Cantigas de fogo de conselho. Belos contos de cordel.
O dia que o Sênior Apolônio, acabou com a vida do Demônio.
Medo? Já dizia Zé barrica, meu amigo isto é coisa de maricas.
Pois a verdade lhes digo, e vou contar a história...
Seu nome era Apolônio, não nasceu de um belo sonho,
Do jeito que sempre viveu e eu guardei na minha memória.
Era um Sênior bonito, grandão metido a valente,
Namorava a guia Dorita, Submonitor intendente.
Vivia contando prosa, de graça a fama não veio,
Todo mundo o admirava, quando tinha fogo de Conselho.
Orgulhava do que era, pois era filho do norte,
Chapelão de abas largas, e a faca na cintura,
Saía de calças curtas admirando o seu porte.
Adorava o escotismo e uma bela aventura.
Uma tarde encontrou Marreco que era bom cozinheiro,
Disse-lhe ao pé do ouvido, se queres ser bom mateiro.
A hora é agora, meu caro amigo Apolônio;
Eu sei onde encontrar facilmente o seu amigo Demônio.
E ele não se fez de rogado, desta vez eu mato o moço
Capa preta, esculacho, vou ver o diabo mocho.
Desta vez não me escapa, vai dormir o sono eterno,
Se for Satanás vai voltar prás prefundas do inferno.
A patrulha foi na frente, não iam enfrentar o diabo,
O sol queimando a testa, estrada igual quiabo.
Acamparam dia ainda ali na rocha vermelha,
Comeram uma sopa gostosa, e depois mingau de aveia.
A cidade em polvorosa, se assustou com Apolônio
E se o valente Escoteiro não matasse o Demônio?
Sem lua e sem estrela, onze da noite em ponto
Ele partiu rumo à porteira, do Fazendeiro Afonso.
O vento se acalmou, e veio uma pequena aragem.
O povo bateu palmas pra este Escoteiro de coragem.
Lá foi ele, na trilha do defunto à frente,
Apareça Satanás, e te quebro muitos dentes.
Apolônio foi Lobinho Escoteiro e monitor,
Nunca correu de nada, sabia do seu valor.
Dizia pra todo mundo e até a escoteirada,
Comigo é mais embaixo, não tenho medo de nada.
Zefiraldo Balantaines, seu Chefe Escoteiro,
Tinha orgulho do Sênior, um valente a se orgulhar...
Pensou em seguir com ele na fazenda aventureira
Mas sabia de antemão, tinha medo de Satanás.
A estrada era pequena, tinha cercas de montão.
A lua correu de medo e ficou a escuridão.
Andando pisando forte, na poeira de argila,
Eis que Apolônio sentiu um peso enorme
Nas suas costas, alguém sentou na mochila!
Deu um salto pra direita, e outra bem pra frente
Eu juro que é verdade, pois Escoteiro não mente,
Seu facão triscou no ar em busca do Satanás,
Desta vez tu não me escapa, sua cabeça vou decepar!
Dizem as almas penadas, que nas noites de segunda,
Apolônio Escoteiro mandou lá pras prefundas
Gritou alto e altaneiro vai dormir seu sono eterno!
Seu Capeta seu diabo, bem no meio do inferno!
A noite não acabou, e eu repito Escoteiro não mente,
Apolônio seguiu sorrindo na estrada sempre em frente.
Ao chegar à encruzilhada, sentiu seu belo momento,
Avistou lá nas montanhas o seu lindo acampamento.
Olha, quem me contou foi o Chefe Zé Barrica,
Bom amigo e admirador do deputado Tiririca.
Verdade eu não afirmo, pois não serei seu algoz
Afinal Apolônio, sempre foi um Escoteiro feroz.
Mas para finalizar eu confirmo, e digo pra todo mundo
Escoteiro não tem medo, quem tem medo é o Edmundo.
Ele é Chefe e Chefe meu chapa só reclama na corneta,
E acredite meu amigo, ele tem medo danado do chifrudo do
Capeta.
Vou parando por aqui, eu conheci Apolônio
Um valente Escoteiro que um dia matou o Demônio.
Se não acredita no que digo, vá vestir a sua tanga,
Esqueça-me e nem comente, por favor passe de banda!
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!