quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Agradecer é bom e eu gosto.


Agradecer é bom e eu gosto.

Está difícil ficar mais tempo no Facebook. Tanta coisa para fazer, para agradecer, para escrever e nem tudo é bola de sabão que salpica a alegria no ar. Tomo um vento nordeste, esperando o sudoeste e embarco nas ondas da imaginação para escrever ambiguidades. Ando meio complexado. Alguns amigos e chefes tem escrito uma palavra que me deixa vexado. Isto mesmo fico ruborizado, afinal sou um velhote senil, caduco, esclerosado, gagá e porque não dizer decrépito e alienado que sempre fica sem graça quando recebe um elogio. Buuu! Alguns disseram: - Chefe sou seu fã ou sua fã. Nossa! Um velho Escoteiro sem eira e nem beira não merece tanto. Pulo na porteira tiro o meu chapéu de abas largas, faço uma continência no ar e agradeço. Só? Pois é, as palavras engasgam no fundo da barraca em uma clareira na Floresta do meu Brasil Brasileiro.

E tudo se complicou quando recebi de onde menos esperava o mesmo tratamento carinhoso. Uma pequena Lobinha. Foi demais. – Chefe te admiro e sou sua fã! Incrível. O que dizer? Só disse obrigado e a incentivei para ela ficar no movimento por muitos anos. Pois é. Sei que muitos dizem que gostam dos meus contos. Mas lobos e lobinhas ou até mesmo escoteiros e Escoteiras nem sempre arrancham no mesmo acampamento que o meu. Entendo que meus contos são longos, alguns enfadonhos, e nem todos tem tempo para ler. Pelo menos já enviei milhares de e-mail com meus blocos de contos escoteiros. Um bom bocado me solicitou e já os tem nos seus favoritos. Se o leram ou não é outros quinhentos.

Agora estou choramingando pensando que não vou ver meu livro editado. Foram muitos que se solidarizaram. Choveu ideias, choveram ofertas, eu até assustei com tamanha consideração. Arregacei as mangas soltei as ideias no ar e comecei. Põe uma história aqui, outra ali. - E esta chefinho? Esta não. Porque não? Sei lá! São mais de duas mil historias e tenho que escolher as melhores. Quantas seriam? Que livro seria? Upa, upa cavalinho! Devagar se vai ao longe. Putz Grila! Duvida cruel. E o tempo vai passando e eu enrolando, pois o corpinho delicado do velho senil nem a Corte de Honra deu jeito. Enquanto isto deixe o vento me levar.

Aproveitei um migalha de força física e vim aqui dizer que fico muito grato por saber que você gosta do que escrevo. Um poeta disse certa vez que tem doido prá tudo! Risos. Quem tem amigos como eu deveria se sentir mesmo um privilegiado. Estou ainda salpicando as paginas do meu livro devagar, mas vou chegar lá. Tá difícil prá burro, mas farei tudo para não desmontar minha barraca antes de partir. E chega de conversa fiada. Obrigado meu querido amigo minha querida amiga. Se você é meu fã ou minha fã, mesmo sem graça dou um berro ao vento para levar até você meu contentamento e meu Sempre Alerta saído do fundo do meu coração. Grandes e fraternos abraços! E vamo que vamo!

Chefe Osvaldo