Conversa ao
pé do fogo.
Baden-Powell
Cidadão do Mundo!
Quem foi ele? Um Sonhador? Um
visionário? Um excêntrico sem visão no futuro? Claro que não. Ele foi o homem cujas
obras marcaram para sempre o coração de milhões de jovens no mundo. Afinal
alguém conhece outros como ele cuja bibliografia e história são conhecidas por
dezenas de milhões de meninos e meninas que fazem o escotismo no mundo? Muitos
alardeiam e com razão o Mito de Pestalozzi, Tomás de Aquino, Comênio, John
Dewey, Emile Durkheim. E tem muitos outros mitos na educação que são
preservados na memória como grandes educadores da humanidade. Mas e
Baden-Powell? Porque não é lembrado em todo o mundo principalmente onde se
pratica o escotismo como um dos grandes educadores da história? Será que seu
êxito fica restrito somente entre nós Badenianos? Pensem bem, façam
comparações. Existem organizações de jovens que tem inicio meio e fim? Cujo
método pode até não ser único, mas se provou capaz de formar homens e mulheres
dentro dos princípios que se espera de alguém de caráter, honra, lealdade e
tudo aquilo que é descrito no seu método e na Lei Escoteira?
Imagine um homem, um general,
condecorado pelas suas atuações a serviço do Exército de sua Majestade, que
recebeu títulos importantes como SIR e LORD entregues pela rainha como autos
elogios? Um herói de guerra aclamado por toda a comunidade Inglesa? Porque
deixar suas glorias e pensar que os rapazes poderiam ser ajudados na sua
auto-educação e formação na escola da vida? Tentem entender um pouco de seu
programa, seu método, as delicias de acampar, viver na natureza tudo sempre
pensando que o jovem aprende a fazer fazendo? Ele pensou em tudo quando criou
as bases do escotismo. Um gostoso Sistema de Patrulhas, onde se vive em grupo,
a liderar e ser liderado, a ter responsabilidades e o melhor, ensinando que a
amizade escoteira poderia dar a volta ao mundo e que o Movimento Escoteiro
fosse o embrião de uma fraternidade mundial? E atrás disto tudo trouxe as
tradições, as místicas os sonhos de um menino em também ser um herói como em
seus sonhos.
Impossível pensar no primeiro
acampamento de Brownsea. Que maravilha ver aquela meninada, junto ao seu ídolo,
recebendo e aprendendo o que leu nos fascículos que se publicava em bancas do
Escotismo para Rapazes na época. E ele não parou por aí, escreveu livros de
orientações, deixou acordado que o escotismo era um movimento alegre, gostoso,
sem complicações e dedicado exclusivamente aos jovens não importando sua classe
social. Quem já leu seus livros, O Guia do Chefe Escoteiro, Escotismo para
Rapazes e o Caminho para o Sucesso pode sentir que atrás de seus escritos estão
colocados toda a filosofia do amor ao próximo, da boa ação que nada mais é que
a caridade tão expressada hoje nas religiões. Ler o Caminho para o Sucesso é se
encantar com seu escritor. Puro nos seus pensamentos, nas suas palavras e nas
suas ações. Ele não se esqueceu dos adultos, precisava levar os conhecimentos
Escoteiros como ele pensava ser aos milhares de chefes que surgiam nos mais
diversos países. Quem não ouviu falar em Gilwell Park? Um centro de
adestramento mundial que hoje é copiado em todos os países que praticam o
escotismo?
Sabemos que foi na África que
suas ideias foram colocadas em prática. Ele adorava este continente as pessoas
e sua cultura. Aprendeu diversos dialetos e seguiu de perto o povo Zulu que se
impressionou com o jovem militar britânico, pela sua coragem e destreza. Foi
através deste povo que lhe foi atribuído vários nomes conforme pensavam da sua
personalidade: M’hlalapanzi – O homem que faz planos com cuidado. Kantankye – O homem do
chapéu grande. Impeesa – O lobo que nunca dorme. Dizem os historiadores que o
que ele mais gostava era ser chamado de Impeesa, por considerar o maior elogio
que jamais recebera. A história de Baden-Powell é contada nas rodas de meninos
e meninas Escoteiras ao redor do mundo. Lembrados em Grandes Fogos de Conselho,
nas Conversas ao pé do fogo onde se fica horas e horas a lembrar de um homem amado
por milhões de jovens. Milhões? Pensem quantos jovens cresceram nas fileiras
Escoteiras e pensem quantos seriamos seguidores de BP. Na ativa ou fora dela.
Seriam centenas de milhões.
Um dia os historiadores, os
educadores na sua maioria irão reconhecer que nenhum outro homem deu o que
Baden-Powell deu aos jovens do mundo. Muitos deles que hoje fazem nas suas
classes os chamados grupos de trabalho, aqueles que sem saber de onde surgiu
tentam ao seu modo ensinar a arte de aprender fazendo. Deixara que os jovens
crescessem aprendendo com seus erros e sem saber que isto é uma auto-educação.
Quem sabe estes que aplicam sem saber o método Escoteiro poderão dizer que
dentre muitos e muitos educadores e formadores de jovens Baden-Powell um dia
lembraram que ele no escotismo já faz parte no panteão da história?
Baden-Powell como poucos acreditava no sorriso, na amizade, na compreensão de
egos, na força do amor e podemos dizer sem desmerecer ninguém, que ele sempre
sonhou um mundo Escoteiro, onde a fraternidade e o respeito entre nações faria
do escotismo um símbolo da paz no mundo. Suas últimas palavras foram de fé,
esperança e deixar que a felicidade seja um caminho para todos os membros do
escotismo: (a parte final).
- Eu
tive a sorte de viver feliz e desejo que cada um de vós possa dizer o
mesmo.
Creio que Deus nos pôs na terra para sermos felizes e termos gosto em viver. A felicidade não vem da riqueza, nem do êxito que possa ter na nossa carreira, nem do alto conceito em que nos tenham. Dareis um grande passo para a felicidade se formardes um corpo vigoroso e são na juventude, para que possais ser úteis e viver felizes quando fordes homem. (...) Mas o verdadeiro caminho da felicidade é dar felicidade aos outros. Procurai deixar o mundo depois de o tornares um pouco melhor do que o encontrastes. E, quando chegar a vossa vez de morrer, morrei felizes pensando que não perdeste o tempo, que fizeste o melhor que pudestes.
Estai Prontos nesta vida de modo a viverdes e a morrerdes felizes. Lembrai-vos da vossa promessa Escoteira... Sempre! Mesmo quando já não fordes um rapaz, e que Deus vos ajude a cumpri-la. Lord Baden-Powell of Gilwell!
Creio que Deus nos pôs na terra para sermos felizes e termos gosto em viver. A felicidade não vem da riqueza, nem do êxito que possa ter na nossa carreira, nem do alto conceito em que nos tenham. Dareis um grande passo para a felicidade se formardes um corpo vigoroso e são na juventude, para que possais ser úteis e viver felizes quando fordes homem. (...) Mas o verdadeiro caminho da felicidade é dar felicidade aos outros. Procurai deixar o mundo depois de o tornares um pouco melhor do que o encontrastes. E, quando chegar a vossa vez de morrer, morrei felizes pensando que não perdeste o tempo, que fizeste o melhor que pudestes.
Estai Prontos nesta vida de modo a viverdes e a morrerdes felizes. Lembrai-vos da vossa promessa Escoteira... Sempre! Mesmo quando já não fordes um rapaz, e que Deus vos ajude a cumpri-la. Lord Baden-Powell of Gilwell!