quinta-feira, 12 de abril de 2018

O escotismo que queremos... Qual? Era uma vez... Um Velho Lobo e um Velho Escoteiro.



O escotismo que queremos... Qual?
Era uma vez... Um Velho Lobo e um Velho Escoteiro.

                 E daí Velho lobo, me diga, o que adianta essa malquerença, essa aversão do vestir o que quiser? Você luta, insiste, alguém se importa Velho Lobo? Alguém por acaso pensou onde eu e você queremos chegar? Sei que temos algumas querelas, discordâncias de acertar o passo, percorrer a trilha, medir a altura a distancia e as estrelas. Passamos por poucas e boas na esticada escoteira na terra. Como dois Idosos Escoteiros educados, sabemos conversar e manter o dialogo no Estilo Inglês. Badeniano é claro. E nosso respeito é o melhor.

                E assim nós dois um Velho Lobo e um Velho Chefe Escoteiro seguimos nosso destino tentando colaborar até o nosso The End... Nosso “Final”. Jocosamente alguém disse que o Estilo Inglês rompe a retidão e simetria das linhas e distribuição dos maciços arbóreo/arbustivos e por aí vai. Não entendi bulhufas. Mas essa também não é nossa praia...

                Felizmente meu amigo Velho Lobo vivemos uma época em que estar sempre alerta era mostrar nossa visão, prestando atenção para não ser surpreendido. E então crescemos, procurando ver um futuro escoteiro melhor a nossa volta. E aprendemos tanto não foi Velho Lobo? Quantos dos novos que ainda tem o dente Siso estão vendo mais além? Quantos pensam que a brasilidade brasileira acredita que esse caminho é o melhor?

                Velho Lobo, você como eu sabemos que nos meios educacionais entre os filósofos, os pedagogos, os educadores universitários, aqueles que são chamados a opinar nos meios de comunicação... Nada sabem de nós. Para eles somos eternos desconhecidos. Escoteiros? Ainda existem? Os tempos modernos são assim Velho Lobo?

               Quando você e eu como bons samaritanos, escrevemos sobre nossa visualidade do escotismo fraterno, do exemplo, da aceitação do garbo pela apresentação individual, os novos com Dente Siso ainda com fraldas esvoaçantes se acham conhecedores e autores da nova pedagogia escoteira. Adiantou nosso aprendizado e no que acreditamos deste menino? Viramos um “carrapatacho” sem um nome a zelar? Desculpe pelo “carrapatacho” você um Velho Lobo e eu um Velho Escoteiro sabemos onde ele se meteu, nestes “desairos” abomináveis da escrita que poucos entendem.

               Meu bom amigo Velho Lobo quando leio os conformes dos nossos irmãos escoteiros, se deleitando a responder nossa opinião, alguns pisando sem nos considerar irmãos, respondendo sem cortesia como se fossem os melhores, desmerecendo o que achamos por apresentação e garbo, nos convencendo que não entendemos a modernidade, repetem aos ventos que não precisamos de uniforme e sim ter disciplina e obedecer a nossa lei. É, parece que uns tem e não podem outros podem e não tem!   

               - Velho lobo, quando leio o patético de algum Chefe, tipo aquele que ainda não sabe o peso da mochila na trilha da montanha, não sabe os calos adquiridos forjando pioneirías, brincando na noite, esquentando fogueiras e vivendo o sonho da aventura... Penso se eles aprenderam alguma coisa. Rosnam (desculpe a palavra) que eles são exemplo, que o uniforme ou vestimenta tanto faz, que cada um veste como quer. Afinal repetem: A EB não autorizou? Caio na minha verdade e penso naquela metáfora do cego que conduzia outro cego e ambos escoteiramente caíram no buraco. Querem ver flores, bananeiras, e goiabas em gostosas feituras a venda a nas lojas da imaginação? Está é a modernidade? Vestir o que quiser e como quiser?

              Meu amigo Velho Lobo será que não estão vendo que o “povo” não o “polvo” não concorda, não aceita e nem sabe onde estamos situados? Atrás dos muros da escola ou da ribanceira do riacho, não olham seu umbigo, não perguntam e aceitam uma liderança que não pesquisa nem responde a uma indagação com respeito, sem ofensas, sem acessos de poder, sem ameaças e sim com gostosas trocas de ideias vividas em torno de uma fogueira qualquer?

                Velho lobo dá gosto ver você vestimentado. Apesar de não ser minha praia admiro você. Voce sabe, sou caqueano enraizado. E olhe palmas para você quando fala, quando escreve e não muda de opinião. Um perfeito Cavalheiro Badeniano. Sabe Velho Lobo, meus parabéns, sempre com resposta sadias... Sem ofender... Eu um Velho Chefe Escoteiro vivendo como um Sapo Boi vou dando minhas piruadas, e nas noites de lua cheia canto na minha lagoa... Procurando à namorada escoteira... Que não quer saber de mim. Velho Lobo, tu e eu somos Dinossauros capengando e sempre acreditando... Será que um dia tudo pode mudar? Velho Lobo meu amigo de-cá um abraço, um aperto de mão, a luta é nossa Velho Lobo. Desistir é uma palavra que não existe em nosso dicionário.

                 Sabe Velho Lobo, somos uma extirpe em extinção. Os peritos os bombásticos chefes, os audaciosos da nova geração, colocam o verbo ir como se fossem o dono da estrada. Eles estão certo Velho Lobo? Costumamos discordar, mas sempre olhamos o caminho onde pisar. Aprendemos o Caminho a Evitar. Eles Velho Lobo não sabem saltar o obstáculo. Nós sabemos onde está o caminho a seguir, com o vento a favor e sempre alerta para ouvir o sibilar da cascavel ou do cantar do sabiá e sorridentes sabendo onde seguir.

                Enfim Velho Lobo, ainda somos do mesmo sangue... Tu e eu. E mesmo discordando alguma vezes a amizade persiste. Ainda costumamos relembrar nosso tempo com orgulho e admiração. Acreditamos que no Pico da Esperança sempre veremos mais além. Ver nosso amado escotismo considerado, falado, respeitado e os mais bem aquinhoados no saber e no poder terão por nós uma enorme consideração. E dirão: - Escotismo é uma escola de educação que temos a obrigação de admirar aplaudir e aprovar!   

Nota – Somos sim um Velho Lobo e um Velho Chefe Escoteiro. Setenta anos de escotismo. Bandeiras soltas, ventos a seguir, caindo levantando, enfrentando pedaços do caminho a evitar, saltando o obstáculo, aprendendo a fazer fazendo. Levando ripa na chulipa e tentando formar cidadãos. Por trilhas cheias de pedras aprendemos a pular os despenhadeiros da humildade e aceitar com dignidade o que o Velho Chefe Mundial nos deixou com seu enorme sorriso de Impisa, um lobo que nunca dorme. E ele Velho Lobo sempre vai ser a voz da nossa razão!