Rastros
do Fundador.
Dificuldade
– Por Baden-Powell.
A
vida seria aborrecida se fosse toda de rosas; o sal tomado sozinho é amargo,
mas saboreado com a comida dá-lhe bom paladar. As dificuldades são o sal da
vida. Tenho aconselhado muitas vezes aos meus jovens amigos que, quando
confrontados com um adversário, façam como se estivessem a “jogar polo”: não
tentem ir de encontro a ele de cabeça descoberta, procurem antes cavalgar lado
a lado e, aos poucos, empurrá-lo para fora do vosso caminho.
Quando
tiveres que fazer um trabalho difícil, pede a Deus que te ajude a fazê-lo, e
Ele dar-te-á forças. Mas continuas a ser tu quem tem que o fazer. Não vale a
pena ficarmos desanimados por causa de decepções ou de contratempos
momentâneos; é inevitável que surjam de tempos a tempos. Eles são o sal que dá
labor ao nosso progresso; elevemo-nos acima deles e ponhamos os olhos na grande
importância daquilo que temos entre mãos.
É
pelo esforço que nos, fortalecemos, e pelo esforço que alcançamos o êxito. É no
esforço de lidar com uma dificuldade - com um sorriso nos lábios - que S. Jorge
nos dá um exemplo de esperança. Quando te deparares com a muralha lisa e nua da
dificuldade, lembra-te: apesar de à primeira vista parecer muito alta, uma
observação mais atenta pode revelar-te fendas e irregularidades graças às quais
conseguirás superá-la; e, mesmo que não possa ser escalada, aposto dez para um
em como é possível contorná-la.