domingo, 5 de fevereiro de 2017

Quando a inocência suplantou a malicia.


Quando a inocência suplantou a malicia.

Era assim, ele acreditava,
Tudo era azul, era mundo que amava.
Discutia-se a Lei por inteiro,
Acreditava o jovem Escoteiro.

Amigo, tenho Lei sou Escoteiro
Tenho palavra sou verdadeiro...
Uma por uma era comentada
Cortesia, Deus, lealdade tão sonhada...

Podia ser antes ou depois da reunião,
Ninguém esquecia de fazer a boa ação!
Ei moço, acredite, respeito a minha lei...
Fiz dela minha vida e sempre há honrei!   

Nas jornadas ajudava, não tinha pressa.
Foi sincero quando fez sua promessa,
Prometeu sorrindo naquele dia,
Com ética honra caráter e galhardia.

E o tempo implacável foi mudando...
A inocência foi aos poucos acabando...
Chefe! Estou errado e nem sei?
Afinal para onde foi a minha lei?

O Chefe triste e acabrunhado,
Sentia o peso responsável no costado.
Dizer o que? Dizer que é moderno,
Que o mundo acordou de um sono eterno?

Dormiram por anos nos sonhos de meninos,
Presos no passado, acordaram em seus ninhos.
A lei? Meu jovem Escoteiro,
Hora a lei! Disseram em tom zombeteiro.

Você não é mais o Escoteiro sonhador,
Tudo mudou agora e mais promissor.
Na sua inocência sem sentido,
Uma lagrima rolou, seu mundo foi partido.  

Passou a viver em um sonho de lembranças
Pois perdeu para sempre as esperanças.
Se tantos acreditam na modernidade
Deixou seu escotismo ficar só na saudade...