Um fantástico Fogo de Conselho.
Um fogo de conselho perdido em uma noite de luar...
“Invocação do Fogo sagrado”.
“Hoje eu invoco o fogo”. Aquele das profundezas da
terra do mar e do ar. Invoco o fogo do sol que queima as energias do cósmico, e
dele refaça as cinzas que o vento vai levar. Invoco o poder das Salamandras com
respeito e honrarias, Eu invoco o poder do fogo dos raios e dos trovões. Invoco
o poder da chama dourada da sabedoria e do espírito santo de Shekinah. Eu
invoco os ventos que sopram nas vertentes do Vale Feliz. Seja eles ventos do
norte, ventos do sul e do leste ou mesmo do oeste. Eu invoco o poder do fogo
para que nossos corações voltem a brilhar. Nesta noite nesta fogueira mágica que
não haja ódio e somente amor. Que o fogo nos purifique e traga a felicidade e o
tempo para curar as dores que for preciso. “E quando as brasas adormecidas se
apagarem eu clamo ao sol do amanhecer que traga a felicidade para todos os
povos do mundo”.
A vida escoteira que nos faz
sorrir, cantar, viver junto com irmãos em uma clareira amando uma fogueira que
vai durar para sempre em nossos corações. Quanto tempo ainda ficaremos ao redor
deste calor? Ah! Fogueiras. Quem não sentiu o vibrar do clarão no céu? Olhos
esbugalhados olhando para dentro dela, querendo descobrir muito mais que
aquelas chamas que se espalham com o vento, jorrando fagulhas tão fagueiras,
tão faceiras que nossos olhos percorrem os lados e traslados para ver aonde
elas vão? A fogueira atrai. Feche os olhos e pense que tudo vai começar. O escuro
da noite esconde tudo de todos. Mas ali somos um só com o mesmo pensamento e
ideal. Nada foge nada se perde, nosso pensamento é um só a viver este belo momento.
O momento sublime que um trisco, um fulgor, um lampejo, um brilho colorido vai
surgir, e a escuridão seja solicitada a se retirar.
É bom demais, é
sublime, é fantástico. A luminosidade que brilha transforma faces, pensamentos,
saudades, futuros que agora nem pensamos. Só aquele clarão se faz presente no
raiar da escuridão que de susto desapareceu junto ao vento que chegou e partiu.
A gente se atrai se junta aquela chama, quer ver a brasa, a flama. Uma língua
de fogo escorre no tempo e no ar. Labareda que nos faz sonhar. Não é o um
fogacho escondido, perdido que o fogaréu se foi quem sabe na janela do tempo
que se abriu. Ali não, ali vive a fogueira, a tocha, o facho e o archote uma
lumieira um fogaréu! Sei que em pouco tempo todos vão acordar do seu estupor, pois
estavam sorrindo a esperar... Será um fogo, um conselho, uma aventura, um ato
de amor. Será o aquecimento do corpo, irá cozer alimentos, afastar os amigos
selvagens que escondidos atrás de árvores estão ali a espiar...
Quem disse que o vento carrega levemente a poeira, que sopra pela janela
e balança a roseira? Quem faz e diz ser mais bela que a chama de uma fogueira?
Não sei e nem quero saber. Sei que o fogo molha a alma de guerreiros, aqueles
que sonham com mundos coloridos e muitas cores no ar. São românticos e sonhadores.
Eu você e todos nós estamos ali juntos contigo, muitos amigos, em volta de um
clarão que vai atingir as estrelas no céu. Eu sinto meu coração bater, o
crepitar da fogueira me fazer renascer, não é tempo esgotado nem chuva no
molhado. É força Escoteira, alegre faceira que o Fogo de Conselho vai trazer
ramalhetes de flores espalhados ao luar. São flores amarelas, vermelhas
singelas. Quem sabe vai também trazer a boa nova, a mudança dos novos tempos,
um ato de amor e de felicidade, que a bondade de Deus colocou-nos unidos ali,
fazendo escotismo, gostoso, aprazível, delicioso. Agradável noite de amor
fraterno.
Ah! Saudades que passam que ficam. Suspiro apaixonado por um fogo
qualquer. Ali amigos fraternos, amigos eternos sorriem naquela noite
maravilhosa que em só um momento trouxe canções, vozes a entoar, gorjeios em
noite de luar. São canções lindas, frases sinceras, amor de primavera. Linhas
inexistentes, fronteiras abertas demarcações riscadas. Nada impede celebrar ou
enaltecer o fraternal companheiro. Um parceiro, um amigo, um colega um camarada
meu mano. É ali naquele fogo, tão primoroso iremos guardar saudades eternas. Um
dia vamos sentir falta, lembrar-se de algo, trazer na memória coisas antigas,
pensar em tê-las de volta. Mas o fogo, o trinar do canto da fogueira, um olhar
tão amigo, um certo sorriso e dizer: Adeus fogo, não é mais que um até logo...
Não é mais que um breve adeus...
Com as mãos entrelaçadas, ao redor do calor, iremos deixar uma lagrima rolar
e cantar que não é mais que um até logo, não é mais que um breve adeus, bem
cedo junto ao fogo tornaremos a nos ver. E então o Senhor que nos protege vai
de novo nos abençoar e um dia certamente vai de novo nos juntar. Sonhos de
esperanças de amizades eternas e depois com as brasas adormecidas iremos dormir
em paz!