Se eu morrer
amanhã...
- Se eu morrer amanhã, não levarei
saudades do mau caratismo de muitos dos nossos políticos. Quem é mau caráter,
sempre vai achar uma desculpa para tornar legítimas suas ações. – Se eu morrer
amanhã não levarei saudades de muitos que podiam ser justos, mas não são por
falta de honra e ética dos seus governantes. – Se eu morrer amanhã, não levarei
saudades de muitos líderes escoteiros que se esqueceram de suas promessas, do
valor da amizade, em ser leais, amigo e irmão de todos, não importando qual
associação pertençam. – Se eu morrer amanhã, não levarei saudades de tantos
prepotentes, donos da verdade em diversas áreas do escotismo, cujo respeito com
os demais irmãos escoteiros não é levado a sério.
- Se eu morrer amanhã, não levarei saudades
desta sanha em ser alguém, em ser o melhor e adorado, a procura de cargos que
não tem salários só para se mostrar como um dirigente que não percebe que se
esconde sob o manto da falsidade. – Se eu morrer amanhã, não sentirei saudades
dos que se julgam os melhores, não dão a mínima para o que pensa o seu próximo,
decidem sem consultar a esta plebe valorosa que luta para fazer dos jovens de
hoje os homens e mulheres honrados de amanhã. – Se eu morrer amanhã, não sentirei
saudades da falta do garbo, da apresentação pessoal, de uns poucos que esquecem
que somos exemplos aos olhos do público e que só um pode denegrir a imagem de
uma grande fraternidade como a nossa.
- Se eu morrer amanhã, não levarei
saudades de chefes que não sabem dialogar, querem vencer suas ideias pela força
de sua palavra, não sabem ouvir e acham que sendo prepotentes e fingidos vão
conquistar o respeito da plebe escoteira. Se eu morrer amanhã, não levarei
saudades daqueles que nunca consultaram seus jovens, que falam em nome deles,
que acham que sabem o que querem e fazem um escotismo diferente do que se
preocupava o nosso fundador. Se eu morrer amanhã, não levarei saudades de
uniformes ou trajes sem apresentação, daqueles que se acham escoteiros só por
colocar um lenço no pescoço e esquecem que não se engana uma fraternidade como
a nossa por muito tempo.
- Se eu morrer amanhã, não levarei
saudades de falsos amigos, que dizem o que não ouço pelas bandas das esquinas
que destroem amizades que pareciam verdadeiras. Se eu morrer amanhã, não levarei
saudades daqueles que fazem os seus preços como se aqueles mais humildes não
possam realizar seus sonhos. Se eu morrer amanhã, não levarei saudades de aberrações
que muitos novos fazem achando que isto é natural. Que esquecem que a
escoteirada tem sua família, sua crença seus tabus e que nunca são consultados
se isto pode ser aplicado. Se eu morrer amanhã, não levarei saudades do escotismo
que não é o meu, que não respeita o que disse nosso fundador, que acha que ele
é ultrapassado e nem sabe como seria o mundo de hoje.
- Mas se eu morrer amanhã, irei
sentir muitas saudades dos amigos verdadeiros, da fraternidade sem hierarquia,
do respeito e da consulta do poder de dar sua opinião seja o que for para o
benefício do crescimento do nosso movimento cujas hostes tem muitos que merecem
um bravôo e um Anrê do fundo do coração. E encerro dizendo que se eu morrer amanhã,
digo que gostar de mim é um direito de todos, agora fingir que gosta de mim é
uma falta de caráter daqueles que não mostram sua cara e nem dizem o que deviam
dizer.
Sempre Alerta e um
excelente domingo aos amigos e amigas que prezam com amor a minha amizade.
Deus, se um dia eu estiver prestes a perder as
esperanças, me ajude a lembrar de que os teus planos são maiores que os meus
sonhos... A vida me ensinou que chorar alivia, mas sorrir torna tudo
mais bonito.