Conversa ao pé do fogo.
Técnicas de dobras de lenço escoteiro.
Tem técnicas? Risos. Acho que
não. Cada um dobra como aprendeu. Com ferro de engomar, enrolando com os dedos,
conheci um Chefe que cortou um galho reto sem fissuras e depois de limpar e
envernizar o usava para enrolar o lenço. Muitos custam a lavar e outros lavam
toda semana. É questão de escolha e gosto. Os primórdios do lenço dizem que BP
copiou dos cowboys americanos, outros dos exploradores africanos e
australianos. Todos davam só uma volta e colocavam n pescoço. Tem história o
lenço, já contei aqui um dia deste volto a postar novamente.
Hoje quero mostrar uma dobra de
lenço que nada tem de inédito. Sei de mais de um milhão escoteiros que já
fizeram assim. No passado (tem gente que não gosta, poxa! O que eu posso fazer?)
“entonse” no meu tempo de escoteiro a gente ia aos acampamentos e muitas vezes
ficava lá dias e dias. Nas férias eu acampei diversas vezes por mais de quinze
dias. Meu Chefe ia visitar uma vez por semana. Não podia ficar lá o tempo todo,
pois era como vocês hoje, escravos do tempo, trabalhando como um danado para
comprar o pão e o leite das crianças.
Nestes acampamentos sabíamos quando
ele chegasse ia fazer inspeção e o uniforme era o mais cobrado. Tínhamos uma
técnica própria para passar o uniforme depois de lavado e o lenço. Coisa
simples que quatro ou cinco varas de marmelo não podia resolver. Bem sei que
muitos conhecem varas de marmelo de outra forma, mas hoje o tal Estatutos da
criança proíbe. Um tapinha, delegacia, xadrez e ouvir sermões do delegado. É
duro, pois muitas veze o cara nem tem filhos e vem querendo ensinar como agir.
Saudades da mamãe e sua vara de marmelo.
Esticadas entortadas lá ia secar o uniforme
e o lenço. Duas horas depois de sol quente era tirar com calma dobrar guardar e
esperar a hora certa para vestir e formar em frente ao pórtico de campo
esperando o Chefe chegar. Foi numa dessas que me lembrei de um fato acontecido há
anos passados. Eu estava na casa da Chefe Cida, uma formadora residente em São
Caetano, e lá estavam também diversos chefes de uma seita, Ops! Digo Grupo de
amigos do Google se confraternizando. Uma atividade gostava repetida anos
depois. Eram bons abraços, bons apertos de mão, bons sorriso e sempre um
semblante mostrado de bons companheiros.
Eis que chegou a hora de tirar
a foto oficial. Um amigão estava a enrolar o lenço em uma mesa. Porque não ajudar?
Lá fui eu intrometido a dobrar seu lenço no método boca dedo, criado por um
Zulu com quem encontrei em sonhos na Caverna dos Macacos no alto do Kilimanjaro.
Todos passaram a me olhar como se fosse um ET escoteiro recém-chegado do
espaço. Sei que poucos imaginaram que se podia enrolar
assim! A turma se divertiu a valer. Muitos contaram como enrolavam e as
técnicas utilizadas. Se ainda não conhecem este modo simples, fiquem a vontade
para treinar e se divertir. Afinal nos acampamentos não tem mesa nem ferro de
passar.
E chega por hoje.
Quem gostou, gostou quem não gostou paciência. E olhe uma vez fiz este
comentário e nossa! Houve milhares a demonstrar outros métodos que conhecia e
sei da sua validade. Lenço, agora é um símbolo para demonstrar que é escoteiro.
E “vamo que vamo” mais tarde tem conto e boa noite. Até mais...