quarta-feira, 15 de maio de 2019

Uma pequena crônica Escoteira. Bandeiras ao vento!




Uma pequena crônica Escoteira.
Bandeiras ao vento!

Segundo dia de acampamento. A tropa formada para o cerimonial. Fizeram um belo mastro de bandeira. Naquela época ainda não era costume arvorar. Isto facilitou para evitar cortar um bom bocado de um mastro na floresta. Mas eis que um vendaval aconteceu. Vento de oitenta a cento e vinte quilômetros por hora. A bandeira não havia chegado ao topo. O vento a pega de jeito. Ela se solta do cabo e sobe como um balão pelos ares. A chuva cai arrebentando meio mundo. Pingos e pedaços de gelos para alegria geral estouram no solo ressecado. A escoteirada grita: - Salvem-na! Ela é nossa pátria! E todos saem correndo atrás da Bandeira do Brasil que corre nos céus com estrondos e trovões que amedrontariam aos mais bravos chefes escoteiros. Eles não há perdem de vista e seguem-na através da floresta. Ela começa a cair e fica presa no alto de um jequitibá. E quem disse que um valente escoteiro não foi até lá? Mesmo com a chuva jorrando aos borbotões, rajadas de vento e raios cruzando o ar ele “trepou" na arvore” de galho em galho foi lá nas “grimpas” e sorrindo pegou a bandeira dobrou com honra, como aprendeu a dobrar. Desceu sangramentos nos braços, uniforme com rasgos, rosto cheio de fuligem e a tropa atrás gritando: - Chefe, Chefe! Salvamos a bandeira do Brasil! O Chefe chorou de emoção. Que orgulho, que vontade de medalhar a todos eles! E a chuva? A chuva meu amigo se foi, era daqueles que a quadrinha dizia, - Escoteiro! Se tens água e depois vento põem-te em guarda e toma tento. – Mas se tens vento e depois água deixe andar que não faz mágoa!