domingo, 11 de fevereiro de 2018

Uma crônica para um domingo qualquer. O que é bonito me encanta, o que é sincero me fascina!



Uma crônica para um domingo qualquer.
O que é bonito me encanta, o que é sincero me fascina!

                  Domingo, a gente acorda, abre a janela e vê o nascer do sol, nesta grande cidade de pedra. Os primeiros ventos trazem um pouco da poluição que irá prolongar por todo dia... Um poeta disse que a imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado, a imaginação envolve o mundo. Tento a moda escoteira sentir o mundo ao meu redor. Sei que tem hora que a gente cansa, não quer mais saber de aventuras feitas no quarto da internet... Eita vida que me faz de vida. Quanto mais vivo mais percebo quão insignificante somos... Ou melhor... Eu!

                 Acordei cedo. Não era quatro da manhã. Sentado na cama meditava o que era minha vida nesta velhice sem fim. Pensei o quanto o Face era importante para mim. Não sei... Cada um tem sua opinião. Um dia a gente cansa de bater na porta do computador que não quer abrir e prefere pular uma janela que já estava aberta... Só para não desistir. Abro minha janela para o mundo. Um mundo que não conheço, que vi um sorriso, uma dor reclamada, alguém que está do outro lado a me dizer: - Bem vindo! Somos todos irmãos... Mas vamos com calma!

               Olho sim com muita calma e sinto o chamado dos ventos e me dou por inteiro a uma amizade que desconheço se é sincera e real. Não condeno o narcisismo das redes sociais. A meu ver é importante considerar que há uma autêntica ironia, de pessoas tão distantes, oferecendo mesmo que nominalmente uma fraternidade universal. Uma continua troca de informações, de amizades e até mesmo uma obsessão de contar sua vida pessoal, seus amores... Suas dores!

              Um que chegou ao fundo do poço diz que aqui se destrói relacionamentos, termina dizendo que é uma rede social inútil! Até que ponto acredito? Não valeu a pena? Sei que tem uma parte que estraga, mas pensando bem tem algo que é social. No relacionamento com pessoas desconhecidas, onde se pode conversar abertamente sem medo de ser feliz. Se você é daqueles que conversa com outras amizades fora deste quadradinho que está ligado, o seu tempo gasto não será diferente do que gasta aqui.

               Sei que tem hora que cansa. Olha dança e chega à conclusão que não vai dar. São aquelas horas que te jogam no cantinho da orelha, o bom samaritano, o paisano candidato, o valente dragão que vai salvar a nação. Gosta-se ou não. Porque me vender algum que não quero? Chefe aquela amizade é mais importante que as que teve no passado, são pessoas educadas, não pedem dinheiro, mas contam seus sucessos e seus fracassos. Já disse, não é que eu me importo, é que chega uma hora que a gente cansa e acaba quase desistindo.

              Sou falante nas teclas onde escrevo. Falo demais... Depois de velho agourento, deixei para trás os dissabores e pensei: - Porque não escoteirar? Mostrar um novo caminho, retirar todos os espinhos e dar um final feliz? Tudo isso é possível, se de um lado há a exibição de si mesmo, mesmo assim vale a pena a busca dos laços de amizades, o desejo de ler os pensamentos, os desejos de ajudar. Aqui a escolha não é ditada pela moda ou pelo acaso. Aqui tudo se revela ou se resume numa filosofia de vida. Se for a que escolheu como meta de vida.

             Tudo no Face se resume a informar, a nos doar como pensadores de uma ideia qualquer. Uns reclamam ao infinito... Dizem: - Às vezes perdemos nosso tempo a nos doar aos amigos virtuais que muitas vezes não sabem valorizar nossas amizades... Acredito que como eu muitos não pensam assim.

             Hoje na idade da razão, ou quem sabe na idade senil dos velhos da terceira idade, não tenho mais aonde ir. Vou por aí nas estradas do Facebook fazendo o que sempre sonhei. – Deixando o vento me levar em pensamento nas asas da imaginação por lugares que já passei e ainda tento descobrir. Meu tema? Meu assunto? Meu ofício? Sou sim, como você sou escoteiro de coração, no antes... No hoje... E no Meu amanhã! Bom domingo! Aquele fraterno abraço de coração!

Nota – Resolvi escrever... Nossa que ideia nova Chefe! E eu sorri da duvida do amigo. Já no fim da idade, quem sabe na puberdade dos setenta e sete, não tendo o que fazer eis me aqui, em um domingo de sol, pensando-nos que estão lá no campo, escoteirando, fazendo fogueiras, brincando de herói! Herói? Sim melhor que carnaval não acha? – E quando encontrei você, vagando pelo universo, recebi o seu convite... Tornamo-nos amigos e hoje às vezes penso que você é a única ou o único que me entende!