quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Uma tarde para pensar...


Uma tarde para pensar...

“Não chores, meu filho; Não chores, que a vida é luta renhida: Viver é lutar.
A vida é combate, que os fracos abate, que os fortes, os bravos só pode exaltar”. Gonçalves Dias.

                 Hoje compartilhei um Vídeo de Eder Tadeu. Está aqui nesta página para quem quiser tomar conhecimento. A cada dia vejo publicações que se rebelam com as atitudes que praticam os nossos dirigentes da UEB ou EB como agora querem chamar. Não só ele mas eu e muitos há tempos temos publicados o que se tornou nossa Associação hoje. Não sei se posso dizer “nossa” pois já teve um canhestro Chefe a dizer que por não ter registro não pertenço à associação. Ele completa que temos direitos sim, basta escrever para a sede nacional ou comparecer as Assembleias. Puro engodo. Só mesmo os mais inocentes acreditam nisto.

                  Tempos em tempos alguns mais afoitos são eleitos para o cargo máximo no CAN (Conselho de administração Nacional). Como candidatos fazem promessas e parecem com os nossos políticos sorridentes antes e vaidosos depois. Nada muda, tudo se copia e nada se transforma. Temos muitos “çabios” que adoram mudar. Tantas vicissitudes, tantas idiossincrasias e se esquecem da máxima dos Pioneiros: - Servir! – Perguntem para eles e dirão que estão servindo a nação com afoiteza e dando o que tem de melhor. Porque então não querem ouvir? Porque não dão voz aos mais simples do escotismo escondidos em suas sessões fazendo tudo para dar aos jovens um pouco da metodologia Badeniana? Porque não perguntam o que queremos, o que pensamos quando mudam sem consulta ou pesquisa para ver se podem realmente mudar?

                 Bah! Eu não tenho registro mesmo. Como ter? Sou macaco velho nas minhas lides escoteiras. Já passei por poucas e boas e se não saí é porque tenho o coração escoteiro. Sei como funciona a engrenagem. “Para os amigos tudo, para os indiferentes a lei” Eita Getúlio Vargas que sabia o que dizer. Onde anda os dirigentes nas páginas sociais? O que eles dizem? Alguns em suas páginas publicam o que querem publicar, aplaudem os da casta e dizem amém para a Corte do Poder. Só quem não quer ver não vê a mazela de tantas normas que são publicadas. Mas o exemplo vem de cima. Expande-se nas regiões distritos e grupos. É um tal de ouvir que quem manda aqui sou eu que não está no gibi.

                 Aqueles puro de pensamentos palavras e ações vão assimilando e enquanto dura sua filosofia e seu amor, vão batalhando nas suas tropas, nas suas alcateias pensando como bom anjos escoteiros que o importante é fazer o bem e ajudar esta juventude tão necessitada. A Escoteiros do Brasil aplaude. Ela não gosta de oposição. Admoestações e prepotências são corriqueiras nas diversas hierarquias escoteiras. – Chefe! Estou saindo. Peguei meu chapéu e saí por aí. Vou levar saudades, vou levar lembranças mas Chefe, não dá mais!

                   E assim a evasão vai formando uma enorme fila que dificilmente irá se desfazer. E quem se importa? E não me venham com palavras. Chico Anísio dizia que palavras são palavras nada mais. Os lideres adoram seu informativo onde exaltam seus feitos. Onde estão? Dizem que um deles comentou que a EB não pode ter prejuízo. Tudo tem de ser cobrado. E agora José? – Em Portugal fizeram realizar um acampamento nacional que humildemente não chamaram Jamboree, com a presença de mais de 27.000 membros do escotismo. Para um efetivo próximo de Oitenta e poucos mil em suas associações (todas amigas, diferente do que a UEB faz com seus congêneres).

                   E aqui? Preços absurdos. Inimagináveis para uma população brasileira que vê afundar dia após dia seus proventos. Eita UEB e Região que adotam uma taxa absurda no seu próximo “Jamboree” que nem cobre a alimentação. Para que temos uma associação que não valoriza o termos “Servir” dos pioneiros? Ela só quer ser servida? Que associação é esta que nem sabe deter a evasão, que dificilmente chega aos noventa mil membros associados, que decide em uma assembleia com menos de 0,2% do seu efetivo nacional? O Eder perguntou para que tanto dinheiro. Milhões em caixa. – Chefe! Diz um inocente. – Ela tem gastos! Precisa! Eita piada para rir!

                   E lá se foi um amigo queixoso dizendo não voltar mais. Cada dia vai mais um e vamos perdendo de tempos em tempos pessoas que foram adestradas e que tentamos dar a eles um conhecimento mínimo para sua atuação na formação de jovens. Quantos cursos por ano? Quanto receberam de taxas? Quantos participaram? Quantos ainda estão no escotismo? Só não vê quem não quer. Sem desmerecer aqueles que fazem um bom escotismo, fico triste ao ver que muitos grupos lutam para sobreviver, os conhecimentos que precisam são escassos e não se vê nenhuma ajuda da liderança nacional.

                    Eu já escrevi centenas de artigos como este. Publico aqui e em meu Blog desde 2009. Resolveu? – Necas de catibiriba! - Eu não vou sair, não vou abandonar meu ideal. Vou falar, vou gritar, vou insistir com o que acredito. O Escotismo tem tudo para dar a nação homens e mulheres dignos, com excelente ética e caráter, com honra que tanto precisamos em nossa liderança politica. Mas o exemplo o trabalho dos que necessitamos não fazem acontecer. Eu? Desistir? Nunca! Que importa se amanhã eu vou para minha estrela e nada do que disse aconteceu. De uma coisa irei me orgulhar de pensar que cumpri com meu dever. Tentei e tentei, se não adiantou cada um terá contas há prestar um dia em qualquer lugar.


Sempre Alerta!       

Prefácio: - O que disse John Thurman, Chefe de campo de Gilwell Park (já falecido) - Austeridade demasiada. Acho que tendemos a nos fazer demasiado respeitáveis e a nos converter em um movimento para apenas os rapazes bons, em vez de levar o Movimento para os rapazes que dele necessitam. O Escotismo nasceu em 1907 entre meninos pobres e, se economicamente os rapazes melhoraram desde então, por outro lado moral e espiritualmente existem rapazes tão pobres como naquela época, que necessitam do Escotismo.