sexta-feira, 29 de junho de 2018

Crônicas de um velho chefe escoteiro. Distintivos de matilhas e patrulhas.



Crônicas de um velho chefe escoteiro.
Distintivos de matilhas e patrulhas.

Campeando displicentemente um tema na internet, eis que me dou de frente com um interessante: “Distintivos de matilhas e patrulhas”. Saudoso da minha época, onde vibrei quando o monitor colocou os quatro cadarços verde e amarelo da Lobo lá fui eu a pesquisar o que ali estava escrito. Dizia:

- Distintivo de Matilha.
- Ao ser investido e definitivamente integrado à Alcatéia, incorporando-se a uma Matilha, e sempre que for transferido de uma Matilha para outra, o lobinho receberá do Chefe de Seção o distintivo que o identifica como integrante da Matilha.
O distintivo de Matilha deve ser usado na manga esquerda da camisa, cerca de cinco cm abaixo do ombro. E um triângulo eqüilátero com 3,5 cm de lado, em tecido, na cor que dá nome à Matilha; opcionalmente, poderá ser usado o modelo aprovado pelo Escritório Nacional e comercializado pela Loja Escoteira Nacional.

- Distintivo de Patrulha.
Ao ser definitivamente integrado à Tropa, incorporando-se a uma patrulha, e sempre que for transferido de uma patrulha para outra, o escoteiro receberá de seu Monitor o distintivo que o identifica como integrante da Patrulha. A Assembléia da Tropa escolherá qual dentre os dois modelos abaixo adotará:
O Distintivo é formado por quatro tiras de tecido, medindo 1,5cm de largura e 10 cm de comprimento, na cor ou cores características da Patrulha, costuradas lado a lado em uma tira de tecido da mesma largura e numa das cores características da Patrulha. Deve ser usado pendente do lado esquerdo da camisa

- Distintivo de Patrulha Sênior ou Guias.
Ao ser definitivamente integrado à Tropa, incorporando-se a uma Patrulha, e sempre que for transferido de uma Patrulha para outra, o sênior receberá do seu Monitor o distintivo que o identifica como integrante da Patrulha.
O distintivo de Patrulha deve ser usado na manga esquerda da camisa, cerca de cinco cm abaixo do ombro. E um quadrado de tecido com 3,5 de lado, de uma só cor característica, quando o nome da Patrulha corresponder a um acidente geográfico, ou dividida diagonalmente, a partir do canto superior dianteiro, nas duas cores características, quando a Patrulha adota a denominação de uma tribo indígena; opcionalmente, poderá ser usado o modelo aprovado pelo Escritório Nacional e comercializado pela Loja Escoteira Nacional.

- Deixei de lado as novas representações destes distintivos. A Escoteiros do Brasil com o intuito de facilitar e faturar criou novos distintivos, vendidos é claro tirando quem sabe boa parte da característica da mística do passado. Ainda lembro-me do monitor dizendo: Vado a confeção é sua. Mamãe me ensinando e quando ficou pronto dei um belo sorriso. Certo ou errado ainda acredito na confeção e na colocação daqueles tempos que deviam ser preservados. Cadarço para escoteiros e seniores, e o da matilha um triângulo em feltro da cor da escolha da matilha.

- No cerimonial de promessa, a alcateia ou a tropa formada, o primo ou monitor tendo à frente o “promessado” com toda pompa que investe esta cerimônia, ouvir o graduando dizendo: Chefe esse é fulando de tal, que vai fazer a promessa! - Ver as palavras da akelá ou do chefe e vendo o “promessado” com toda sua emoção fazer a promessa era de tirar o folego. Então o chefe do grupo colocava o lenço, o chefe da tropa o distintivo de promessa e o monitor ou primo orgulhosos lá iam colocar o da patrulha ou matilha. E quem sabe seus pais o chapéu ou o Boné. São coisas presas no tempo, como se o lugar das belas misticas que existiam outrora devessem ficar presas na solitária do passado para nunca mais voltar.

Nota - Como sempre cá estou eu cutucando minhas ideias, formatando o passado no presente sem deletar nada, nenhum vintém dos meus tempos de lobo e escoteiro, como a lembrar de uma simples cerimônia de promessa, a receber meu distintivo de Matilha ou Patrulha que fiz questão de confeccionar. Hoje? Hoje você paga e recebe... Nada mais!