quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O Monitor.


Conversa ao pé do fogo.
O Monitor.

              Conheci e convivi com centenas de monitores de todas as idades possíveis. Baden-Powell dizia que o mais "Velho" e mais forte mesmo não tendo boa liderança deveria ser o Monitor. Bem não foi tão categórico mas deixou explicito seu pensamento. Como foi uma época que ainda não tínhamos os seniores, os rapazes de quinze, dezesseis e dezessete anos atuavam na monitoria. Hoje não. Existe toda uma preparação para eles. Muitos se preocupam em demasia com sua liderança isto é muito bom. Ouve tempos que se discutiu muito sobre o tema. O bom líder nasce assim ou podemos formar um líder?

             Se o escotismo além de suas necessidades e pensando que nosso método tem vantagens e ele também é uma escola de formação de liderança, seria importante que fossemos confiar a monitoria a um Escoteiro mesmo que este não seja líder nato? Então eu pergunto a responsabilidade é do Chefe? Vejo dois lados da questão. O primeiro aquele que o Chefe escolhe seu Monitor. O segundo o que foi escolhido pela Patrulha. Qual o melhor? Tem correntes fortes para um e correntes fortes para o outro. Eu fico com o segundo. Acho que a eleição é a melhor maneira para nomear um Monitor desde que ele permaneça no cargo até a passagem para sênior. Por quê? Simples, a preparação dele demora, e para que ele se torne um bom Monitor tem que ter muita experiência que custou a adquirir com seu Chefe nas atividades feitas com a Patrulha de Monitores. Poderia ficar horas e horas comentando sobre o Monitor, mas hoje dei uma lida rápida do livro de Roland E. Philips, o Sistema de Patrulhas. Antiguíssimo. Mas super valioso. Pode ser adaptado sem sombra de duvida aos dias atuais. Se algum dia se interessar em ler, me escreva. Mando para você em seguida.

               Escrevi vários artigos sobre os Monitores sendo o último com o titulo A Patrulha de Monitores. Um artigo que mostra como se prepara os monitores para liderarem seus amigos de patrulha. Vocês sabem que nenhum Chefe Escoteiro (a) conseguirá desenvolver o Sistema de Patrulhas sem bons Monitores. Nos cursos atuais acredito que é um tema muito falado, mas da teoria a prática a um longo caminho. Quero deixar claro que faço ressalvas com o Ponta de Flecha. Por quê? Amanhã irei postar um artigo a respeito. Vejamos algumas observações sobre como deveria ser um bom Monitor: 

Guia - um exemplo a seguir;
Companheiro - um amigo que dá ajuda e conselhos, compreensivo;
Comunicativo - diz as suas ideias;
Leal - de confiança, preocupa-se muito com o que faz;
Democrático - respeita todas as opiniões da mesma maneira;
Humilde - não mostra a toda à gente as capacidades que tem e dá valor às dos outros;
Trabalhador - aplica-se nas suas tarefas;
Responsável - faz sempre as suas tarefas; 
Assíduo e pontual - chega na hora e não falta;

Participativo - ajuda em tudo o que é preciso, está sempre pronto.
Não esquecer ainda a velha máxima de um Chefe Escoteiro que disse: “O Monitor não manda, o Monitor orienta!”. BP também disse que o Monitor não empurra a Patrulha. Providencia para que ela vá ao seu lado.

E para encerrar, porque não lembrar também que o Monitor não é e nem deve ser:
- O sabichão, saber tudo ou ter a mania que sabe;
- O mandão, mandar em todos ou ser mandado;
- O mauzão, zangar-se quando as coisas estão mal; 
- O patrão, delegar tarefas e não fazer nada; 
- A carne para canhão, assumir sozinho as responsabilidades de uma situação de patrulha; 

                      Para os que estão tendo a felicidade de acertar meus parabéns. Bons Monitores sempre são sinais de tropas excelentes. Parodiando o livro Monitores, transcrevo o que lá está escrito - Já ouvi um Chefe Escoteiro dizer que “Designei meus Monitores tal como B-P. desejava, mas eles não são capazes de dirigir suas Patrulhas em coisa nenhuma. Na prática eu é que tenho de assumir a chefia”.
A resposta para esse queixa é a seguinte: A principal função do Chefe Escoteiro no Movimento é fazer com que seus Monitores sejam capazes de dirigir as suas Patrulhas.


                       Quando o Chefe sem experiência assume todas as funções na tropa sem consulta aos monitores, quando o Chefe não dá oportunidade para que eles deem sugestões nos programas ou acampamentos e ou outras atividades afim, quando o Chefe prefere ele mesmo tomar as decisões da Corte de Honra sem saber o que os demais pensam, eu posso garantir que o Sistema de Patrulhas está passando longe em sua tropa. Se isto acontece os resultados esperados sempre serão contrários ao que se espera na formação do jovem. Leiam muito. Conversem muito. Ouçam muito. Verão que em pouco tempo suas patrulhas estarão sem sombra de dúvida no Caminho para o Sucesso.