quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Conversa ao pé do fogo VIII.


 Desse modo, quando Jesus disse que certas castas de demônios não saem se não por meio da oração e do jejum, os discipulos simplismente pensarem em sí mesmo, em como seus corações tinhaam aprendido o rito de dizer – “Sai em nome de Jesus”.

Conversa ao pé do fogo VIII.
“Castas” – existem mesmo no escotismo? & Pais escoteiros para que servem?
(dois artigos simultâneos)

“Na sociedade liberal, vivemos em uma cultura onde muitos acreditam que qualquer um pode ascender em termos sociais e econômicos por meio de riquezas acumulas. Contudo na Índia, trabalho e riqueza são parâmetros insuficientes para que possamos compreender a ordenação que configura a posição ocupada por cada indivíduo. Nesse país, o chamado regime de castas se utiliza ade critérios d natureza religiosa e hereditária para formar seus grupos sociais.”

                “Castas”, em sociologia, são sistemas tradicionaishereditários ou sociais de estratificação, ao abrigo da lei ou da prática comum, com base em classificações tais como a raça, a cultura, a ocupação profissional, etc.

               Sei que muitos estão achando graça, mas olhe preste atenção e vais ver que tem um bem perto de você que se acha previlegiado. Sem perceber ele já pertence a “casta” ou assim pensa. Pode ser pelo cargo, pelo seu tempo de movimento ou mesmo pelo seu gráu de conhecimento escoteiro. Portanto pertencem a uma “casta” importante. Os famosos “chefões”, “grandes chefes” “Velhos Lobos” e muitos outros títulos que existem por aí. Os novos ficam admirados, desejando ser igual e lutam por isso. (nem todos) Já os outros acham isso patético não dando a menor atenção a estes que se acha acima da fraternidade que tão bem nos caracteriza.

              Voce não acredita? Ou voce é humilde o bastante para não ver ou é inteligente o bastante para deixar passar ao largo e não rir. Outro dia comentei com alguns amigos que um dia se continuar assim, teremos um deles dizendo – Sabem com quem está falando? Risos. Bem, sob o ponto de vista linguistico é uma frase feita. Talvez o agravante do singnificado encontra-se justamente nas circunstancias em que ela é proferida. O tom de voz, o status de querer ser. Risos. Estão rindo eim? Mas olhe ainda existe em nosso movimento esta casta.

             A casta dos dirigentes, a casta dos Insignia de Madeira, de Comissários, de Diretores e para completar a casta da equipe dos formadores. Quantos lutam para mais um “taquinho”. Conheci um que fez tudo para conquistar um deles. Quando recebeu ficou doente por cinco meses. Risos. Alô! Sem generalizar. Só alguns que ainda não se tocaram que o escotismo é uma grande fraternidade e que vivem a “jactar-se” de tudo o que somos, mas não fazem o que sempre fomos. Amigos e irmãos dos demais escoteiros. Fiquem tranquilos. Eles são menos de 0,5% do nosso efetivo adulto. Portanto uma insignificância. Mas como são chatos!

              Veja bem o que comentou Fernando Pessoa, um célebre poeta – Às vezes ouço passar o vento, e só de ouvir o vento passar vale a pena ter nascido. Risos. Isso não diz nada, é apenas um poema. Melhor continuar o raciocinio dele.  – Precisar dominar os outros é precisar dos outros. O chefe é um dependente. Acho que compliquei mesmo. Melhor é voltar à casta. Só não vê quem não quer. A uma sede de poder surda sendo praticada em diversos orgãos escoteiros. Do mais simples ao mais importante. Não sei bem quem seria o mais importante. Os lá de cima ou os aqui de baixo. Risos. Continuo complicando.

              Mas seria tão bom que não houvesse a casta. Seria dificil é claro. Um dia disse para mim mesmo: Amigo, se houvesse ganhos financeiros no escotismo seria uma luta desigual. Se sem salário a sede do poder é grande e com o salário? Graças ao bom Deus estes são em número irrisorio. Mas como irritam. Não se tocaram ainda. Andam dando pulinhos, olham para você como voce fosse um “coitado”. Se por acaso encontram outro acima dele, correm para bajular. Risos. Não estão acreditando? Tentem participar onde a casta se reunem. Todos sabem onde. Risos.

              Pois é. A casta existe. Pelo menos para mim. Eu vivi tudo isso no passado e vejo até hoje no presente. Interessante é que pouco se manifestam. Falam pouco. Claro, são superiores, eles pertencem à casta dos nobres. Dos aquinhoados com o poder. Eu peço a Deus por eles. Acredito que isso é antigo. Quem sabe BP conheceu alguns antes de fazer sua viagem. Quando no passado estive em vários seminários nacionais e sul americanos e até em um jamboree, fiquei boquiaberto. A casta fazia parte de muitos paises. Não era só daqui não. E o pior de alguns jovens tambem!

              Cheguei a ver e tive que conter o riso de um jovem americano com uma turba atrás querendo trocar distintivos e ele não dando à mínima. E os adultos chefes então? Minha nossa! Tinha cada um que precisava fazer o sinal da cruz e passar de lado. Graças a Deus que tinham milhares que eram de uma humildade enorme. Por eles valeu a pena as centenas de dólares que gastei. 

                    Mas chega por hoje. Um dia tenho certeza todos irão se abraçar e dizer: - Meu amigo, a empatia é muito útil para nos escoteiros. Não seria bom se voce fosse leal, cortês, amigo e humilde? Não seria bom se falase bom dia, e dizer eu gosto de você? Não iria demonstrar que és educado e tem respeito pelos demais? O fato por voce saber mais, ter um lenço mais bonito não significa que não possa ser cordial e ajudar de maneira gentil aos seus irmãos escoteiros. Mas faça isso de uma maneira simples para que todos possam ver em voce um exemplo bom a ser seguido.
E abaixo a “casta” escoteira. Risos e risos.

Pais escoteiros para que servem?

             Antes de me dar uma má resposta leia o artigo. Não se discute a importância dos pais. Acontece que nem todos conseguiram arregimentar para suas fileiras um bom número deles. Vejo grupos escoteiros tendo grandes dificuldades em crescerem em ter uma diretoria boa, em conseguir equipes para colaborar nos acampamentos, nos acantonamentos e até em algumas atividades que alguns grupos organizam visando arrecadação de fundos. Os pais queiram ou não são uma fonte inesgotável para o crescimento e formação do grupo Escoteiro. Conheço grupos que eles querem se aproximar, mas tem receio de melindrar o Chefe que de uma maneira ou outra sem perceber se coloca na posição de insubstituível e de dono das “ações” do grupo. Ou seja, ele acha que não precisa. Costuma dizer que tem tudo sobre controle. Ele não tem culpa. Enquanto tiver forças vai fazendo o que aprendeu e na sua concepção “seu grupo” anda com suas próprias pernas.

                Hoje em dia a maioria dos grupos escoteiros se recente em não possuir em suas fileiras escotistas advindos do próprio grupo. Difícil manter os jovens por muito tempo e quando crescem tem sempre uma admiração por onde viveram, mas agora tem outros afazeres, e quase todos dizem não ter tempo. Lembrei-me de um curso que um dirigente disse – Cuidado com os que têm tempo, eles poderão lhe trazer aborrecimentos, mas acredite nos sem tempo. Eles sim são os que irão trazer benefícios ao Grupo Escoteiro. O número de escotistas advindo dos pais sobrepõe aos que cresceram dentro do grupo. Claro, não estamos afirmando que o escotismo é uma escola de chefes, nada disto. Mas francamente muitos deles poderiam ajudar e não o fazem.

               Eu sempre digo por experiência própria que o primeiro dia é o mais importante para arregimentar os pais. Nunca abri mão da presença deles. E quando digo deles, sãos os dois. Pai e mãe. Claro temos situações que isto pode não acontecer e vamos levar em consideração. Nunca facilitei a entrada do jovem. Facilitei sim a entrada dos pais. Nunca aceitei um não como resposta. Tempo ninguém tem. Alguns de vocês chefes que estão atuando têm tem tempo sobrando? Isto eles devem saber. Vocês estão ali para colaborar com os filhos deles e isto deve ficar bem claro para eles. Sempre digo que é o escotismo que precisa de nós e não o contrário. Iremos encontrar diversas situações e desculpas dos pais para não colaborar. E infelizmente tem aqueles que sem querer substituem em tudo que os pais poderiam colaborar.

                Se o pai ou a mãe de forma alguma não pode ajudar, não pode tirar um dia por mês para auxiliar o grupo me diga, vale a pena ter um jovem em suas fileiras? O que ele vai pensar dos outros pais ajudando e o dele não? E você? Acha que pode dar a ele uma boa formação Escoteira se os pais não se interessam? Não sejamos extremistas. Existem sempre uma saída. Uma vez organizei uma comissão de pais, não mais que cinco só para visitar aqueles que não participavam. Trocamos ideias, alguns deles fizeram treinamento e participaram em cursos. Telefonavam, iam a suas casas, convidavam para atividades sociais e olhe dificilmente os pais deixavam de colaborar. Afinal recebiam a visita de alguém como eles. Sem uniforme. E isto amedronta queira ou não. O importante é mostrar a importância do método Escoteiro para os pais na formação do filho ou da filha. Se ele sabe o valor do escotismo e que isto vai trazer dividendos na formação do jovem, não acho que deixará de colaborar.

                Na maioria das vezes o interesse é do jovem. Quando o contrário acontece o mesmo jovem não dá muito valor. Os pais também em sua maioria aproxima do grupo levado pelo filho. Lembro-me de uma canção que dizia – “Minha mãe vou lhe pedir, e não quero aborrecer, para ser um homem forte um Escoteiro eu quero ser”. Ele aprendia e cantava atrás dos seus pais dia e noite. Vencia pelo cansaço. Agora era hora da comissão de pais agir. O Chefe não deve ser o sabe tudo, o linha de frente. Eles sempre serão dependentes. Se os pais estão motivados, se eles participam se existem atividades para eles tais como Acampamento de Pais, jogos, excursões sem o caráter de obrigação a motivação é certa. (Conheci um Grupo Escoteiro que eles quando se reuniam tinham patrulhas com grito e tudo, claro uma ou duas vezes ao ano). Ser pai em um grupo não é fácil se não tem motivação. Ao contrário é muito mais fácil o Escotista se motivar. O uniforme, uma promessa, liderar os jovens já é meio caminho andado.

               É Inconcebível chefes atuando como pais, chefes pagando para os filhos que não são seus, e os pais aceitando tudo confortavelmente. Nem tanto mar nem tanto terra. Não somos um “negócio” uma empresa, onde tudo é preto no branco. Nada disto. Mas devemos nos ater que nossa função é fazer escotismo com os jovens. Para controlar as finanças, para ter uma área administrativa funcionando, é tarefa de pais. É gostoso quando chega o dia da Assembleia e ver que ali estão quase todos. Mas é decepcionante quando se vê quem só tem uns “gatos pingados”. Sei o valor do Chefe-faz-tudo. Sei que eles estão por aí aos montes fazendo escotismo. Mas não é o caminho certo. Falo com experiência. Sei que eles os pais motivados também são uma fonte inesgotável para suprir a falta de chefes. Experimentem. Deixem-nos andar com suas próprias pernas, mas deixe que eles participem da vida do grupo sem ser um eterno observador. De longe!