O
lendário duelo mortal na Avenida Amazonas mineira.
Ia ser o maior
acontecimento histórico ocorrido no Brasil. De proporções inimagináveis um
duelo mortal ia ser realizado. A história e a realidade se complementam neste conto
que parece saído das paginas escritas pelo Chefe Osvaldo para o Facebook, mas
que o mundo ficou estarrecido pela narrativa que parece ficção e cujas decisões
drásticas das autoridades brasileiras quase teve um final bombástico e
sanguinolento nesta saga que não deveria ter acontecido.
Passamos então para a cronologia dos relatos
obtidos com os poucos sobreviventes após a hecatombe mortífera que não deu guarida
e nem sucesso aos envolvidos. Tudo começou na manhã de 16 de maio de 2016. A
cidade de Belo Horizonte em polvorosa seria o palco da maior revolução já
acontecida em solo mineiro. Superior à invasão pelas forças militares mineiras
no litígio contra os capixabas que durou quase meio século e ainda hoje é
lembrado para quem viveu as confusões na região de Mantena. (eu estava lá. kkkkkk)
A Avenida Amazonas uma das principais da Cidade estava apinhada de material
bélico que seriam usados pelos protagonistas. O Exercito Brasileiro tomou
partido da Presidenta e tambores e tiros de canhões rebombavam no ar e todos gritavam
“Não vai ter golpe”. Entrincheirados entre a Avenida do Contorno e Amazonas,
Dilma, Lula, Cardozo, Wagner Kátia Abreu, Rui Falcão, vários dirigentes da CUT
e do MST dos sem casa, dos sem tostão, da Minha casa Minha vida e Bolsa Família
além de gatos pingados pois os demais haviam se bandeado de lado estavam
armados até os dentes para a refrega final.
Do outro lado próximo a Praça
Raul Soares escondidos atrás do Edifício JK Temer, Cunha, Calheiros, Aécio, Fernando
Henrique, Alkmin, José Serra, Marco Aurélio, Gilmar Mendes e mais uma corja de
20 senadores da oposição armados até os dentes pela Marinha de Guerra do Brasil
aguardavam o toque de avançar para começar a Guerra dos Papudos para ver quem
ia assumir os destinos da nação. Muitos deputados, senadores e governadores se
mantiveram afastados, técnica moderna e pedagógica usada hoje em dia para
depois se bandear para o lado vencedor. O Governador Mineiro Pimentel e sua
linda esposa no alto do Edifício JK orientava as forças Dilmistas, pois a
guerra teria de ser vencida pelo PT e se terminasse assim ele proporia colocar
na cadeia toda a Ministrada do Supremo Tribunal Federal. Não esqueçamos o Juiz
Moro que em Curitiba nem dava bola para ninguém mandando para o xilindró a
corja que roubou descaradamente a nação.
Não se sabe como e nem porque, na esquina da
Avenida Afonso Pena com Amazonas surgiu à turma do DEN e do CAN da UEB com a indefectível
vestimenta, a maioria de camisa fora da calça, alguns de curto outros de
comprido, chapéus de pano, Bibico de Pato e outros afins sem esquecer as tais
meinhas curtas brancas, verdes ou azuis a escolha do freguês. Como sempre eles não
se importavam o que pensaria a população vendo aquilo e andavam calmamente para
a Praça Raul Soares com uma bandeira branca como se fossem salvar a nação. Quem
os levou ate lá? Por quê? Eram uns completos desconhecidos e até mesmo a
maioria dos chefes escoteiros do Brasil se apresentados nem saberiam quem é
quem. À frente o Presidente da UEB sorria como se fosse salvar a nação de uma
guerra fraticida. Nem bem atingiram a Esquina da Rua dos Caetés surgiram com
fuzis automáticos na mão vários membros da AEBP e da FET. Gritavam palavras de
ordem que ou cessasse os processos ou todo mundo ia morrer. Os Florestais
tentavam apaziguar. Correria para todo lado. Como se houvesse sido um sinal, a
guerra dos políticos começou.
Fui chamado às pressas
em minha morada e me levaram em um jato AF-1 Skyhawk da Marinha do Brasil até a
zona do conflito. Lembrei-me de Tiradentes e sorri de orelha a orelha. Sempre
eu. Sempre eles lá me implorado para apaziguar e levar a paz a minha adorada
nação. Corri no guarda roupa e com ajuda da Célia vesti garbosamente meu caqui
de linho sempre bem passado e sem pregas. Demorei um pouco para colocar o lenço
pois faço questão de estar garbosamente uniformizado. Olhei o meião e vi que os
frisos estavam perfeitos. Na gaveta as jarreteiras mas preferi não usar. O
chapéu de lado a “lá” Baden-Powell era um tradição. Um helicóptero me esperava
no heliporto da rede TV próxima a minha casa. No aeroporto de Congonhas o jato
estava lá. O Piloto Tenente Coronel B-P vindo diretamente do Transvaal me
saudou e emendou: - Chefe, Sempre Alerta. Salve o Brasil!
Orgulhoso no meu caqui
lindo de morrer coloquei o Capacete Verde e Amarelo para o voou em detrimento
ao meu chapéu de Abas largas que amava. A Rádio Inconfidência mineira no
transmissor automático do jato anunciava a minha chegada. Escoteiros e Escoteiras
mineiros encheram os salões do aeroporto da Pampulha onde ia pousar. Pena que a
maioria deles estavam com as tais vestimentas pois meu querido estado hoje
virou a bandeira para Curitiba aceitando tudo que os donos do poder exigem e
impõe sem reclamar. Mas o dever em primeiro lugar. Bem coloquei o pé quando o jato
ainda taxiava e alguém veio correndo com um fuzil AK 47 na mão atirando. Desengonçado,
vestimentado com um uniforme desbotado, rasgado, camisa solta gritava: Vais
morrer Velho Escoteiro maldito! Gritei Anrê três vezes! Ainda deu tempo para
dizer: - Pró Brasil? - Maracatu! Cantei o Rataplã sem parar. Cai ensanguentado no
chão sorrindo. Afinal agora iria para minha querida estrela de Castella e refazer
minha jornada escoteira pelo espaço sideral!
Alguém me balançava e gritava.
Marido! Acorda! Tem de parar com estes pesadelos! Era a Célia minha amada
esposa. Belisquei meu braço para ver se estava vivo ou estava chegando ao Nosso
Lar. Doeu. Estava vivinho da silva. Levantei ainda sonolento. A abracei. –
Querida! Eu queria salvar o Brasil mas não deu. Que eles se danem e se matem
até resolver o principal, a paz, a prosperidade e a fraternidade que tanto
precisamos. Na varanda tomando um ar pensei: - Ah! Ainda acredito no escotismo
como o melhor meio de formar cidadãos dignos para fazer do Brasil uma grande
nação!