sexta-feira, 1 de março de 2019

Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro. “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas”.



Crônicas de um Velho Chefe Escoteiro.
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas”.

                           O Ministro convidou a todas as escolas do Brasil, a cantar o hino nacional e fazer o hasteamento da bandeira e se possível fazer um video. Convite digno, que merecia o aplauso de todos nós pais, cidadãos patrióticos e chefes escoteiros. Afinal o termo civismo a que ele se referia, são atitudes e comportamento que manifestam nos cidadãos a defesa de valores e práticas assumidas hoje esquecidas pelo tempo. Afinal civismo consiste no respeito aos valores às instituições ás práticas e o patriotismo tão esquecido por muitos que hoje se jactam de ser brasileiro nato.

                           Não houve uma pesquisa entre os pais se a ideia era valida. Logo alguns mais afoitos gritaram contra a ideia, afogaram no nascedouro o que poderia quem sabe lembrar a todos que somos brasileiros e patriotas. Ou será quem outros não? Boa parte da imprensa, pedagogos, e alguns políticos se levantaram como vozes contrárias com a mesma cantilena de tudo aquilo que nós escoteiros sempre preservamos. Condenaram uma ideia válida por alguns senões como fotos (adoraria ser criança e estar nestas foto ou vídeo) e um slogan do novo presidente “Brasil acima de tudo, Deus acima de Todos”.

                           Estamos esquecendo do patriotismo, dando vozes a poucos comensais da nova pedagogia tão copiada por muitos como moderna. Já não basta dizer que esquecemos dos nossos heróis do passado e muitos deles são ridicularizados pelos “çabios” profetas da modernidade. Pecamos por amar um país, lançar uma bandeira do Brasil no ar, cantar com respeito nosso hino e muitas vezes não sabemos respeitar quando se faz a ocasião. Nossos filhos estão aprendendo a vaiar, a defender bandeiras sem saber se são certas ou erradas. Nossos exemplos se perdem, mas não julguemos que tudo vai mal. Não são todos. Apenas uma pequena parcela em ação e outra em casa tomando posições.

                          Poucos que tem poder reclamam nos seus semanários ou diários, nas suas emissoras, nas suas TVs quando “moleques” de uma facção qualquer para uma cidade, prejudicam o cidadão que sai com seu veículo para trabalhar, volta cansado e vê que uma plêiade de uns 50 sem o que fazer estão na rua, fechando tudo, batendo no seu capô, chutando, riscando e amassando seu veículo e ninguém sabe o motivo do protesto. É está a população vítima de alguns ideólogos que não respeitam o direito de ir e vir. E onde estão os políticos? Os “çabios” da imprensa para nos defender?

                       Algumas vezes me encontro a pensar: Qual o objetivo de ensinar o Hino Nacional na escola? Afinal ele é um símbolo da pátria, representa o nosso povo e a valorização do nosso país. Surgiu na época da Independência do Brasil. Trás o contexto desta época. Por ter sido esquecido nas escolas muitos hoje tem dificuldade de entendê-lo. Sei que muitas palavras são difíceis, mas cabe a quem ensina explicar e mostrar o que significa a frase do contexto.  

                       Podem não achar bonito, lindo ou mesmo fora de forma os dizeres do Presidente. Não votei nele, mas bato palmas para muito do que vem fazendo. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos. Será que aqueles que não acreditam em um Deus é o mesmo que grita aos quatro ventos contra as ideias do novo ministro da Educação? Desfazem da disciplina, ter ordem apresentação e cargo é coisa ultrapassada. Escolas que resolveram experimentar o regime militar são massacradas por pedagogos com outra filosofia de ensino.

                       Muitos estão chegando ao escotismo com estas ideias. O que Baden-Powell criou em 1908 no seu método revolucionário voltado para a natureza está sendo substituída por novos programas novas ideologias. Se a vida ao ar livre, os acampamentos, a descoberta a Patrulha, a jornada e a aventura sempre foi um atrativo para os jovens, hoje os novos pedagogos escoteiros que nunca tiveram oportunidade de vivenciar o escotismo no seu pleno, fazem de tudo para modificar e trazer suas ideias que não são as do nosso fundador.  

                     Falo para o vento. Nem pergunto se um dia ele pode me responder onde isto tudo vai parar. A humildade de BP em dizer que o importante são os resultados está sendo substituído por um escotismo que chamam de moderno, que jactam de ser perfeito, que fazem e desfazem do seu poder em um estatutos feitos a sua imagem. Quantos não concordam com o que fazem modificando os programas e metodologia Badeniana? A maioria se bandeou para o que achou fazer um escotismo que acreditam em outra associação. Outros vão aceitando seguindo o seu Chefe sem saber onde é o ponto final de reunião.  

                     Nada mais a dizer há não ser parabéns Ministro. Mesmo não sendo um brasileiro está mostrando ser muito mais um patriota diferente de muitos que tiveram a honra de nascer neste Brasil nesta Nação e que se Deus quiser um dia vai enxergar seu verdadeiro caminho a seguir!