segunda-feira, 2 de maio de 2016

Assim escreveu Baden-Powell.


Conversa ao pé do fogo.
Assim escreveu Baden-Powell.

O Chefe Escoteiro.
A idéia do Escotismo quando surgiu parecia caminhar bem. Sabia-se que o menino estava preocupado, mas ansioso por fazer tudo àquilo que acreditava. Embora ele tivesse uma ideia de como realizá-lo, havia a pergunta mais importante da necessidade de obter a liderança adulta para organizar a sua administração na prática. De uma forma muito considerável essa questão foi resolvida pelos próprios meninos. Eles tiveram o bom senso de reconhecer que os oficiais crescidos eram necessários, e procuraram os seus lideres em seus respectivos bairros até que encontrassem aqueles dispostos a se tornar seus chefes.

Pessoalmente, eu tinha visto um trabalho dedicado e esplêndido dos voluntários e dos funcionários da Boys 'Brigade, e então eu percebi que havia em nossa população um número considerável de homens patriotas que estariam dispostos a fazer o sacrifício de tempo para ajudar.  Mas eu nunca previ a resposta surpreendente que foi dado por tais homens à chamada do Movimento Escoteiro.

Para eles, é devido o crescimento notável e os resultados alcançados até o momento. Eu tinha estipulado que a posição dos Chefes Escoteiros não seria nem a de um professor, nem de um oficial comandante, mas sim a de um irmão mais velho entre os seus meninos. O importante era juntar as suas atividades e compartilhar seu entusiasmo, e, assim, estar na posição de conhecê-los individualmente, capaz de inspirar os seus esforços e para sugerir novas diversões quando seu dedo sobre o pulso lhe disse que a atração de qualquer mania atual fosse se desatualizando.

O termo Chefe Escoteiro não era novo. Era um título antigo Inglês usado por Cromwell, que tinha "Chefes Escoteiros" em seu exército, e seu ramo de Inteligência estava sob a direção de um "Chefe Escoteiro-Geral”.

Baden-Powell – Cidadão do mundo.
               O segredo de meu sucesso na vida sempre foi à influência de minha mãe. A maneira pela qual aquela extraordinária mulher conseguiu educar-nos, sem que nenhum de nós tenha sido um fracasso; e a maneira pela qual não sucumbiu à ansiedade e às tensões de toda ordem escapa a minha compreensão.
Não somente, apesar de ser viúva e pobre, conseguiu alimentar-nos, vestir-nos e educar-nos, Foi sua influência que me guiou pela vida afora muito mais do que quaisquer preceitos ou qualquer disciplina aprendida na escola. B.P

                Apesar de não ter tido a orientação de um pai, sendo o sétimo filho homem, gozava de bom treino durante as férias, em companhia de meus irmãos mais velhos. Todos eles tinham bem desenvolvido o instinto esportivo e eram bons camaradas entre si, nadadores de primeira classe, jogadores de futebol, remadores, etc. Todos sabiam imaginar e executar o que fosse preciso para substituir o que não podiam comprar, chegando mesmo a construir um barco. Fazíamos nossas próprias cabanas, nossas redes de pesca ou de caça de lebres e pássaros, e assim pegávamos e assávamos nossa comida para satisfação nossa em geral e de nossos estômagos em particular. Tudo isso era mito bom para mim. Foram um aprendizado de valor inesgotável pela minha vida afora, aprimorando a formação de nosso caráter.

               E ainda: No meu tempo de menino, em Charterhouse, logo fora dos muros, havia o “Bosque”, longo terreno arborizado, no flanco de uma colina, estendendo-se por mais de uma milha ao redor dos campos de recreio. Era aí que costumava passar longas horas imaginando ser caçador e escoteiro. Arrastava-me cuidadosamente pelo chão, procurando rastros e tentando me aproximar de esquilos, coelhos, ratos e passarinhos, a fim de observá-los. Fazia armadilhas e quando conseguia pegar um coelho o uma lebre (o que não se dava frequentemente), aprendia penosamente, por experiência própria, a tirar-lhe a pele, limpá-lo e assá-lo. Assim, sem o saber, fui adquirindo um tipo de educação que mais tarde seria de grande valor para mim.

             Esses conhecimentos iniciaram em mim o hábito de reparar em pequenos detalhes ou “sinais” e de tirar conclusões, em outras palavras o hábito inestimável da Observação e da Dedução. B.P.


                 Indiscutivelmente, Baden-Powell desempenhou um papel singular, não apenas como Fundador do Movimento, mas também como seu líder e inspirador. A isto pode-se acrescentar o seu profundo entendimento dos problemas, necessidades, e aspirações do jovem e de sua capacidade para tornar os sonhos em realidade. A promessa e a lei escoteira, conforme o texto original de B.P, escrito em 1907-1908, no livro Escotismo para Rapazes, representa todo um corpo de valores morais, éticos e nacionais, que eram esperados de um cidadão participativo e útil a sua sociedade, na época em que foram escritos tais princípios.