Quando a inocência
suplantou a malicia.
Era assim, ele
acreditava,
Tudo era azul,
era mundo que amava.
Discutia-se a
Lei por inteiro,
Acreditava o
jovem Escoteiro.
Amigo, tenho
Lei sou Escoteiro
Tenho palavra
sou verdadeiro...
Uma por uma
era comentada
Cortesia, Deus,
lealdade tão sonhada...
Podia ser antes
ou depois da reunião,
Ninguém esquecia
de fazer a boa ação!
Ei moço,
acredite, respeito a minha lei...
Fiz dela minha
vida e sempre há honrei!
Nas jornadas
ajudava, não tinha pressa.
Foi sincero
quando fez sua promessa,
Prometeu
sorrindo naquele dia,
Com ética
honra caráter e galhardia.
E o tempo implacável
foi mudando...
A inocência
foi aos poucos acabando...
Chefe! Estou errado
e nem sei?
Afinal para
onde foi a minha lei?
O Chefe triste
e acabrunhado,
Sentia o peso
responsável no costado.
Dizer o que? Dizer
que é moderno,
Que o mundo acordou
de um sono eterno?
Dormiram por
anos nos sonhos de meninos,
Presos no
passado, acordaram em seus ninhos.
A lei? Meu
jovem Escoteiro,
Hora a lei! Disseram
em tom zombeteiro.
Você não é
mais o Escoteiro sonhador,
Tudo mudou
agora e mais promissor.
Na sua inocência
sem sentido,
Uma lagrima rolou,
seu mundo foi partido.
Passou a
viver em um sonho de lembranças
Pois perdeu
para sempre as esperanças.
Se tantos
acreditam na modernidade
Deixou seu
escotismo ficar só na saudade...