar?

                         – Pensei de novo, acho que a Ministra não bate bem. Sei que a maioria dos maiorais do Escotismo Brasileiro não tem muita simpatia por minha pessoa. Se for quatro tacos ou tem cargo nas regiões ou na UEB eles correm de mim como o diabo da cruz. Não tem ninguém na minha página e nos meus Grupos. Sei que leem o que escrevo na calada da noite. Não me incomodo deste que não me incomodem.  

                         - Ela desligou. Um buzinasso se fez presente na minha porta. Os vizinhos pegaram as panelas as frigideiras e foram para as janelas fazer aquela algazarra. Parecia escoteiros na fila esperando o Cozinheiro gritar: - Boia queimada pronta! Fui até a varanda. A paulistada escoteira da Região que tinham cargo e eram formadores gritavam: “Abaixo o Velho escoteiro de araque”! Chamem os “devogados” para um processo! Comissão de Ética neste Velho Pafuncio! Eram dezenas de Politicamente Corretos, aqueles com camisa solta em cima da pança e à calça amarrada com “embira” para disfarçar. Não tinha jeito. Tinha de partir para a luta. Dar uma lição nesses barrigudos!

                         - Corri até o porão, peguei meu bastão de um metro e setenta, ponteira de aço, peroba pura e coloquei minha capa preta que meu avô me deu dizendo que ela tinha pertencido ao Super Homem! Seria uma luta das boas. Sempre sonhei em dar umas bastonadas nestes puxa sacos que não fazem o verdadeiro escotismo de Baden-Powell e só querem processar e mudar! Levei um soco nas costas e outro no beiço. Jorrou sangue! O Sangue do Velho Mowgly ferveu. Deles não sou irmãos de sangue, nem tu e nem eu! O velho não ia suportar, o pau ia comer! Dei meu grito de guerra: “Zulus, Bôeres viva Mafeking” e parti para a luta!

                         - Gritando feito um danado, Dei a primeira bastonada e “diabos”! Eu cai da cama! Celia de novo me acordando. Acorda marido acorda! Estes pesadelos ainda vão acabar com você! Lembrei-me do Rogério Sarczuk que sempre reclamava no meu Grupo da Celia me acordar nessas sátiras que eu gosto. – Chefe! Precisamos ver o final! Bom amigo do sul amante do chimarrão e que eu passo longe. Mas valeu. Fui para a minha varanda, sentei na minha cadeira de braço, e pensei: - Cacilda! Sem luta, sem dar “bordoadas” na turma da UEB e agora além de “aperreado” nem sei em quem eu vou votar!    

Nota - “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam”. – Platão. – “Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles”. - Ruy Barbosa – “Ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento”. Abraham Lincoln. Ops! Sem ofensa, sem ofensa! Vado o Escoteiro! Nota – Apenas uma sátira. Kkkkkk.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Contos em volta da fogueira. Tudo vale a pena.



Contos em volta da fogueira.
Tudo vale a pena.

- Conrado um Akela de Lobinhos passeava na praia como fazia sempre. Ele gostava de estar ali às tardes para admirar e ver o sol se por. Era a hora de lembrar-se do seu passado, do que fez e do que deixou de fazer. Foi então que avistou ao longe um Lobinho que se abaixava, pegava algo no chão e atirava de volta ao mar. Continuou caminhando em direção ao jovem lobinho observando que ele fazia. Viu que ele repetia um gesto incessantemente.

- Quando se aproximou bem próximo, notou que ele pegava as estrelas-do-mar que estavam ali na beirada da praia e as atirava de volta para a água para que não morressem. Ao perceber do que se tratava, dirigiu-se ao Lobinho dizendo: “O que você está fazendo Lobinho?” - O Lobinho respondeu: “Salvando as estrelas-do-mar da morte Akelá!”.

- Conrado viu que haviam milhares delas ali na areia e, achando inútil o que o lobinho fazia, disse com ar sábio: “Você está perdendo o seu tempo! Não percebe que são muitas estrelas e que não vai fazer diferença o que está fazendo?”.

- O Lobinho olhou humildemente o Akelá, abaixou- se, pegou mais uma estrela, atirou ao mar e respondeu: “Para essa aí vai fazer diferença, ela vai continuar viva Akelá!”.

- Percebendo como havia pensado pequeno, Conrado o Akela engoliu seco, tirou os sapatos as meias e começou a ajudar o lobinho a salvar as estrelas-do- mar...

- E você meu caro escoteiro, em vez de reclamar da vida, levante a cabeça, sacuda a poeira e dê a volta por cima. Afinal, dias ruins são necessários para que os bons valham a pena! Quando você chora, três coisas são limpas: os olhos, o coração e a alma. Sempre Alerta e muita paz no coração.

Nota – Meus amigos a moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade. Uma ótima noite para todos aqueles amigos ou inimigos. Meu coração está aberto a tudo e a todos!

domingo, 25 de março de 2018

Seja Feliz.



Seja Feliz.

Hoje acordei de bem com a vida. Mais lépido mais alegre e vi que minha mente parecia flutuar nas trilhas do bem querer. Tenho visto alguns tristes, querendo deixar o Escotismo e sei que motivos não faltam. Mas lembre-se sair é deixar que o outro vença e você vai ser um perdedor. Um pensador escreveu que não existe nada melhor que dividir sua vida, seu conhecimento, seu sorriso sua felicidade com amigos que lhe querem bem, quem sabe falta isso em muitos de nós que amamos a filosofia de Baden-Powell. Augusto Branco escreveu e divido com vocês suas palavras e quem sabe isso vai lhe dar motivos para ser feliz... E continuar... Como Eu!

- Você não precisa ser melhor em tudo. A perfeição é uma coisa que não está ao nosso alcance, aliás, acho que nunca ninguém soube dizer o que é perfeição. A humanidade é perita em criar conceitos inatingíveis, e não devemos os iludir com eles. Sim, o reconhecimento e admiração daqueles que nos cercam é sempre bom, mas não é tudo na vida. Teu sorriso, sim, é importante. Tua paz, tua felicidade, e ela não deve depender dos outros, mas apenas de você. 

- Costumo dizer que não devemos tentar fazer ninguém feliz, mas fazer felizes a nós mesmos, desta forma, quem estiver conosco estará feliz também. Não faça nada esperando o sorriso de ninguém. Faça apenas esperando o teu sorriso, e no final de tudo você poderá comemorar extraordinariamente, mesmo que você esteja só – mas é difícil se estar só quando se está bem consigo. Portanto, construa tua felicidade. A felicidade atrai.

Tenha um ótimo domingo, tente sorrir ele atrai, faz os outros que estão ao seu lado se sentir bem. Divida com seu familiar com seu amigo. De minha parte lhe desejo um final de domingo excelente, sucesso na sua escolha, lute pelo que ama e tenha uma semana melhor ainda e aqui deixo um fraterno abraço o Melhor Possível e meu Sempre Alerta para Servir!

sexta-feira, 23 de março de 2018

Crônicas de um Chefe Escoteiro. “Legem-habemos”. Temos Leis?


Crônicas de um Chefe Escoteiro.
“Legem-habemos”. Temos Leis?

                 Estamos passando por poucas e boas. Falta vergonha na cara de muitos que estão no poder. A ganancia, a corrupção, a defesa do indefensável está na ordem do dia. São deputados, senadores, presidentes, governadores e de uma maneira geral muitos dos dirigentes das grandes corporações brasileiras. Não faltam os juízes togados, uns fazendo o possível e outros jurando obedecer à lei e a constituição. E quem salva o povo desta bravura onde culpados são considerados inocentes? Só mesmo Rui Barbosa com sua prosa gostosa para explicar.

                  Às vezes me pergunto de quem é a culpa. Chico Anísio dizia que é nossa. Do povo Brasileiro. Pelé há tempos comentou que o Povo não sabe votar. Será que somos nós os culpados? Aponto o dedo para um Congresso Nacional. Salva alguém? Quem se preocupou em mudar leis estapafúrdias como a que está na constituição em que precisa “transitar em julgado” antes de ir para a prisão? Se em mais de 150 países na primeira ou na segunda instância o julgado vai ver o sol nascer quadrado no Brasil não. Só o Maluf um milhão de anos depois.

                Os togados arrogantes e falantes do maior tribunal do país não vão nos defender dessa corja? Tem leis? E quem nos defende das leis? Cada um só pensa em sí. É nas benesses do “bem bão”, “no amanhã pode ser eu” e assim você assiste a um triste espetáculo de cada um tentando salvar o seu. Quero meu motorista, minha casa de graça, meu jatinho do governo. Correm para não aprovar nada que vá de encontro a eles e fazem tudo para permanecer no poder.

                Os políticos, os correligionários, os ardilosos no cargo de alguma estatal todos mamando e dando de mamar aos seus partidos e nada podemos fazer. E vem um me dizer que fulano de tal é bom. Bom? Já olhou seu curriculum? O que ele fez quando esteve no poder? Colocou lá mulher e filhos para ter direito ao seu leitinho no café? Somos ou não somos otários para votar nessa cambada? Diga-me como se eu tivesse seis anos: - Se você gasta mais de dois milhões para ser eleito e nos quatro anos não pode receber isso só com seu salário como se explica? Ou eu sou mesmo um otário ou ele é um tremendo de um enganador.

                E você vai votar nele? E quem é ele? Faça uma devassa em todos. Veja se tem algum deles que se preocupou com você, em mudar as leis descabidas principalmente a da Imunidade Parlamentar. Se o Zé Sabido disser para você que ele sim e se você acreditar nele, é porque você merece ser enganado.  Estes dias tenho visto a discussão e as lorotas das explicações dos juízes togados. Não prestei atenção no que falam. Ficam horas explicando o que ninguém entende. Mas olhei atentamente na lapela dos paletós e não vi nenhum com Flor de Lis.

               Acho que estou querendo demais. Flor de Lis na Lapela nem mesmo chefes ou meninos que usam paletó usam o seu com orgulho. Mas houve um tempo passado, bem lá atrás que tinha gente de bem usando. Hoje esta tal de Frente Parlamentar para mim é uma piada. Você acredita em quem está lá? Tem um site “Café Mateiro” que explica e fala com conhecimento dessa turma da pesada da UEB. E depois essa liderança escoteira diz que são sérios...

                Não ligo para escolhas. Cada um sabe de sua vida e acredita no que quiser. Quer votar no Rubinho? No cantor tal? No jogador tal? Você é quem decide. No deputado ou senador tal? No governador tal? Cacilda, uma cambada para amarrar nas noites de grandes jogos escoteiros. Daqui a quatro ou cinco anos veja bem no que deu. Se os tais togados disserem que prender em segunda instância não pode mais se preparem. A turma de ladrões presos pelo Moro e o Bretas vão rir do povo brasileiro. Palmas para os togados e o eleitor enganado!

                 Eu não sou você nem ontem e nem hoje. Tenho escolhas como você. Não me indique essa corja. Gente sem moral que só pensa em seu bem pessoal. Quem são? Procure se informar não aqui nas “Fake News”, noticias falsas que muitos chefes escoteiros acreditam ser verdadeiras e compartilham. Leia jornais, escute programas sérios, se informe em todos os lugares para tirar a suas próprias conclusões. Se tivermos gente que está começando, que tem curriculum e cacife de ética e moral quem sabe um dia este país poderá ser orgulhar dos seus políticos.

                  Se estivermos fazendo um bom escotismo quem sabe em breve teremos no poder gente que poderemos orgulhar. Não adianta chorar a perda de um Guido Mondim, um Itamar Franco ou um José de Alencar que colocavam com orgulho uma flor de lis na lapela e diziam ser escoteiros sem medo de errar.

                  Achei graça apesar de ver que é um comunicado sério e interessante, o que a UEB escreveu em suas publicações sobre o que podemos fazer e promover um escotismo sadio com caráter e ética (apesar de que ela não leva a sério o que escreve). :

- “Contribuímos para a formação de cidadãos responsáveis que compreendem a dimensão política da vida em sociedade, que desempenham um papel construtivo na comunidade e que tomam suas decisões guiados pelos princípios escoteiros. Como movimento educativo, não nos envolvemos nas disputas político-partidárias. Entretanto, os princípios em que se baseia o Movimento Escoteiro orientam as opções políticas pessoais dos nossos membros e a formação de cidadãos responsáveis, participantes e úteis em sua comunidade exige que estejamos atentos à realidade política”.

- Peço desculpas aos amigos escoteiros. Não pretendia me meter em politica ou desmerecer ninguém. A não ser em minhas sátiras que me divirto a minha luta é com um escotismo Badeniano com ética e moral. Não temos figuras proeminentes para dar exemplo e que foram escoteiros. Enquanto outros países tem dezenas de personalidades escoteiras aqui ficamos presos a um dois ou três. Parabéns aos que passaram pela vida escoteira, que tem ética caráter e honra. O voto é livre. Voce sabe o que deve fazer.

quinta-feira, 22 de março de 2018

Conversa ao pé do fogo. .”Livre Arbítrio”.



Conversa ao pé do fogo.
.”Livre Arbítrio”.

                É... Está havendo uma revoada de “gente escoteira” para outras associações escoteiras brasileiras. É um direito que ninguém pode condenar. São direitos inalienáveis do ser humano. A escolha onde fazer o que fazer e como fazer é uma escolha individual e deve ser respeitada. Porque estou comentando isso? Simples. Estamos vendo alguns insatisfeitos com a União dos Escoteiros do Brasil e resolveram procurar outro campo para acampar.

                Não estão errados. Nossa associação criou um sistema único, autoritário no que diz respeito ao seu pensamento de normas e regulamentos que lhe dão poderes absolutos para decidir os destinos do escotismo brasileiro assim como aos seus associados. São pródigos em tomar medidas antipáticas e os que não concordam são severamente punidos. Alegam os lideres que fizemos um juramento e ele nos prende as normas estatutárias onde só temos que obedecer.

                Essa debandada começou no final da década de oitenta. Naquela época eu era uma “persona non grata” para a liderança escoteira regional e nacional. Nunca deixei de expressar minha opinião, me consideram uma oposição e sempre fui tolhido pela cartilha dos dirigentes que queriam impor “seu escotismo” no meu modo de pensar. Um “estranho no ninho”.

                 Naquela época eu e um antigo Comissário Regional pensamos em criar uma nova Associação Escoteira. Seria a pioneira já que não existiam outras. Nossa meta seria uma democracia autêntica, onde todos tivessem voz e voto e pudessem participar ativamente nos destinos da Associação. Não foi adiante. Desisti. Nasci na União dos Escoteiros do Brasil e minha luta mesmo fadada ao malogro me confirmavam que pouco iria mudar e mesmo assim persisti!

                Até hoje alguns acham que por não fazer meu registro não tenho direitos. Já me disseram que não podia nem usar o Distintivo de Promessa. Há tempos recebi uma comunicação dos donos do poder para devolver meu certificado meu lenço e minhas condecorações. Disse não. Que viessem pessoalmente me tomar. Claro, não veio ninguém. Minha consciência é que determina o certo e o errado. Sem registro me considero um Uebeano de coração.

                As condecorações que tenho me foram dadas quando Comissário Regional e membro da Equipe de Adestramento (hoje formação) por dirigentes de valor. Gente de fibra que se podia orgulhar e ser amigo. Não paguei por elas como hoje se paga hoje. São minhas e devolver seria trair a minha consciência. Nunca desisti e até hoje persisto nas minhas ideias e convicções.

                 Ainda tenho uma réstia de esperança que tudo um dia possa mudar. Sei que não será fácil, os dirigentes de hoje se prezam em manter seus cargos, seus direitos e gostam da posição de poder que exercem. Estão burocratizando, criando normas indefectíveis, não consultam, não pesquisam, determinam em nome de uma pequena facção que chamam de Assembleia Nacional formada por eleitos próprios e indicados por alguém próximo ao poder.

                Os estatutos foram feitos por poucos, e dificilmente dão direitos aos demais membros da Associação para opinar ou modificar sua base direcional. Quem os lê sabe que dificilmente os membros poderão ter uma participação mais democrática em seus direitos de cidadão conforme reza a nossa Constituição.

                Poderia citar aqui várias formas de interpretar e contrapor o que dizem os atuais dirigentes escoteiros nacionais. Eles pouco se manifestam deixando que “Politicamente Corretos” ligados ao poder falem por eles. Nunca a EB (Escoteiros do Brasil) irá dar voz e voto aos que dela participam e nunca iriam fazer consultas às bases ou mesmo pesquisar se o programa que ela impôs está dando bons resultados. A evasão é prova que nem tudo são flores.

               Dificilmente a Escoteiros do Brasil como se denomina irá dar responsabilidades mais abrangentes as unidades locais (Grupos Escoteiros). Sua maneira diretiva atual se baseia em criar, modificar e determinar o que é melhor para seus afiliados. Não posso concordar com isso e se um dia viesse a me registrar o que penso seria negado, tenho certeza que como muitos serei admoestado, censurado e até mesmo processado em nome de um bem comum.

              Se os demais membros do escotismo da Escoteiros do Brasil se acham livres para decidir o seu destino, eu aplaudo. Suas escolhas para terem nova vida em outra associação que não a Escoteiros do Brasil, certas ou erradas são decisões que ninguém pode contrapor ou discordar. Querem fazer o escotismo conforme acreditam. O tempo dirá se o caminho tomado é o certo ou o errado. O livre arbítrio é condição nata para que cada um escolha o seu destino.

               Tenho simpatias pelas outras associações. Respeito. Não vou me afiliar e nem fui convidado. Tenho meus senões de que as associações de hoje também pecam pelos mesmos erros da EB (Escoteiros do Brasil). Seus lideres são os mesmos da fundação. Mesmo que usem e abusem do direito de voz e voto fico na duvida. Há um longo caminho a percorrer. Vida longa e próspera a todos eles.

               Minha bandeira é a da União dos Escoteiros do Brasil. Ela é e vai continuar desfraldada em meu coração. Se disserem que não sou um Badeniano da UEB digo que são palavras fúteis que não levo em consideração. Fiz uma promessa, jurei cumprir o meu dever para com Deus e a Pátria. “Desprezei e desprezo a frase colocada na promessa por alguns dirigentes da UEB: - E servir a União dos Escoteiros do Brasil”.

              Afinal eu me pergunto quem serve a quem? Os associados ao seus dirigentes ou os dirigentes aos seus associados?  

Nota – Um pequeno artigo sobre a debandada de alguns que insatisfeitos com a Escoteiros do Brasil, estão procurando novos ninhos onde possam montar sua barraca e fazer o escotismo que acreditam. Não discordo. São direitos inalienáveis. O livre arbítrio faz parte do nosso crescimento. Que a nova morada possa dar a paz de espírito e a vivencia em fazer o escotismo de Baden-Powell conforme acreditam. Sempre Alerta!

quarta-feira, 21 de março de 2018

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. O assassinato da Minhoca.



Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
O assassinato da Minhoca.

                Vado Escoteiro, alguém quer saber quem foi o assassino da Minhoca? Me “cutuco” pensativo. Francamente não sei. Uma vez no Pico do Pavão do Rabo Grande (não confundir com alguns dirigentes escoteiros) eu fiz um juramento. Esperei dar meia noite. De pé olhando a escuridão, pois não se via nada levantei a mão esquerda a moda nazista e fiz o juramento: Prometo quando for escritor só escrever sobre escotismo! Claro que não jurei com a mão direita e nem fazendo o sinal escoteiro. Não ficava bem!

                Mas tem dia que você acorda com o pé direito (ou é o esquerdo?) e pensa: - Escrever o que? Sobre BP? Acho que muitos não estão nem aí do que ele disse. - Escrever sobre as fotos e foguetórios das Assembleias Regionais? Nem pensar. Estou “porrrraqui” com esta camisa solta e o exemplo dos chefes. Tremo só em olhar. Mas não vou falar da tal vestimenta, que desbota tamanho único para barrigudo e magrelo, pega fogo fácil e custa os olhos da cara e ainda tem gente para bater palma e compra! Rarará!

                Fui fazer meu percurso de Gilwell o que faço todas as manhãs em um parque municipal próximo ao meu campo de Patrulha e enquanto corro meus quilômetros e quilômetros fico pensando o que vou escrever hoje. Cansado, já escrachado no banco do parque, respiração ofegante, pois hoje bati meu recorde dos seiscentos quilômetros me lembrei da minhoca!  

                Quando levanto sempre vou até a grade do portão da varanda, dou um bom dia a São Paulo apesar de habitar minha barraca em Osasco e depois faço minha prece a Deus pela noite e pela vida. Eis que vi em frente ao portal de campo no asfalto, uma minhoca... Isto mesmo, uma minhoca puladeira. Dizem que são ariscas e preferidas dos pescadores de plantão como eu. Usava as duas, a mole e a puladeira. Os peixes gostavam mais desta última. A mole sabida não se mexia e a peixarada era enganada!

                 Ajeitei-me na minha Pioneiría de campo, uma mesa que balança parecendo mesa de pata-tenra, fui ao tal You Tube e rodei o ratinho a francesa para ver qual a musica serviria de inspiração para escrever sobre a minhoca. Richard Clayderman e Mantovani não. Eram clássicos demais para este conto. Quem sabe Ennio Morricone e suas musicas do velho oeste? Também não. Procurei nas favoritas orquestradas e lá estava Love Song Piano Instrumental. Não seria uma boa pedida.

                Foi então que surpreso achei: - Minhoca! Me dá uma beijoca! Eita, esta tinha tudo para me fazer criar belas frases e contos “Minhoqueiros”! O som “minhocasso” se espalhou no meu campo de Patrulha. A pobre da minhoca pulava e pulava no asfalto. Como tinha sorte a danada... Os carros passavam e ela sempre viva a pular e pular. Vi com esses olhos que a terra a de comer (o meu não terrinha!) a chegada de um passarinho. No alto da enfumaçada cidade o “pistiado” viu a pobre minhoca pulando no asfalto. Pensou: - Tô feito!

                  Prestei bem atenção no “bicho” ou pássaro. Quem era? Nunca fui um bom ornitólogo para identificar os bichinhos voadores do céu. Mas dava pru gasto. Escoteirando nas matas do meu país aprendi muito. Era sem sombra de dúvida uma Saracura-de-asa-vermelha (aramides calopterus) que só é encontrada nas florestas subtropicais e em rios. O que a danada da Saracura fazia ali em Osasco?

                  Sem sombra de duvida viu um belo almoço. Se eu gosto de uma feijoada, um ensopado de peixe com bastante camarão ela tinha outras escolhas. Direitos são direitos. Se o cara resolvi se vestir de qualquer jeito com aquela papuda camisa escoteira fora da calça é direito dele não? A saracura pé ante pé foi até a pobre da minhoca puladeira. Deu a primeira bicada e nada... Deu a segunda a terceira e zaztraz! Engoliu a pobre da minhoca de uma só vez!  

                  Quase chorei de dó. Coitada da minhoca. Engolida como se fosse um quati na boca de uma Sucuri, a píton-real que apelidaram de Anaconda. Me lembrei do Zé Torquato. – Vado! Lembra-se daquela noite em volta do fogo na Floresta do Coral, quando você cantava feito taquara rachada e nossos troncos começaram a se movimentar? – Lembrei! Por uns metros pensei que era mágica e depois vi que o tronco era uma enorme cobrinha Sucuri!

                  A danado da Saracura me olhou de banda. Juro pelos dirigentes escoteiros do Brasil que vi e ouvi ela arrotar! Sorriu para mim, levantou voo e sumiu no ar. A minhoca? Voou com ela na pançuda barriga. Quem sabe ela também tem esta camisa que desbota que rasga e que queima como capim? Quase chorei de dó da minhoca. Quantos piaus poderia pegar com ela? Pensei em pegar o telefone ligar para o 190 e denunciar o assassinato da minhoca. Melhor não, o Gilmar Mendes ia me pegar de banda e... Melhor não contar.

                  Mas pelo bem ou pelo mal, assassinaram a minhoca! Jurei pelo Presidente da UEB que nunca mais deixaria uma minhoquinha morrer daquele jeito. Afinal o Escoteiro não é bom para os animais e as plantas? Mas onde encaixa a minhoca neste artigo?

Nota – Winston Churchill dizia que não passamos de minhocas. Mas se eu fosse uma minhoca seria uma minhoca escoteira que brilha. Não gostou do artigo? Olhe se a tristeza não se toca, saia você dessa toca, antes que, ela encha a tua cabeça... De minhoca! Kkkkkk.


   

terça-feira, 20 de março de 2018

Conversa ao Pé do fogo. Montando um campo base, ou melhor, um campo de patrulha.



Conversa ao Pé do fogo.
Montando um campo base, ou melhor, um campo de patrulha.

                      Muitos amigos chefes leitores tem pleno conhecimento e experiência em montagens de campos de Patrulha. “O batismo de fogo” para muitos teve momentos felizes e exitosos e isso deu padrões de crescimento para suas tropas. No passado os cursos eram realizados visando o Sistema de Patrulhas, com seus campos suas cozinhas e todos os alunos vivendo e aprendendo como se fossem escoteiros. Para muitos isso valeu como um aprendizado real. Depois veio a sofisticação. Poucos vivendo o que deveriam viver.

                    Isto no entanto não impede de viver a vida escoteira mateira. Aprendemos que um campo base, ou melhor, um Campo de Patrulha deve ser montado e vivido dentro dos padrões de Gilwell. Acampar é um dos objetivos do método e aprender fazendo faz parte da formação coletiva e individual. Acampamentos modorrentos, cheios de minucias e atividades que tolhem a liberdade de criação e que não fornece o tempo livre necessário para a Patrulha crescer individualmente perdem muito de seus objetivos finais.

                   Na sede é onde se começa e não onde se termina. Aprender nós, amarras, costuras e outros nós importantes a serem utilizados no campo podem e devem ser realizados. Para isso existe os monitores. Mas é lá no acampamento que nasce a criatividade. A vontade de usar uma machadinha, facão ou outros objetos de sapa. Todos querem usar e aprender. Alertar para os calos na mão é válido mas quem um dia não voltou com vários deles e sofreu por semanas?

                  O Jovem Escoteiro quer fazer. Não quer olhar e nem aprender somente com o Monitor e o Chefe. O adestramento ou treinamento é criatividade. Fazer um fogão suspenso, uma mesa, fossas usando ou não artimanhas e engenhocas igual aos que foram feitos anteriormente nem sempre tem valores na arte de aprender fazendo. Caiu? Faça de novo. Não deu? Tente mais uma vez. Ficar criticando o mal feito, a amarra ruim, a falta de firmeza não é próprio de um líder Escoteiro.

                  Costumo dizer que o campo de Patrulha é a extensão de sua casa. Considerando é claro as devidas proporções de uso. Se no passado ter no bolso o lenço o pente e saber passar e lavar seu uniforme ou outras peças hoje isso perdeu um pouco do valor. Mas será que ainda não é válido?   O adestramento a montagem de um campo de Patrulha com o tempo se torna um lugar comum. Em poucas horas os patrulheiros já montaram suas barracas, suas pioneirías básicas e prontos para começar o programa de campo.

                   Acampar é dar liberdade. Apitos sem necessidade, programas e jogos coletivos onde se espera horas para chegar sua vez, visitas que atrapalham e só o Chefe que sabe o que eles querem nem sempre tem resultados felizes. O campo base é o campo onde o escoteiro fixa seu acampamento. Diz-se base pois ainda que o escoteiro faça caminhadas, vá explorar as redondezas ou mesmo fazer um pernoite em outro local este é o campo que ele vai voltar.

                   O treinamento ou adestramento começa com a Patrulha de Monitores. É onde o Chefe tem oportunidade de fazer fazendo, aprendendo, errando e junto aos monitores sabe o ponto certo onde erraram e como fazer o certo. Monitores adestram suas patrulhas e não o Chefe. Se aprenderam no Acampamento de Monitores (acampamento da tropa e não curso) tudo vai aos poucos chegando aos seus conformes. Qualquer acampador sabe que a experiência vai dar aos patrulheiros mais comodidade e tranquilidade para fazer e aprender.

                   O Chefe e os monitores devem visitar o local antes do acampamento. Os monitores quando chegam chamam sua Patrulha e juntos escolhem seu local de campo. Instruídos anteriormente eles montam seus campos, fazendo com que todos participem e não sendo simples olheiros. Conheci patrulhas que chegavam ao campo no sábado à tarde e duas ou três horas depois estavam devidamente instalados. Um acampamento simples de fim de semana. São bons e baratos.

                   A importância da responsabilidade é cobrada pelo Monitor nos acampamentos. O Bombeiro Lenhador, o Intendente, o Almoxarife, o Cozinheiro, o Construtor de Pioneirias, o Aguadeiro e tantos outros que podem ser acumulados devem se orgulhar do que são e cumprir seus deveres com satisfação. O tempo livre repito é ponto importante. Não ficar ocioso. Visitar a redondeza para conhecer, ver frutas e verduras que podem ser utilizadas, pescar, montar armadilhas sem prejudicar os animais ou pássaros, tudo é válido para uma tarde antes do banho geral.

                    Programas cheios de minucias não trazem boas recordações. O jovem foi acampar e não ficar ouvindo apitos, sentados ouvindo histórias do Chefe que poderiam muito bem ser feitas na sede. Acampar é viver a natureza. Aprender fazendo faz parte do tempo disponível do escoteiro. As horas das refeições são momentos sublimes que muitos tem como ponto de honra no acampamento. O barulho do bater nos pratos é inesquecível. Os materiais devem ser visto antes. O provérbio português “Quem vai para o mar avia-se em terra” mostra até que ponto cada um cumpriu o seu dever.

                   Isto é somente uma pequena amostra de Campos de Patrulhas. Programa é responsabilidade da Corte de Honra e do Chefe. Você se ainda não possui este tipo de adestramento, comece. É fazendo que se aprende. Quer aprender pioneirías, armar barracas, nós e amarras, caminhadas, atividades aventureiras ou outra qualquer? Se mexa! Chame seus monitores, faça com eles e aprenda com eles. Em pouco tempo vais ver que és um técnico mateiro sem dever conhecimento a ninguém de anos e anos de escotismo. “Escotismo se faz no campo” a sede é apenas um ponto de interseção para grandes aventuras!

Nota – Escotismo é campismo, o resto é resto mesmo. Que seja o menino de ontem ou o de hoje ele quer sim acampar, correr pelos campos, aventurar-se em montanhas, dormir na barraca, subir e descer em árvores, montar grandes ou pequenas pioneirías. Será que estamos dando esta liberdade a ele? Outras atividades de boas ações na cidade são válidas mas cá prá nós... Será que ele fica sempre motivado ou desanima e sai? Se você é daqueles que só vê dificuldades está no lugar errado. Se mexa, use e abuse dos pais e dos monitores. Quem quer faz quem não quer manda... Ou reclama!                                      


segunda-feira, 19 de março de 2018

Uma conversa ao pé do fogo. Faz mal bater um papo com alguém?



Uma conversa ao pé do fogo.
Faz mal bater um papo com alguém?

Acho que não. Alguns dizem que depende com quem se vai bater o papo. Conheço uns poucos amigos do passado que me visitavam, fizeram escotismo de sede e de campo comigo e até mesmo alguns eu tive a honra de ter como alunos. Hoje? Conquistaram seu lugar ao sol. Passam longe. Papo? Nem pensar. Não querem ficar longe ou perder as benesses do poder. E se o chefão tomasse conhecimento?

- Eu entendo. Sempre temos uma pontinha querendo poder, ser conhecido, falado e coisa e tal. E no escotismo? Nossa! Fico espantado como tantos que seguem a manada sem perguntar se o caminho está correto. Cada um agarra seu poder como pode. Alguns como chefes de obedientes lobos/escoteiros/seniores. Outros na chefia na diretoria, e uns poucos no poder central. Este é o sonho. Mandar, ser obedecido e melhor ainda ser amado como foram e são os Grandes Chefes os Velhos Lobos os Impisa e tantos que se acham dignos (?) de admiração.

- Sinceramente? Estou cansado de falar sobre este tema. Tornou-se lugar comum, poucos dão o grito de “vamos mudar”. Um naco se ressente e o caminho do pai ganso como dizia BP vai sendo feito sem ninguém perguntar onde vai dar. Pensei em escrever hoje sobre algum fato interessante para colaborar com meus amigos escoteiros que tentam me convencer que no fundo das minhas frases sempre tem algum para aproveitar.

- “Entonse” me desculpem aqueles mais “achegados”. Ando meio “aperreado” com este naco do poder atual. Verdadeiros “sacripantas” farsantes fantasiados de escoteiros que se ascenderam no poder. Lideres sem formação que querem ser “paparicados” e na sua benesse vão construindo estradas a custa dos bajuladores e chaleiras que neles acreditam em busca de uma promoção ou ovação pessoal.

- E quando eles se acham “Salomão”? Aquele que tem a solução para tudo, sabe como aconselhar e punir. Verdade ou não são fatos que nunca vi em minha vida escoteira estou vendo agora. Um “Pafuncio” um Fariseu morador no Palácio dos Deuses da Corte Escoteira se tornou o dono da verdade absoluta. (soube que certa região está nadando em dinheiro e vai adquirir nova sede, novo campo escola, e se gaba de ser a maioral. - Cuidado! O poder mora ao lado!).

- Há tempos nas redes sociais fui seduzido por mensagens e post de chefes que se sentiram prejudicados. Foram admoestados, acusados, advertidos e finalmente processados. Advogados agora tem no escotismo seu naco do poder. Um dos chefes prejudicados eu conheço. Tenho enorme admiração. Francisco Rinaldi peca pelo cavalheirismo, pela cortesia e é um emérito conhecedor do escotismo de Baden-Powell. Vicente Vasconcellos não conheço pessoalmente. Sei que é um lutador, um Chefe participante e emérito conhecedor das hostes escoteiras.

- Ambos foram denunciados, indiciados e considerados culpados. Foram réus em processos ignóbeis, mal feitos sem direitos à defesa pelo menos em um país como nosso onde todos tem direito da ampla defesa, o principio do contraditório e isto no Direito processual é um principio jurídico fundamental do processo judicial moderno. Os advogados do Lula lutam em todas as frentes possíveis sobre este direito. Considerando que o escotismo sempre respeitou a fraternidade e nunca abusou desse poder fico pensando se estes aprendizes de ditadores deviam considerar.

- Mas e quem ombreia com eles no seu infortúnio? Muitos que já se afastaram ou estão em estado de indignação comentaram sobre estas peripécias doentes dos donos do poder. E lá no átrio onde se reúnem a nata escoteira do estado, Vicente tentou falar e não foi autorizado. Um alto dignitário Escoteiro se mostrou como autêntico dono da verdade e ali onde se deflora um escotismo que devia ser a casa da filosofia de Baden-Powell, alguém foi calado, em nome do artigo tal da norma tal e “aperreado” do seu direito fundamental.

- Já disse, não sou um recruta escoteiro. Conheço essa pulha, essa choldra de ontem e de hoje que se julgam os donos do poder e com isso fizeram com que o escotismo se dividisse principalmente com aqueles que ainda acreditam na filosofia de Baden-Powell. Os insatisfeitos não tiveram outro caminho que não criar outra associação onde se sentissem bem fazendo um escotismo autêntico que acreditam. Passei por isso no passado. Diferente. Entrei em uma sala onde se reunia a nata do poder e disse o que devia dizer. Se foi certo ou não pouco importa. E resolveu? Não. Ninguém quer deixar o poder adquirido.  

- Sei que Francisco Rinaldi e Vicente Vasconcellos não são os únicos. Temos muitos outros subjugados até mesmo na mais humilde tapera de um Grupo Escoteiro onde o exemplo da Direção Nacional se despe de sua roupagem de virgem escoteira para atingir regiões e as unidades locais. O escotismo é tão grande, a força do movimento de BP é enorme que corre nas cordas bamboleantes de um comando Crow bem feito, onde sempre temos novos “chegantes” para continuar onde outros um dia pararam ou desistiram.

- Sabemos que quanto maior o poder, mais perigo é o abuso. Sabemos que é uma experiência eterna de que todos com poder são tentados a abusar. Os detentores do poder quando assumem ficam tão ansiosos por estabelecer o mito da sua infiabilidade que se esforçam ao máximo para ignorar a verdade. Não sei se BP disse isso, mas conhecer os outros é inteligência, conhecer-se a sí próprio é a verdadeira sabedoria. Controlar os outros é força, controlar-se a sí próprio é o verdadeiro poder.

Nota – Nunca vou deixar de ser escoteiro. Não tenho registro e nem me deixarei vencer pela derrota. Fiz uma promessa há muitos e muitos anos. Honro tudo que disse e não vou modificar nada. Nunca renovei minha promessa. Ela foi e é uma só. Somos uma Associação que no passado deu nomes de valor ao Escotismo Nacional. Hoje nem é sombra daqueles que dignificaram o Movimento Escoteiro de Baden-Powell. Não sei mais quanto irei ver esta empanturrada se dizendo lideres escoteiros. Eu ponho a mão na consciência e vou escrevendo, escrevendo até o dia que o Senhor Todo Poderoso lá do céu me chamar! E quem sabe me punir! Rarará!