terça-feira, 6 de dezembro de 2011

MORTE NO GRUPO ESCOTEIRO - Chefe Elmer



Meus amigos,
Estou publicando mais um excelente artigo do chefe Elmer. Cada dia seus escritos mais me surpreendem e vejo que ele conhece muito bem as diversas situações atípicas que diversos Grupos Escoteiros vivem em seu dia a dia.
Leiam e meditem. Suas palavras são certeiras. Atingem como uma flecha o coração de todos nós que um dia passamos por isso.
Parabéns chefe Elmer.
Chefe Osvaldo  

MORTE NO GRUPO ESCOTEIRO
Caros irmãos de escotismo

Sempre Alerta!

No mês de abril tivemos oportunidade de participarmos de diversas atividades comemorativas ao “Dia do Escoteiro”, ocasião em que conversamos com vários Escotistas e Diretores.

Não raro, as conversas giravam em torno de queixas e reclamações sobre a postura de adultos e suas posições frente ao próprio Grupo.

Tentando falar a todos, de forma ampla, sem especificar diretamente para não identificar os reclamantes, resolvemos reapresentar um texto que já foi útil pelo mesmo objetivo.  O fato, pesarosamente comprova, que certas atitudes são cíclicas no Escotismo, embora também o sejam em vários outros movimentos voluntários, o que não nos serve de justificativa ou mesmo de consolo.

Talvez seja utopia esperarmos que possa atuar como reflexão, diminuindo as reclamações e fomentando a ação pessoal dentro dos Grupos Escoteiros, mas sentimos que algo devia ser feito e, de imediato, é o que pode ser feito!

Abraços a todos!

SAPS!

Elmer S.Pessoa

13 – Reflexões de um Velho Lobo

                  MORTE  NO  GRUPO  ESCOTEIRO

Certa vez, um Grupo Escoteiro estava em uma situação muito difícil.

As reuniões não iam bem, os Escotistas desmotivados, as atividades externas não aconteciam há bastante tempo...   Alguns já falavam até em fechar o Grupo...

Faltavam recursos humanos e financeiros.

Era preciso fazer algo para reverter o caos, mais ninguém queria assumir nada.

Havia algumas idéias, mas sempre para outros fazerem e, o pior, é que ninguém tinha tempo...

Pelo contrário, o pessoal apenas reclamava que as coisas andavam ruins no Grupo e que não havia perspectivas de progresso.

Eles achavam que alguém devia tomar a iniciativa de reverter àquela situação.

Um dia, quando os Escotistas e Dirigentes chegaram para a reunião do Grupo, encontraram na porta da sede, um cartaz enorme no qual estava escrito: “– Faleceu ontem a pessoa que impedia o seu crescimento e também o crescimento do Grupo Escoteiro. Você está convidado para o velório, na sala principal da sede”.

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois, ficaram curiosos para saber quem estava bloqueando o progresso do Grupo Escoteiro e até o dele próprio.

A agitação no velório tornou-se tão grande que foi preciso formar uma fila para ver o corpo.

Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava e alguns chegaram até a comentar já com um pouco raiva:

“- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso? Ainda bem que este infeliz morreu!”

Um a um, os membros do Grupo, agitados, aproximavam-se do caixão, olhavam  e engoliam a seco. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e saiam cabisbaixos.

Certamente vocês já adivinharam: o caixão estava vazio e no visor da tampa, havia por baixo, um espelho comum.

Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: você mesmo!

É muito fácil culpar os outros pelos problemas, mas você já parou para pensar se você mesmo poderia ter feito algo para mudar a situação? Será que realmente você fez o seu melhor possível ou apenas dava idéias para os outros fazerem?

Você é o único responsável por sua vida e pode fazer a diferença na comunidade em que vive, capacitando-se para exercer sua função com eficiência, empenhando-se no seu próprio desenvolvimento  e, como conseqüência,  no crescimento do Grupo Escoteiro.

Não nos propusermos a deixar o mundo melhor do que o encontramos?

Não temos o compromisso de deixarmos cidadãos melhores para habitar esse mundo melhor?

Portanto, vamos todos ressuscitar e reviver nossos ideais!

Vamos fazer a diferença! 

Elmer S. PessoaDCIM
55º Morvan – Santos/SP – 1970
(conto adaptado de autor desconhecido)

REFLEXÕES  DE  UM  VELHO LOBO

Para elucidar dúvidas:

O comentário "Reflexões de um Velho Lobo", nada tem a ver com o saudoso chefe Benjamim Sodré - o "Velho Lobo" e não tem pretensão alguma de comparação, guardando respeitosamente, as devidas proporções.

O termo é usado pelo fato de, quem tem mais de 50 anos de Movimento Escoteiro, é um "Velho Lobo" reconhecido pela UEB. E que, c este tempo de escotismo, adquiri-se alguma experiência... Apenas isso, ok?